segunda-feira, 1 de junho de 2015

DICA DE MANGÁ: LEGEND OF KOIZUMI


A política é movida por pessoas, o que significa que ela está completamente entrelaçada com os valores sociais e a cultura. E esse tipo de coisa vem através das nossas ações do dia-a-dia e dos nossos meios de comunicação.
Animê é político, na mesma medida em que as mídias no geral também são políticas.
No caso do animê, estamos lidando com um produto de mídia de um país estrangeiro, por isso superficialmente ele parece menos relevante para o que está acontecendo com as nossas vidas. Sim, você vai encontrar algumas ideias familiares e temas relevantes para a sua visão sobre o mundo, porque a narrativa em animê é universal a um certo grau. Mas há mais para critica sobre um animê do que apenas identificar os elementos comuns, e assumindo que eles significam as mesmas coisas em todos os lugares. Pessoas e culturas são mais complicadas do que isso. As suposições dos fãs acerca do animê e da sociedade em geral são a chave aqui.
O que quero dizer com isto é: a maneira como você interpreta a mídia é mais importante do que aquilo que a mídia realmente é. Não existe tal coisa como uma "essência objetiva" em um produto da mídia, mesmo que existam aspectos que são amplamente acordados. O subtexto também é fluido. Por exemplo, o mesmo subtexto das peças de Shakespeare interpretado por estudiosos literários mudou muito quando a análise freudiana entrou em voga, e as interpretações aceitas mudaram ainda mais desde então. E, claro, as pessoas discordam entre si sobre o subtexto o tempo todo.

A dica de mangá de hoje diz respeito a uma obra sobre política e relações internacionais, mas não pense que será uma chatice porque aqui você terá uma típica história de ação totalmente insana e com elementos de Dragon Ball Z, Hokuto no Ken, Hetalia, Gurren Lagann e Kaiji.

Os fantasmas de Stalin, Roosevelt e Churchill.
Mudazumo Naki Kaikaku: The Legend of Koizumi, é um mangá criado por Hideki Ohwada em que os políticos do mundo real disputam o poder ao enfrentarem um ao outro em batalhas mortais de mahjong (um pouco conhecido jogo de tabuleiro chinês)! Iniciada em 2006, a peculiar obra foi um sucesso tão inesperado que as editoras não soltaram a primeira edição gráfica completa até 2008.
Este sucesso, acredite, criou milhares de fãs, e grande parte destes, norte-americanos, que se dedicaram a comprar e estudar revistas de mahjong para aprenderem as grandes proezas de seus heróis do mangá.

O G-8!
Consegue reconhecer Angela Merkel, Silvio Berlusconi, Vladimir Putin e Nicolas Sarkozy?
É claro que políticos e mensagens políticas não são nada incomuns em quadrinhos norte-americanos. Além de Obama já ter aparecido na capa de uma HQ do Homem-Aranha, há um senil Ronald Reagan em Batman: The Dark Knight Returns de Frank Miller, e a história censurada de The Authority de Mark Millar, na qual (a versão original que a DC Comics se recusou a publicar) o presidente do mal a assinar a sentença de morte da Authority é George W. Bush. Mas no Japão, até mesmo os pesados mangás do estilo seinen geralmente são tímidos com relação a política, e dificilmente apresentariam políticos da vida real.
O mangá político está concentrado em charges editoriais de jornais e em poucas revistas políticas especializadas com os quadrinhos direitistas de Yoshinori Kobayashi. Também existiu o mangá como um veículo para a propaganda de esquerda por volta dos anos sessenta. Mas quando mangá se tornou um grande negócio, a política saiu. Além do desejo de grandes editoras de evitar polêmica, também era fato o Japão ser um tipo de democracia parlamentar, onde o mesmo partido, o conservador Partido Liberal Democrático, estava no poder quase continuamente de 1955 a 2009, tendo uma participação relativamente baixa dos eleitores e pouco interesse público na política. Recentemente, no entanto, tudo isso mudou. A participação democrática está substituindo a obediência passiva. O PLD está fora do poder, e pró-chineses, pró-americanos e outras facções estão a ter um debate vigoroso. A política japonesa é interessante novamente.

O nosso herói Junichiro Koizumi.
O político Junichiro Koizumi do PLD, foi primeiro-ministro de 2001 a 2006, e é um dos políticos mais populares da história japonesa recente. Conhecido por sua juba impressionante de cabelos que realmente o fazem parecer um personagem de animê, realizou reformas econômicas, encorajou o nacionalismo japonês, enviou tropas japonesas em sua primeira implantação ao exterior desde a Segunda Guerra Mundial (como forças de paz no Iraque) e ainda participou de visitas ao controverso Santuário Yasukuni, onde soldados japoneses mortos durante a Segunda Guerra são homenageados.
O título do mangá "Mudazumo Naki Kaikaku" ("Reforma sem Tsumo desperdiçado" - Tsumo é um termo mahjong) é uma paródia do slogan de Koizumi: "Seiiki Naki Keikaku" ("Reforma sem santuário").
Koizimi é fantástico. Independente das convicções políticas que você leitor siga, certamente vai considerá-lo um político inesquecível. E, aliás, não seria maravilhoso para nós brasileiros elegermos algum dia um líder político que fosse tão admirável ao ponto de tornar-se um super-herói de uma história em quadrinhos?  

George W. Bush do mangá é idêntico a sua contra-parte do mundo real. Ou seria o contrário?
Em Mudazumo Naki Keikaku, Koizumi não é apenas um político impressionante, mas o maior jogador de mahjong que já pisou neste planeta. No primeiro capítulo, Koizumi e George W. Bush se envolvem em uma longa sessão de "diplomacia internacional", que se transforma em um jogo de mahjong, decidindo a  supremacia EUA/Japão. Acontece que Bush é um antigo jogador do Texas, e mahjong é o seu jogo favorito (Uma das muitíssimas viagens do mangá), e tão logo eles estão jogando, disputando a posse de aviões de combate F-15 e também pela honra de Taizo, o infeliz "político-júnior" que perdeu para Bush e ficou preso em uma gaiola, de cueca e amordaçado, e ainda ameaçado por Donald Rumsfeld ("Você não pode com os militares dos EUA! Vamos usar a sua bunda para a prática de alvo!").
E este George W. Bush é hilário, roubando muitas das cenas do mangá e do animê! Ohwada fez dele um verdadeiro "american idiot".

Ao duelo: Donald Rumsfeld, Geprge W. Bush, Condoleezza Rice e Junichiro Koizumi.
Mahjong é normalmente um jogo de quatro pessoas, por isso, Rumsfeld e Condoleezza Rice tomam os assentos extras para apoiar o presidente norte-americano. E caso não esteja familiarizado (o que eu decididamente duvido!) ainda estamos falando de um mangá de ação, então todos os personagens gritam os nomes de seus ataques especiais, como Bush e o seu "Tsumo Patriot!Bush Doctrine Riichi!". Mas, no final Koizumi domina o campo de batalha com o seu movimento especial, o "Rising Sun".

                             

Koizumi ganha, porque ele não é apenas sortudo, mas também um super gênio. Sem falar que é um sacana. Entre outras coisas, ele tem a incrível capacidade de apagar os símbolos das peças do mahjong com sua intensa fricção de dedos, transformando-as nas versáteis peças brancas. Se no processo sua manga é arrancada pelo calor ardente ou o seu braço entra em erupção em jorros de sangue, o próprio Koizumi diz: "A vida deste homem velho é um pequeno preço a pagar para a paz no mundo." Em seguida, ele se afasta do campo de batalha com os cabelos ao vento, dizendo estoicamente: "Eu estou bem. Meus dedos apenas doem um pouco". Koizimi é muito macho! O nacionalismo japonês não é novidade para ninguém.
Mudazumo Naki Kaikaku retrata o mahjong de forma ainda menos realista do que Yu-Gi-Oh! faz com jogos de cartas colecionáveis. De modo geral, o mangá parece uma zoação com todos os clichês de um shonen mangá típico. É uma história de egos enormes e exagerados. Logo no início, Koizumi revela uma mão mahjong vencedora tão surpreendente que é demais mesmo para uma página dupla apresentá-la, então Ohwada a desenha estendendo por incríveis quatro páginas (!), presumivelmente para forçar o leitor a comprar cópias extras do mangá para que possa arrancar as páginas e fixá-las em um mural. Mas isso ainda não é o pior de tudo, um dos capítulos apresenta o que pode ser um recorde mundial, com uma extensão de 26 páginas.

O Papai Bush é um cara bem fodão!
Uma vez que Ohwada percebe que ele tem de ouro em suas mãos, o mangá pega fogo.
Como Freeza em Dragon Ball Z correndo para o seu pai Rei Cold após a sua derrota, George W. Bush corre de volta para Washington, onde se encontra com George H.W. Bush, o seu pai. Neste mangá, ele é um gigante de sete metros de altura, que incorpora todo o temível poder militar que garante a hegemonia norte-americana, uma vez que a derrota de seu filho tornou-se motivo de chacota global.
Mas o "Papai Bush" pelo menos tem um senso de honra: "O que acontece na mesa de jogo, permanece na mesa de jogo!". Ele convida Koizumi para vir ao Texas School Book Depository em Dallas, onde o desafiará em seu próprio jogo, para vingar sua humilhação por ser abatido pelos japoneses na Segunda Guerra Mundial.

O líder norte-coreano Kim Jong-il: a arte imitando a vida!
Após essa batalha brutal, Koizumi é chamado de volta ao Japão para enfrentar o líder norte-coreano Kim Jong-il em um porta-aviões.
Muito cômica a forma como o ditador da Coreia do Norte e seu filho Kim Jon-un são retratados. Kim Jong-un tem um bizarro visual com direito a "orelhinhas de Mickey", porque afinal ele é um socialista que ama o capitalismo. Enquanto o líder Kim Jong-il é um louco esbanjando vilania. De fato, Kim Jong-il, quando vivo, era praticamente um super vilão, um ditador do Sudeste Asiático que faria inveja ao M. Bison.


Quando derrotado, Kim Jong-il dispara um míssil nuclear contra o Japão (Duvidava que algum dia ele faria isso?), então Koizumi salta em um avião e intercepta o míssil, aparentemente morrendo em uma grande explosão. Com os apoiadores de Koizumi chorando por seu sacrifício, a canção "Forever Love" de X Japan (Koizumi a utilizava em alguns dos seus comerciais de campanha) surge ao fundo (os criadores do mangá sequer se preocuparam em obter os direitos de citar as letras). Mas assim como Segata Sanshiro, Koizumi vende a morte e retorna a ação desafiando Vladimir Putin (Este desenhado para o deleite das fangirls do mangá) e o Papa Bento XVI!

Claro, você não pode ter um mangá geopolítico sem opiniões políticas (a menos que seja Hetalia). Particularmente em um mangá de batalhas, você precisa de grandes vilões. E como seria de esperar de uma obra que trata da glorificação (ainda que irônica) da tendência Koizumi, as inclinações políticas do mangá são conservadoras. Embora para muitos o anti-nacionalismo e o pacifismo possam fazer uma boa política, neste mangá apenas produzem cenas de lutas terríveis.

Taro Aso, o político nerd-otaku-machão.
Taro Aso, conhecido por ser um político de extrema-direita, bem como por ser um fã orgulhoso de mangá, é o parceiro de jogo fodão de Koizumi.
Naoto Kan, o candidato da oposição que foi acusado de ter um caso extraconjugal em 1998, é descrito como um fracote (ele na verdade é um especialista em mahjong na vida real, mas ironicamente não é em Mudazumo Naki Kaikaku), enquanto é notório que todos os políticos presentes no mangá são guerreiros implacáveis, gritando slogans patrióticos fodões sobre o inimigo por qualquer meio necessário.
Shinzo Abe, um político de direita, é tão humilhado por sua derrota no mahjong que comete seppuku, abrindo suas entranhas com uma espada. "Nós diremos à imprensa que ele se aposentou da política devido a problemas de estômago", diz Aso, em uma referência a razão da vida real para a aposentadoria de Abe. "Heh ... sim, há algo errado com seu estômago, tudo bem."

Papa Bento XVI: The Badass Old Guy.
Algumas das questões mais sensíveis na Ásia são as relações dos japoneses com os chineses e sul-coreanos, estes veem o Japão como responsável por crimes de guerra e o acusam por sua arrogância.
Embora seja notável a ausência dos políticos chineses no mangá, eles estão presentes na adaptação do animê, também escrito por Ohwada.
Em uma cerimônia no Tree Gorges Japan, Koizumi enfrenta o premiê Wen Jiabao e o presidente Hu Jintao. A representação dos líderes chineses como vilões inescrupulosos e habilidosos e saltitantes artistas marciais está a par com o nível de sensibilidade do resto do mangá, mas ainda assim foi o suficiente para fazer com que alguns comentaristas o classificassem como "o mais racista animê de todos os tempos". A representação do esquerdista Yukio Hatoyama, o primeiro-ministro do partido da oposição, como um subserviente de olhos esbugalhados, anti-nacionalista e bajulador dos políticos chineses, foi pesada. Mas quem poderia se opor ao ressurrecto presidente Mao, retornando do além-túmulo como um "frankenstein" e o seu grande sonho de converter toda a China em uma grande fazenda coletiva (e foda-se a desertificação)? E seguindo outro já manjado clichê do shonen mangá, os políticos chineses que sobrevivem acabam se tornando aliados relutantes de Koizumi. Este episódio está disponível no Anitube.

Provavelmente a coisa mais ofensiva neste mangá às sensibilidades dos norte-americanos é Colin Powell revelando que ele tem sido um servo fiel da família Bush durante anos, e ainda foi o único personagem a oferecer um obrigatório discurso racista anti-japonês: "Não há nenhuma maneira de macaco amarelo derrotar uma pessoa branca!"
Batalhas entre os políticos do mundo real são apenas o começo de Mudazumo Naki Kaikaku, no entanto. Para ser um verdadeiro mangá de luta, antigos inimigos devem se unir contra uma ameaça comum, e no meio do volume 2, Ohwada surge com necessário Final Boss: os nazistas.

Adolf Hitler - Precisava falar?
Acontece que, depois da Segunda Guerra Mundial, Hitler escapou para a Lua, onde reuniu um novo e massivo exército nazista, formado por todos os nazistas ressuscitados que você poderia pensar, incluindo Josef Mengele, Hans Rudel, Otto Skorzeny, e a neta ficcional de Joseph Goebbels, Isolda, uma menina nazista cuja única finalidade é mostrar sua calcinha para excitar os leitores machos do mangá.
Os nazistas explodem um monte de coisas na Terra com o seu canhão na Lua, em cenas de destruição que são apenas realistas o suficiente para manter a aparência de melodrama, e em seguida Hitler dá seu ultimato às pessoas da Terra: eles devem escolher cinco pares de campeões e derrotar seus nazistas em mahjong. Os perdedores serão executados instantaneamente em cadeiras elétricas ligadas à sua pontuação de mahjong.
Unindo-se a Koizimi para esta batalha final estão Putin, os Bushes e o Papa Bento XVI. Havia sido também cogitado recrutar Margaret Thatcher, que apesar de já muito idosa, ainda é forte o suficiente para esmagar um par de nozes na palma da sua mão de uma forma sugestiva. Os petistas piram!

A gatíssima primeira-ministra ucraniana Yulia Tymoshenko!
Também irá unir-se aos nossos heróis uma antiga inimiga de Putin, Yulia Tymoshenko, a primeira-ministra da Ucrânia, que dá a série o elemento fofo e kawaii indispensável.

Mudazumo Naki Kaikaku é uma paródia de cada mangá de batalha que você possa pensar. Adicione uma camada de conhecimento da política do mundo real, e é como estar preso em uma câmara de eco onde a mente humana desenha as antes impensáveis conexões entre política e clichês de mangás.
O maior destaque e surpresa sem dúvidas é o excepcional personagem do Papa Bento XVI. Todo o mangá de luta precisa de um velhinho super poderoso que estimula os guerreiros mais jovens a superar seus limites e a vencer as suas batalhas. Quando o Papa luta ele tem uma expressão severa, mas na realidade possui um coração de ouro e, apesar de ser uma sátira da sua persona real, assim como todos os demais personagens, ainda é impressionante.
Nesta história, o Papa luta para salvar o mundo, pelo qual sente um profundo amor, e também para se redimir por seu erro na juventude. Quando ainda era um jovem padre, ele teve a oportunidade de acabar com Hitler, mas não foi capaz disso e permitiu que o líder nazista fugisse, desde então dedicou a sua vida a encontrar füher e finalmente elimina-lo pelo bem da humanidade. Uma referencia interessante a vida real nos tempos em que pertencer a Juventude Hitlerista era serviço obrigatório na Alemanha. O futuro Papa Bento XVI, graças a ajuda de um professor, pode concluir o seu seminário e dedicar-se ao sacerdócio longe da perseguição dos raivosos nazistas. (Sim, eu li a sua biografia!)
A luta que Bento XVI trava contra Hitler é muito mais emocionante do que a recente batalha "Comandante Yamamoto Genryuusai Vs Yhwach" no mangá Bleach, e se aproxima do nível de fodiçe de um "Netero Vs Meruem" de Hunter X Hunter.
Então aqui vai o conselho de deixar um pouco de lado as histórias já consagradas pela Shonen Jump e dar uma chance às obras mais desconhecidas e que tem lá as suas grandes qualidades. E um ditador nazista que faz carinha "moe" e um Papa que arrebenta a cara de um babaca feito Taizo são apenas algumas das maravilhas que só a cultura japonesa pode nos oferecer.

George H.W. Bush (Outra figura cuja biografia também li!) foi parceiro de seu pai para uma partida com os nazistas, mas ele sente a pressão pelas altas expectativas do seu velho para com ele. Em um flashback vemos George Bush em 1965 como um bad boy arrumando brigas em Harvard e sendo socorrido da prisão pelo pai. Mais tarde, é descoberto pelos nazistas que secretamente o espionavam usando os seus detectores de energia mahjong, e ficam chocados ao ver que seu poder mahjong é agora "mais de 8000"!
Outro destaque é Yulia Tymoshenko em uma batalha particularmente dura contra o cérebro cibernético de Josef Mengele. É épica a trairagem da bruxa do gás contra o cientista maluco do Quarto Reich.
No final, os fãs de Dragon Ball Z terão o momento mais alucinante quando Hitler revela que ele estava usando apenas uma pequena parte de seu verdadeiro poder. No momento mais crítico, o cabelo de Hitler muda de cor, e ele se transforma em seu modo final de "lendário Super Ariano".

O Time dos Sonhos: Papa Bento XVI, Bush Pai, Vladimir Putin, Yulia Tymoshenko e Junichiro Koizimi!
Naturalmente, Hideki Ohwada poderia ser acusado de banalizar eventos reais, como no dojinshi Afghanisu-tan de Timaking em que o 11 de Setembro (você sabe do que estou falando) é representado por uma menina rica e mimada arranhada por um gato, ou mesmo Hetalia de Hidekaz Himaruya onde os Países do Eixo na Segunda Guerra Mundial são representados por garotos adoráveis. Mas esqueça os riscos e pense nas recompensas de ler este divertido mangá.
Só posso esperar que o trabalho de Ohwada encoraje outros mangakás a investirem na criação de mais "mangás políticos", ou quem sabe tenhamos uma "segunda temporada" com novos desafios para Koizumi, como Kadafi, Ahmadinejad, Bin Laden, Irmãos Castro, Maduro e, quem sabe...

Koizumi e "O cara".

2 comentários:

  1. Cara, que sensacional esse artigo! Li com gosto! Estava procurando um manga assim, que fosse profundo na questão política, mas sem perder a descontração e o humor (além dos exageros que eu amo da cultura pop japonesa). Sim, sou um conservador/direitista e sou do tipo que revira a internet em busca de conteúdo simpático às minhas convicções (coisa bem rara no Brasil, enfim...). Parabéns, você escreve muito bem! Espero que o Koizumi-san volte pra chutar a bunda do Lula Molusco e da Mulher Sapiens...rs.

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