sexta-feira, 2 de maio de 2014

MOMENTOS MAIS ÉPICOS DA DC COMICS


Como prometido, desta vez falaremos sobre alguns dos momentos mais épicos presentes na história daquela que foi a minha editora favorita de quadrinhos, a DC Comics.
Eu disse "foi", tempo pretérito, por uma série de motivos que já cansei de dizer, mas posso afirmar que ainda tenho uma grande afeição por esta editora. O caso é que não tenho mais disposição para ler as histórias deste novo universo DC, os "Novos 52", embora eu deva admitir que, por puro preconceito, esteja perdendo histórias muito boas, de acordo com as opiniões que encontro na web. A "Detetive Comics" por exemplo parece arrasadora e eu gostaria de poder acompanha-la.
Mudando um pouco de assunto. Vocês assistiram a última animação da DC lançada sobre o Batman? Amigos, eu já me arrependi de muitas coisas que escrevi aqui neste blog, sejam piadas de mau gosto ou críticas diretas a certas pessoas, e o que mais me arrependo agora foi a crítica violenta que dirigi à animação "Justice League: War". Por quê? Bem, depois de assistir ao "O filho do Batman", "Justice League: War" parece um filmão.
Como puderam fazer isso comigo? Colocaram neste filme o Exterminador, meu vilão favorito da DC Comics, como inimigo principal, muito provavelmente como uma jogada de marketing, afinal precisavam de um vilão de peso para atrair o pessoal para assistir à animação, e o retrataram como um perdedor fracote, apanhando para o pior Robin de todos os tempos, Damian Wayne! Sem falar que a história foi totalmente modificada. O Batman foi apenas um coadjuvante, fazendo romance de novela com a Tália al Ghul, enquanto Damian era um herói foderoso, mais imortal do que o Wolverine! Eu sempre achei a personalidade dele difícil de engolir e o filme parece que fez questão de enfatizar o que havia de pior no personagem.
Quando vi aquilo, só pensava no que se passou na cabeça desses roteiristas. "Damian é filho do Batman. Como não amá-lo?", deve ter sido isso o que eles pensaram. Mas eu ODIEI. Já não gostava do Damian, agora eu detesto mesmo! Por que não mantiveram a ideia para o filho de Bruce Wayne apresentada em "O Reino do amanhã"? Esta foi a primeira vez que uma animação da DC Comics me decepcionou, mas é claro que isso não muda o fato de sempre serem feitas, em quase sua totalidade, animações muito superiores às que são feitas para a Marvel.
Toquei no assunto em uma postagem meio nada a ver, mas tudo bem. Isso serve para mostrar que nem sempre vou gostar de tudo aquilo produzido para animações da DC mesmo que seja uma história pré-reboot. Voltando então ao que viemos falar, os momentos mais épicos da DC Comics selecionados por mim.


Batman mostrando quem manda 

O Cavaleiro das Trevas sempre foi um ícone, é claro, mas esta deve ter sido a primeira vez que ele se sentiu como um fodão. Um estrategista implacável que tem todas as cartas e está preparado para todas as contingências possíveis. Aqui foi o seu momento badass ao extremo, mostrando aos Marcianos Brancos como foi grave o erro de subestimar este particular "mero humano." Eles não fizeram suas pesquisas sobre o Batman, mas ele fez sua lição de casa sobre eles e suas fraquezas ao fogo, deduzindo uma maneira de dar cabo desses deuses espaciais apenas com um galão de gasolina e uma caixa de fósforos.
Depois dessa, os pesos pesados da Liga da Justiça vão pedir pra sair.


Barry Allen morre para salvar o Universo 

O debate sobre as datas precisas para o início de cada era de super-heróis e o seu final vai continuar e continuar. Ainda assim, se a Era de Prata começou com a estréia de Barry Allen, certamente acabou com a sua "morte", que coincidiu com o início de muitos anos de histórias épicas como "Sentinelas" e "Cavaleiro das Trevas" que desconstruíram o conceito comum de herói.
As únicas mortes que realmente tiveram peso para mim nos quadrinhos foram a do Superman, enfrentando o Apocalipse, e a do Barry Allen, o segundo Flash, na saga "Crise nas Infinitas Terras". No caso do Homem de aço, foi mais pela ousadia da DC em matar o seu principal super-herói e, no caso de Barry, é indiscutivelmente a morte mais heroica de todos os tempos na ficção, com o personagem correndo de forma alucinante para salvar o Universo inteiro da destruição nas mãos do Anti-Monitor.
Apesar de Barry acabar retornando muitos anos depois, numa das piores ideias já tidas para um quadrinho de super-heróis, nada tira o brilho do que fora aquela época áurea. E curiosamente podemos estar apenas a alguns anos de ver uma geração de crianças que podem não se lembrar do personagem ter alguma vez ido desta para melhor. O esforço do personagem em últimas circunstâncias para frustrar os planos do Anti-Monitor continua a ser uma das mortes mais emblemáticas de todos os tempos. Literalmente marcou o início de uma nova era.


Lex Luthor não acredita que Clark Kent seja o Superman

É certo que há muitos conceitos em super-heróis sobre os quais nós apenas temos que superar a nossa descrença para podermos ir de encontro a eles. Um dos mais famosos, obviamente, é como Superman pode manter uma identidade secreta, com apenas um par de óculos e um penteado diferente. Ainda assim, se você sabe alguma coisa sobre a natureza humana, você vai saber como grandes personalidades muitas vezes desafiam a lógica óbvia. Por isso foi um golpe bastante brilhante da parte de John Byrne deixar Lex Luthor desvendar este segredo especial do seu maior rival, o Superman, para logo em seguida descartá-lo porque a revelação não se encaixava em sua visão de mundo distorcida, na qual o poderoso exerceria seu poder em todos os momentos. Ele tem um computador super-caro super-avançado que deduziu uma resposta e em seguida ainda a descartou. Que ego!


Superman ergue o escudo do Capitão América e o martelo de Thor 

Ok, este momento não foi exclusivo da DC Comics. Na verdade ele aconteceu na melhor história crossover já feita na minha opinião, "Liga da Justiça versus Vingadores". E nesta história não podemos negar que o Superman foi quem realmente roubou a cena. 
De muitas maneiras, ver os maiores super-heróis de quadrinhos cooperando para vencerem o seu maior desafio foi ainda mais emocionante do que vê-los lutando entre si. Enquanto vimos Superman e Thor finalmente resolvendo a questão de "Quem ganharia?" na primeira parte da história, por outro lado, a cena emblemática do Homem de aço empunhando o Mjölnir do deus do trovão e o escudo indestrutível do Capitão América realmente provou ser um momento ainda mais memorável. Precisamente porque isso acontece por causa dessas outras lendas voluntariamente terem emprestando suas armas de assinatura para o Homem de aço como um reforço para que ele pudesse derrotar a ameaça de Krona. Isso é heroísmo. Para uma série com o "versus" em seu título, quem teria imaginado que veria os partidos de oposição chegando finalmente a acordo de cooperação?


Homem-Animal conhece Grant Morrison

Grant Morrison é um cara genial. Ele é um gênio maluco, melhor dizendo. O careca costuma usar e abusar da linearidade narrativa e da metalinguagem em seus roteiros, exigindo do leitor um cuidado bem maior aos detalhes para não deixar passar nada. E em sua passagem pelos roteiros do Homem-Animal o escritor levou isso às últimas consequencias, chegando ao ponto do personagem se dar conta de que não é real, e se encontrando com o próprio Grant Morrison.
Nunca uma HQ havia utilizado de uma narrativa tão "metaficcional", fazendo o protagonista perceber o que acontecia à sua volta e colocando o leitor participando daquilo. Um verdadeiro clássico.


Coringa e Batman gargalham na chuva

Ambiguidade não é algo que você pode achar com frequência nestes contos de capas, colantes e socos. Geralmente o que você vê é o que você recebe. Quando Batgirl leva um tiro, por exemplo, não é exatamente uma cena aberta à interpretações. Assim, uma sequência como essa é bastante notável de como ela funciona e gera um número de ideias e interpretações distintas para os leitores, que acabam tornando-se válidas. Estou falando da cena final de "A piada mortal", onde Batman, após sofrer a dor de ter sua amiga, a Batgirl, aleijada e violentamente espancada pelo Coringa e, ainda, tendo salvado o comissário Gordon de quase enlouquecer nas mãos do vilão, consegue dar risada da piada dele e ambos terminam a história gargalhando juntos na chuva, reconhecendo que ambos são loucos. Ou será que ele estava realmente tentando estrangular o Coringa, porque finalmente percebera que não havia nenhuma outra forma  de parar esse maníaco de assassinar e mutilar pessoas inocentes? A escolha pela última opção é o que faz esse final verdadeiramente arrepiante.

 
Homem Borracha sobrevive por 3000 anos no fundo do mar

Se você já teve problemas para compreender todos os paradoxos simultâneos em uma história de viagem no tempo, imagine o quão confuso teve ter sido para quem participou realmente dela. Quando duas equipes da Liga da Justiça estavam lutando duas batalhas cerca de 3000 anos de diferença uma da outra, na briga, o comediante flexível, o Homem Borracha foi acidentalmente esquecido, deixado para trás, em tempos pré-históricos. Ops! Quando a Liga voltou ao presente, eles perceberam o seu erro e voltaram para encontrar o Homem Borracha exatamente onde ele havia sido deixado, no fundo do Atlântico, três milênios antes! 
Histórias sobre viagens no tempo raramente ficam tão épicas quanto esta. O Homem Borracha teve que contar com sorte de ser imortal, e devemos considerar também a sorte dele não ser biodegradável.


Superman reativa o Sol

"Superman All-Star" apresenta definitivamente o maior trabalho do Homem de aço, isto todos irão admitir. Entregando-se de vez a todos os caprichos surrealistas da Era de Prata, esta série conclui com o Superman literalmente mergulhando no núcleo solar e construindo um coração novo para o nosso Sol, mantendo-o em pleno funcionamento, após a intromissão do sol tirano, Solaris. Você fica com a sensação de que Lois Lane detém esta imagem exata em sua mente quando ela insiste que, apesar de a opinião pública mundial afirmar o oposto, o Kal-El real não está morto, apenas se preparando para voltar e ainda conclui algo profundo sobre o poder do Superman como um símbolo de esperança. Mais um acerto fantástico de Grant Morrison.
Curiosidade: Em "DC um milhão", também de Morrison, Superman retorna do Sol como um Superman Prime após 15 mil anos de coleta de energia.


Batman mata Darkseid

Quem poderia pensar em uma melhor maneira para concluir um crossover do que com um mero humano feito o Batman ferindo mortalmente o deus maligno Darkseid?
Após milênios de Guerras galácticas e depois de inúmeras tentativas fracassadas de super-humanos combatendo este lendário déspota, finalmente ele encontra o seu fim nas mãos de um mortal. Com certeza não teria espaço suficiente para descrever a fodiçe deste momento, embora Batman também tenha encontrado o seu fim, sendo atingido pelo Efeito Ômega do vilão cósmico.
Mas nem tudo foram alegrias. Veio depois uma história esquisita que explicava que o Batman não havia morrido e sim acabara sendo transportado para os tempos primordiais, preso em um tipo de armadilha temporal. Esquisito é pouco.
Em tempo, Darkseid retornou nas páginas de Liga da Justiça versão Novos 52. Mas e o que aconteceu com o clássico? ELE AINDA ESTÁ MORTO. E isso significa que a vitória do Batman ainda é válida.


John Stewart mata Mogo

Hal Jordan pode ser o maior Lanterna Verde e Sodam Yat pode ser o último Lanterna Verde, mas deve haver uma descrição ainda mais superlativa para Mogo, um planeta vivo (deve ser parente do Sr. Bazoo) membro da tropa dos Lanternas. Sério, se você nunca poderia ferir um planeta, como poderia então matá-lo? Bem, quando Mogo sofreu uma lavagem cerebral realizada pelo vilão Krona durante a Primeira Guerra dos Lanternas Verdes, John Stewart tinha que encontrar um jeito. Usando um anel da Tribo Índigo para assumir os poderes dos Lanternas Negros, ele disparou um míssil carregado de morte no coração de Mogo que finalmente matou o criatura, confirmando como quadrinhos  podem ser impressionante bizarros e que planetas também podem morrer.


Bane quebra o Batman

Os anos 90 foram uma época em que muitos dos nossos grandes heróis foram caindo em tempos difíceis. Alguns tornaram-se clinicamente insanos, outros foram assassinados em público. Mas não há nada mais visceral sobre um herói do que vê-lo recebendo uma lesão violenta na sua coluna em um quadrinho, ao ponto de que ele simplesmente já não pode mais andar na próxima edição. O que é talvez ainda mais assustador é a forma de como isto não foi um ato de simples raiva furiosa. Não, esse foi o único momento realmente violento, enquanto, durante os seus antecedentes, assistimos à execução de um plano muito bem preparado pelo astuto vilão Bane. Muito calmamente orquestrado ao longo de alguns meses, até que ele pode finalmente quebrar o Cavaleiro das Trevas.


Mulher Maravilha mata Max Lord

Um ato de violência, cometido por amor. Por amor! Depois que Max Lord tornou-se particularmente desagradável e usou seus poderes de controle da mente até então não revelados para fazer do Superman um peão altamente perigoso, a Mulher Maravilha foi confrontada com terrivelmente poucas opções de como proceder. Quando o Sr. Lord arrogantemente disse a ela (enquanto envolvido no Laço da verdade) que o Superman apenas iria ser libertado do controle por cima do seu cadáver, ela teve ainda menos opções. Assim, porque o seu amor pelo Homem de aço (Romântico? Platônico? Faça a sua escolha) foi mais forte do que o seu código de conduta habitual e seu medo da condenação pelo seu próximo ato, ela quebrou o pescoço de Lord e mais uma vez o dia foi salvo.


Batman soca a cara de Guy Gardner

Se tem uma fase divertida que todos deveriam conhecer com certeza foi o clássico Giffen / DeMatteis / Maguire executado em Justice League.
Guy Gardner, você amou odiar este Lanterna Verde (falo odiar no "bom sentido"), tanto que vê-lo recebendo nesta cena o soco mais épico de todos os tempos, foi algo realmente foda. Não há maior diversão do que ver um idiota ser colocado no seu lugar devido lugar. Quando Guy desafia o Batman pela liderança da equipe, tudo começa a parecer uma grande piada. O Lanterna Verde incita o seu rival para uma luta mano-a-mano, mas o Batman nem lhe dá tempo de se defender de seu soco surrealmente poderoso. Foda também é a reação do Besouro Azul presente na cena ("Um soco! Um soco!"). Com Guy caído no chão, os demais membros da Liga finalmente podem continuar com a sua reunião. Realmente um clássico!
Perdão, Guy. Sou teu fã, mas essa aqui você mereceu.


Superman revela sua identidade secreta a Lois Lane

Demorou. O Superman deve ter tido uma série de questionamentos sobre o assunto. Mais precisamente, ele demorou umas cinco décadas para finalmente revelar ser Clark Kent para a mulher que ama.
O que é mais desconcertante é o fato de que a Sra. Lane, uma notória repórter, não ter sido capaz de deduzir isso por si mesma, de antemão. 


Batman vence o Superman

Uma velha questão que, por algum motivo (estranho) sempre fora muito debatida com seriedade: "Quem ganharia em uma luta? Superman ou Batman? "Ainda que feito isto em uma história de um "universo paralelo", Frank Miller ofereceu a resposta. Mais do que qualquer outra já apresentada, esta luta carrega com ela um verdadeiro choque entre a justiça e a lei, com o Batman muito mais dissidente politicamente exercendo a sua filosofia contra um Superman que é vendido há muito tempo e agora é nada além do que um fiel cãozinho a serviço do grande governo.
Não existe cena mais surpreendente do que esta imagem do Superman levando um cruzado de direita do Homem Morcego. E ele ainda engana o Homem de Aço, fazendo-o pensar que Bruce Wayne fora morto de uma vez por todas na luta. Nada mal para um super-herói que nunca teve superpoderes.


Superman volta a ativa durante a série "O Reino do Amanhã"

O momento mais épico da DC Comics não podia ser outro, senão aquele que por si só é o mais marcante de toda a 9ª arte.
Decepcionado em ver que as pessoas preferiam o estilo de Magog e sua nova geração de heróis que agia de uma forma mais extrema, Superman se exila na Fortaleza da Solidão.
Porém, uma desastrada ação liderada por Magog que acaba por destruir todo o estado do Kansas, faz com que o Homem de Aço decida retornar, disposto a colocar tudo em ordem. E ele assim o faz. A cena do Superman mais velho retornando imponente marcou gerações.
Estou ainda aguardando uma animação para "O Reino do Amanhã" no nível de "Thor e Loki: Irmãos de sangue", preservando assim o imortal e inigualável traço de Alex Ross.


Estes foram os momentos épicos da DC Comics que selecionei. Claro que aconteceu mais um tanto de cenas épicas ao longo da história da editora, mas a listagem seria infinita.
Por hora, vamos ficar de olho nas novidades. Está a caminho do cinema o tão comentado "Batman versus Superman" e o filme da Liga da Justiça parece já começar a tomar forma. Será que rola um filme sobre o Aquaman? O personagem, depois de ganhar um novo gás no gibi na década de 90, caía na porrada até com o Lobo. É, sei, eu sou estranho.
Obrigado por ler e até a próxima postagem.

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