Hoje vou fazer a análise de um belo filme que tive a honra de assistir.
Eu meio que detesto ir ao cinema sozinho. Mas devido ao meu trabalho e estudo, fiquei um certo tempo longe dos parentes e dos amigos, então eu não tive muita escolha. Bem, mas mesmo sem companhia, assistir o filme "Os miseráveis" de Tom Hopper foi uma experiência e tanto.
O filme conta a história de Jean Valjean, condenado a 19 anos de prisão por roubar um pedaço de pão. Depois de cumprir a sua pena, passou a viver na miséria, sem esperanças de se recuperar e tornando-se uma pessoa muito amarga. Mas ele passa por uma conversão graças a um padre que se compadece da sua dor e lhe dá a oportunidade de dar a volta por cima e mudar o seu estigma de criminoso. Assim, Jean muda de nome e foge da sua condicional, determinado a tornar-se um novo homem.
Mas o inspetor Javert quer prendê-lo novamente. Sendo um representante da justiça sem misericórdia, para o inspetor, uma vez pecador, sempre pecador. Ele não tem piedade do homem que roubou um pedaço de pão para alimentar um bebê faminto. Da mesma forma foi com Fantine. Ele não enxerga a dor de uma mulher que vende o próprio corpo para garantir o sustento da filha.
Este filme é uma produção realmente grandiosa, com um elenco formidável e músicas espetaculares. Hugh Jackman, o eterno Wolverine, é Jean Valjean e ele esteve perfeito no papel. Agora até lembrei como eu criticava aquele seu Wolverine galã, daquelas bombas que foram os filmes dos X-men, mas como sempre a Fox sempre fez questão de arruinar grandes franquias. Opa, desviei do foco. Posso falar mal da Fox em um outro post só pra isso.
Ambientado na época pós-revolução francesa, "Os miseráveis" ainda tem momentos de boa comédia graças ao casal de trambiqueiros, os Thénardier. Risadas são garantidas.
O final do filme é incrível e faz até os mais machões lacrimejarem. É muito legal também ver um filme como este retratando um generoso bispo católico como um agente na transformação do protagonista. É inspirador para aqueles como eu que ainda buscam recuperar a sua fé na humanidade.
Por falar nisso, este filme foi baseado no livro de mesmo nome de Victor Hugo. O autor também de "O homem que ri" (que deu aquele filmão da década de 1920 com Conrad Veidt) e "O concunda de Notre
Dame" (meu filme favorito da Disney) era conhecido por ser um grande anticlerical, ainda que reconhecesse os trabalhos das Irmãs de Caridade e de São Vicente de Paulo. E colocar um bispo como instrumento de redenção de Jean Valjean, rendeu protestos de seu filho, também avesso a Igreja.
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