Antes de começarmos com a análise do personagem que hoje escolhi para esta postagem, vamos esclarecer alguns detalhes. Eu gosto bastante deste personagem da DC Comics e o considero um dos melhores da editora do Batman e do Superman, mas NÃO APROVO a sua bandeira e a ideologia pela qual ele milita. Pronto falei! E este personagem tem tudo a ver com o momento delicado no qual nosso país vive atualmente.
Com certeza poucos devem lembrar de Lonnie Machin, vulgo Anarquia, mas quem se lembra dele certamente tem boas recordações desse personagem tão interessante. E os fãs, que além de mim com certeza devem existir outros tantos, pelo menos aqui no Brasil, devem achar que ele realmente morreu em "Batman: Vigilantes de Gotham", quando caiu no oceano, mas a história não foi bem assim. O camarada apenas fingiu ter morrido para assim ficar treinando e melhorar as suas habilidades como lutador e refinar as suas artes marciais.
Pouco conhecido por estas bandas, no Brasil o Anarquia foi um personagem completamente negligenciado, mas nos Estados Unidos ele foi um tremendo sucesso. E qualquer um que o conheceu pode notar que ele foi claramente inspirado no personagem V de Vingança, que você certamente deve conhecer, afinal se não leu os quadrinhos, com certeza viu aquele filme. E ambas as mídias onde este personagem apareceu acabaram se tornando uma espécie de manuais pró-anarquismo e comunismo.
Voltando ao Anarquia, após aparentemente morrer ao cair no mar, ele reaparece numa minissérie de sucesso, "Anarky", em quatro edições, escritas por Alan Grant e desenhadas por Norm Breyfogle. Aqui, o Anarquia vai um busca de respostas para tentar curar a maldade que se encontra no interior de cada um de nós. Ele encontra Etrigan, Darkseid e Batman e pega a característica de cada um deles para assim construir um máquina que elimine o mal da alma humana e assim construir um mundo perfeito! No início desta história, Anarquia conversa com o Etrigan e, por um tipo de indução psicológica, faz com que ele volte a ser o humano Jason Blood e, desse forma, consegue capturar a essência da loucura do demônio Etrigan. Em seguida, vai à Apokolips para conhecer o próprio mal encarnado, Darkseid! E o Novo Deus fica impressionado com a inteligência do Anarquia, por este ter sido capaz de construir um tudo de explosão para assim chegar ao seu mundo. Do senhor de Apokolips, Anarquia captura a essência da maldade. E, em seu confronto final com o Batman, que ele venceu (sim, eu fiquei muito impressionado com esse absurdo de resultado, mas... foi pura sorte), do Cavaleiro das Trevas, Anarquia captura a essência da bondade e, dessa forma, consegue criar uma Gotham City perfeita! Porém, ele enxerga o seu erro em querer obrigar as pessoas a serem perfeitas e, ao final, conserta tudo o que fizera, fazendo Gotham voltar ao normal.
Essa minissérie fez tanto sucesso que logo o personagem ganhou uma revista mensal, mas foi um fracasso, durando míseras oito edições. Entretanto, foi nesta fase que o Anarquia encontrou-se com a Liga da Justiça e buscou neles a ajuda para combater um monstro de outra realidade, mas sem obter sucesso. Então ele segue o seu caminho até encontrar o anel energético que pertenceu a Jade, a filha do primeiro Lanterna Alan Scott. Assim, Anarquia transforma-se em um Lanterna Verde e encontra Kyle Rayner. Juntos, os dois enfrentam e derrotam o monstro e, após a vitória, Anarquia devolve o anel energético para o verdadeiro Lanterna, Kyle. Mas o grande momento da revista é quando o Anarquia descobre que na verdade era filho adotivo e o seu verdadeiro pai é ninguém mais ninguém menos do que o Coringa!!!! Assim, o garoto vai até o Asilo Arkham para encontra-lo e lá impede uma fuga em massa de internos. Mas esse foi o último número da série e o próprio Alan Grant, seu criador, disse que sofreu uma grande pressão por parte da editora, o que é de fato compreensível, já que o personagem era extremamente politizado e revolucionário na visão da editora e este foi um dos motivos do cancelamento da revista.
Não estou muito certo se a paternidade do Coringa foi confirmada, mas é realmente impressionante. De fato, o Coringa interpretado por Heath Ledger nos filmes do Batman de Christopher Nolan era um verdadeiro representante do caos e do anarquismo. E para quem leu a "Piada Mortal", que contava pela primeira vez a origem do Coringa, sabe que ele fora casado e, antes de se envolver na tragédia que desfigurou o seu rosto e a sua mente, enfrentou a perda da mulher que realmente estava esperando um filho dele. E se essa criança tivesse sobrevivido e se transformado no perturbado Anarquia? Eu pessoalmente achei interessante.
Mas, de fato, Anarquia ficou encostado na DC e nunca mais apareceu. Embora eu tenha ouvido dizer que a atual DC tenha planos para o personagem, não consigo me empolgar com esses "Novos 52", como vocês que acompanham o meu blog bem já sabem.
Curioso é que o personagem foi criado com a intenção de tornar-se um novo Robin, fato que nunca chegou a acontecer. Sorte do Batman, uma dor de cabeça a menos, afinal seria um saco ter que conviver com um outro Robin problemático como fora Jason Todd.
Anarquia ressurgiu recentemente na nova animação da Warner/DC chamada "Beware the Batman", com um estilo bem interessante e ainda aparece como um dos vilões para você combater no game "Batman Arkham Origins".
Segue logo abaixo o vídeo do game que mencionei, onde vemos o Batman enfrentando os "black blocks" norte-americanos (he, he).
Porrada nesses filadaputa, morcegão!
O vilão ficou com um estilo legal nesse jogo, parece até o Amon, o principal inimigo de Korra em "Avatar, a lenda de Korra". E, como vocês podem perceber, o Batman não curte anarquia, é o que eu sempre digo.
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