sábado, 13 de maio de 2017

COMO BATTLE OF GODS PODERIA TER SIDO (BOM) PARA ENCERRAR A FRANQUIA DRAGON BALL





Battle of Gods não é o pior filme já feito, nem mesmo é pior filme sobre DBZ. Não é pior do que Resurrection F, mas é o pior filme competente de DBZ. O que quero dizer é que todas as exigências para um bom filme de DBZ estão aqui, mas estão fora de ordem e com ênfase em lugares errados.
Na época em que o conhecemos, Bills ainda era suficientemente interessante, e uma nova ideia de personagem para a franquia, mas como vilão ele acabou tornando-se bem bunda. Super Saiyajin Deus (apenas quando surge neste filme, e não o festival colorido que tornou-se depois) foi uma ideia igualmente nova e interessante, mas foi executada de uma forma tão estupida que já não parece nem bom nem terrível, apenas tornou-se chato. Ao contrário dos filmes anteriores de DBZ feitos para a TV, que de uma certa forma expandiram o universo do animê e do mangá original, e ao contrário dos OVAs que trouxeram histórias mais descompromissadas, este filme tentou fazer os dois, e acabou falhando miseravelmente em ambos. 
O que ele realmente consegue é um Dragon Ball sem qualquer sensação de perigo ou tensão. Não porque o vilão seja realmente ruim - ele não é (ainda não era) - mas por causa de uma simples má escrita que nunca permite que o espectador sinta qualquer sensação real de medo, ou deixe os personagens mostrarem um verdadeiro sentido de luta.

Foda-se esse filme. Ele fez Dragon Ball chato.
E o pior: foi o responsável pelo surgimento do provável pior animê da atualidade, Dragon Ball Shit Super.


Samurai Jack de volta e no
Adult Swin. É assim que
se retorna dignamente!! 

DBS não é e nunca será uma continuação de DBZ. E sim um spin-off muito mal planejado. E muito pior do que DBGT. Ele conseguiu essa façanha!
Nos dias de hoje, parece ser uma tendência os estúdios que produzem desenhos animados revitalizarem séries antigas, contando apenas com o peso do nome e o apelo que as antigas franquias ainda possuem junto ao público, almejando apenas encher os seus bolsos de dinheiro. Resultado: com a revitalização, os clássicos já não divertem mais, eles deprimem.
E infelizmente, no caso de DBS, o pior aconteceu: ele funcionou. O animê está fazendo sucesso. E é claro que graças a isso a Toei continuará produzindo porcaria. Já que o público não vê defeitos e continuará a consumir o produto, eles vão continuar produzindo Atrocidades Animadas, com a garantia de ter grandes retornos financeiros.


Todo mundo quer tirar dinheiro do Goku, do Luffy e até do Toriko.
(Esse foi um dos piores filmes de Dragon Ball, nem os fanservises valeram)
 
Antes que me desvie demais do foco da postagem, vamos nos atentar agora para os erros e os acertos do filme Battle of Gods. E é claro, irei demonstrar como ele poderia ter servido como uma boa ideia para finalizar definitivamente a franquia.
 
Por que Battle of Gods está errado?
 
Os filmes e especiais, baseados em animês em exibição na TV sempre tomaram  muitas liberdades criativas. A cronologia é totalmente desconsiderada no caso da produção dos OVA's. Você encontra facilmente "n" erros cronológicos, por exemplo, no 8º OVA de DBZ, Dragon Ball Z: Burn Up!! A Close Fight - A Violent Fight - A Super Fierce Fight, a mais famosa animação para vídeo da franquia. Mas não há problema nenhum aqui ocorrerem tais erros. Afinal trata-se de um filler.
Mas tais erros em Battle of gods, uma animação que se apresenta como continuação da série original, é imperdoável.
Se já é um erro terrível terem adiantado em muitos anos o nascimento da Pan, a neta de Goku, pior ainda foi terem dado um novo inimigo para Goku tão superior a Majin Boo muito antes que ele começasse a treinar Ubuu (a reencarnação humana deste seu maior adversário).
 

Lições de Dragon Ball Z:
Nosso futuro repousa nas mãos da juventude.
Não tema passar a tocha para o seu pupilo.

Fico imaginando que belo retorno teríamos de Son Goku, acompanhado de seu inseparável discípulo Ubuu (quase tão poderoso quanto o seu mestre), ambos no planeta do Kaioh do Norte, diante de um novo e poderoso inimigo. E, com a personalidade que acredito que Ubuu teria, ele certamente não perdoaria aquele inimigo pela derrota sofrida por seu mestre, e o enfrentaria, sendo também vencido.
E como seria bom ver Pan se juntar aos outros guerreiros-Z...
 
Outro grande erro foi relacionar o passado de Bills a Vegeta.
Para quem entende como o universo Dragon Ball funciona, está totalmente errado fazer personagens como Vegeta e Freeza já terem conhecimento da existência de seres de tamanho poder.
 

Especial para TV Bardock (filme canônico): Zarbon está
preocupado pelos saiyajins estarem crescendo e se tornando muito
poderosos. O príncipe Vegeta, por exemplo, é mais forte do que
qualquer um que eles conhecem. Se eles se unirem, poderão ser
bastante problemáticos para o reinado de Freeza.
Dodoria acha que ele está sendo ridículo, mas
Freeza não acha as teorias de Zarbon paranoicas, mas realistas.
 
Aliás, Bills inimigo?
Inventaram a história de que foi Bills quem pediu para Freeza exterminar os saiyajins. Ou seja, esqueça a história do temor que Freeza tinha pelo poder do lendário Super Saiyajin. Ele estava só fazendo um favor.
E já que é assim, dói ver esse oba-oba que há entre Bills e os dois últimos sobreviventes do planeta Vegeta. Como Goku e Vegeta podem se tornar amigos daquele que foi diretamente responsável pelo genocídio de seu povo, e por hoje eles serem órfãos?
Eles poderiam fazer as pazes no fim do filme, mas se tornarem amigos, jamais!
 
A impressão que tenho de alguns apaixonados pela nova série é que o mais importante é, independente da qualidade, termos um novo Dragon Ball, e o Vegeta ter ficado em evidência. Hum. Só agora começo a entender porque o Toriyama não curtia muito ele.

Eu te pergunto: Vegeta precisava do tratamento que recebeu em DBS para ser melhor? Se sua resposta é sim, então me responda por que ele se tornou um personagem tão irritante e vazio?
Vegeta não precisava de nada do que ganhou após Battle of Gods! Nós sempre o amamos! Os anti-heróis são aquelas figuras míticas que admiramos por praticarem todos aqueles atos os quais nunca teríamos coragem de praticar! O Vegeta sempre foi o personagem mais fodão da série do jeito único pelo qual ele era retratado em DBZ!
 

Explosão do planeta Namek.
Se DBZ tivesse se encerrado aqui, poderia ter se tornado
um clássico ainda mais épico do que aquele que se tornou!
 
A história de Dragon Ball sempre seguiu uma cronologia e um roteiro que foi estabelecido desde o início de Z: um vilão aparece, os guerreiros-Z tentam o seu melhor para vencer, mas o vilão é muito forte, eles continuam lutando, alguém recebe um novo poder que é inexplicavelmente mais forte que o do vilão, e nosso herói ganha.

Mesmo um fã precisa admitir que DBZ foi mal planejado, graças a pressão para que a série se prolongasse mais do que deveria.
Até a saga de Freeza, a série ainda tinha a mesma proposta para a qual foi planejada desde o começo: A busca pelas Esferas do Dragão. Mas depois de Freeza, as Dragon Balls deixaram de ser o foco da história, e a série passou a priorizar combates entre seres tirânicos capazes de destruir o universo. A partir daqui, a impressão que temos é que a série deveria passar a chamar-se "Goku".

Este seguimento trouxe perguntas aos produtores do novo filme.  Quem poderia ser uma ameaça grande o suficiente para Goku? Alguém que poderia superar a ameaça que Majin Boo representava para o universo?


Mangá Neko Majin Z: Goku, Ubuu, Chichi, Pan, Rei 
Cutelo e Goten (adolescente).
O elenco que deveria estar presente em Battle of Gods.
Afinal não teremos um adversário superior a Majin Boo?

Com a introdução de Battle of Gods, veio a nova potência conhecida como Bills, o Destruidor, uma divindade que faz (deveria fazer) Majin Boo parecer manso em comparação.
Com o toque de um único dedo, Bills poderia obliterar um planeta na velocidade de um pensamento. Battle of Gods provou ser um sucesso. Mas trouxe uma questão: Dragon Ball deve continuar?

A Toei viu a sua chance de lucrar com a sempre duradoura popularidade da série e decidiu lançar aquela famigerada sequência. E agora temos DBS que tem sido um verdadeiro tormento.

Demonstrarei agora como Battle of Gods poderia ter sido muito bom como um filme único para finalizar a franquia, com todos os concertos na cronologia que já citei acima incluídos no longa, logicamente.
 

Neko Majin Z tem mais cara de
continuação de DBZ do que DBS!
 
Super Saiyan Deus

Estamos todos familiarizados com as formas anteriores do Super Saiyajin, mas quando Battle of Gods foi anunciado, surgiram teorias sobre se haveria ou não uma nova forma (Coisa totalmente desnecessária). E se houvesse, como seria? Seria algo completamente diferente?

Bem, na essência, o que tivemos foi uma recolour no cabelo de Goku. A recepção foi 8/80. Alguns amaram, outros odiaram. No meu caso, achei interessante porque não gosto nada do visual do Super Saiyajin 4 (DBGT), simplesmente porque não faz sentido. O poder dos saiyajins (macacos alienígenas) é inspirado na Evolução, então é incongruente Goku voltar a ser um macaco, se ele está aumentando o seu poder.
O grande problema veio com a sequência do filme. Agora surgiram novas cores (o que rendeu muitas piadas, tema para aquelas viadagens dos geniais Cartoon Holligans), e qualquer um pode virar deus só com treinamento. Fala sério, o Vegeta que passou a série original se acabando de treinar, mas nunca superou Goku e tão pouco o Gohan, agora é deus (para o delírio de seus insuportáveis fãs).
 

Super Saiyajin Deus
 
Independentemente de seus sentimentos pelo Super Saiyan Deus (o original), ele tornou Battle of Gods único. Era um poder além de qualquer uma das formas anteriores e permitiu que Goku lutasse de igual para igual com Bills, algo que ele não poderia fazer mesmo em Super Saiyajin 3. O Super Saiyajin Deus introduziu aos fãs um novo nível de poder, com uma curiosa história de seu nascimento ligada ao passado dos saiyajins no planeta Vegeta, e esse aspecto fez a transformação única.

O Super Saiyajin Azul não tem só um nome ridículo, ele é péssimo no visual, e odeio o fato de Vegeta ter se transformado nele. Agora qualquer um pode ser deus, é só fazer uma academia, puxar um ferro e pronto (Se na vida real fosse assim, eu já deveria ter me transformado no Anthony Hopkins). O Super Saiyajin Deus era interessante porque era um poder único para ser usado por apenas um personagem (no caso Goku) e apenas para aquela ocasião. Mas agora ser um deus não parece grande coisa. Daqui a pouco veremos Goku virando deus para jogar baseball. Por que estou com a impressão de que isso já aconteceu?

Se o Battle of Gods tivesse sido um filme único, Super Saiyajin Deus teria sido muito melhor. Ele teria fornecido o auge dos poderes Saiyajin, algo único, apenas para Goku, o personagem que assistimos crescer de uma criança para o homem que ele é hoje.
 
 
Super está arruinando os personagens:
 
Nunca escondi a ojeriza que tenho para com a série animada DBS (Por isso você deve notar que falo dela, mas não há nenhuma screen da série na postagem). DBGT era péssimo, mas durou "apenas" 64 episódios, e embora tenha transformado tudo o que era Dragon Ball em um circo de horrores, descaracterizado personagens, e arruinado a mitologia da série, assumiu a sua tosqueira, e desde o início autodenomina-se um filler descompromissado. DBS por outro lado, precisou de muito menos do que 64 episódios para acabar com a franquia (e ainda querem que isso seja canônico). É muito bom que a Rede Brasil esteja transmitindo DBZ para que a molecada que hoje assiste Super pela internet veja como essa nova geração destruiu a série.

Na última vez que critiquei a série DBS, fui claro ao dizer que não a acompanhava. Animação transvestida de continuação do clássico DBZ, na verdade está mais para um spin-off do maior mau gosto possível, facilmente confundido com uma fanfic ruim. Isto sim é DBS para mim.

Dragon Ball Super. "Super" o quê?

Mas fiz o sacrifício de ver alguns episódios mais atuais para fundamentar melhor as minhas críticas. Mais especificamente acompanhei a parte que tantas pessoas comentavam com tanta empolgação na internet na época de seu lançamento, a tal saga de Zamasu. A saga que prometia ser a mais cerebral, a mais cheia de ação, e finalmente apresentaria um vilão diferente, mais filosófico e com ideais e objetivos mais complexos que justificam a sua forma de agir. Foi uma tortura! Quem acredita no amadurecimento da série, não percebe que tudo não passou de uma desculpa esfarrapada para os personagens lutarem. Só isso. Não há diferença deste vilão para qualquer um outro troglodita que já tenha aparecido na série. Ele só tem um discurso "bonito" (embora vazio).  Zamasu é um dos piores vilões que já vi em um animê.

Enfim, DBS é MUITO RUIM. A história não presta, a animação é péssima, o traço é mal feito, os personagens são terrivelmente descaracterizados, e os níveis de poder não fazem o menor sentido - Estão agora justificando o uso de "estratégia" em lutas para trazer personagens mais fracos de volta, mas isso vai contra tudo o que foi DB e DBZ. É como, por exemplo, você estar armado com um revólver, enfrentando em um campo aberto um inimigo armado com um tanque blindado. Mas você vai vencer esse inimigo porque é mais esperto e tem estratégias (WTF?!)... Do que adianta ter estratégia para vencer se você sequer poderá mover esse inimigo?


Zamasu e seu "parceiro" Goku Black.
Se você assistiu esse filme (Futurama:
Bender’s Big Score), entendeu a piada.

Para destruir a humanidade, Zamasu matou um Kaioh Shin,
roubou um anel do tempo, trocou o seu corpo com o de Goku
com as Super Esferas do Dragão e alterou as linhas temporais.

Majin Boo só precisou levantar a mão...

Quando Battle of Gods foi anunciado, houve um hype inegável no fandom Dragon Ball. Apesar da série ter terminado bem mais de uma década atrás, Dragon Ball ainda permaneceu uma parte fundamental do cenário dos animês.
Uma das maiores queixas que eu vejo regularmente sobre Super e qualquer coisa depois de Battle of Gods é que muitos dos personagens que crescemos acompanhando estão sendo arruinados pela nova série (não é opinião apenas minha). Isso está muito mais claro no caso do protagonista principal da série, o próprio Goku.

Se você fosse voltar aos primeiros dias de Goku (estamos falando de qualquer coisa desde o 22º Torneio Mundial de Artes Marciais até a saga Freeza), ele poderia ser considerado inteligente. De seu pensamento rápido durante sua luta contra Piccolo Jr. para seus movimentos engenhosos contra Freeza, Goku pode ter sido ingênuo às vezes, mas ele era maduro quando importava. E isso era o mais cativante dele.
 
 
No entanto, o tratamento que ele tem recebido em Super até agora tem sido perturbador, para dizer o mínimo. Ver um personagem, uma vez brilhante, sendo reduzido a um completo imbecil cujo único objetivo é lutar, independentemente de quem é ferido, não é apenas desanimador, é um pouco insultante. (Recentemente ele vendeu todo o nosso universo só porque tava a fim de mais umas lutas)

Agora alguns de vocês podem dizer que é assim que Toriyama pretendia que Goku fosse, que era assim que ele era retratado no mangá. Mas a menos que eu estive lendo uma versão completamente diferente de Dragon Ball do que o resto de vocês, eu não me lembro do Goku sendo TÃO estúpido.
 
Recentemente Akira Toriyama disse que não gostou do tratamento que a versão animada de DBZ deu a Goku, tornando-o um tipo de herói justo, coisa que ele nunca foi. E, claro, os defensores fervorosos de Super bateram palmas para essa merda que o mangaká (cada vez mais contraditório) falou para defender esse lixo que é a versão DBS de Goku.

Certo, então Goku é um babaca que só pensa em se divertir e que se foda o mundo se o que está em jogo são os seus objetivos egoístas!
Mais uma vez, quem concorda com isso, leu um mangá e assistiu um animê (que é essencialmente a mesma coisa que o mangá) diferente do que eu li e assisti.

Para justificar essa nova versão de Goku, eu devo então esquecer da surra que ele deu no Nappa, para vingar seus amigos assassinados.


Esse golpe...
foi pelo pequeno Chiaotzu!
 
Devo esquecer de Goku deixando para trás o ódio que sentia por Vegeta. Tomando as dores do seu rival, e o amparando em seus últimos momentos de vida, implorando que um pouco do orgulho do príncipe saiyajin passasse para ele, para que assim pudesse honrar o seu povo e se vingar de Freeza, por este ter humilhado e escravizado a todos eles.



Devo esquecer o desespero dele para vencer o Freeza. O desespero que Goku sentiu perante a ameaça que Freeza representava para a sua família e amigos.
E foi essa vontade de salvar o universo que o moveu durante toda esta bela Space Opera que foi a saga de Freeza. Esta era a maior força de Goku.


"Goku Raiz"
até a trilha sonora era épica...

Muitos dos defensores das palavras contraditórias de Toriyama defendendo o estrago que a Toei faz ao seu mais icônico personagem, afirmam que o ato de Goku sempre poupar a vida do seu inimigo, por pior que ele seja, era irresponsabilidade. Mas a verdade clara, no animê/mangá, é que Goku sempre foi misericordioso porque acreditava que toda a vida era valiosa, e deveria ser preservada. A pureza no seu coração acabou levando alguns de seus rivais, outrora inimigos, para o caminho da bondade (caso de Piccolo, Vegeta e Tenshinhan).

Devo então esquecer também que Goku traiu estes seus princípios de nunca matar um adversário, e ordenou que Gohan matasse Cell para que a Terra fosse salva.


E aliás foi o próprio Goku quem se sacrificou para impedir que Cell destruísse a Terra.

 
Devo esquecer do que ele disse a Vegeta antes da última luta contra Majin Boo...
Goku confessou que sentia que seu momento de partir para o outro mundo havia chegado. Ele não poderia mais proteger a Terra, porque afinal sequer estava vivo. Ele deixaria que a nova geração lutasse em seu lugar. Mas agora não era apenas a Terra que estava em perigo, mas sim TODO o universo.



 Curiosidade: Acredito que Toriyama correu tanto com o mangá nas sagas
Cell e Boo que este tornou-se apenas um guia para a série animada.
Por isso, considero o animê muito mais que o mangá nestas partes.
 
Majin Boo Universe Buster? Eu acredito!
O animê colocou na prática a interpretação de
uma leitura do próprio mangá original.
Faz todo o sentido Boo ter esta habilidade "adormecida".
(Vegetto confirmou no animê)
 
Os roteiristas de DBS não entendem o que é Dragon Ball. Acho que a essa altura do campeonato não preciso explicar o que é Flanderização. É isso o que DBS faz com os personagens. Os personagens que tinham tantas facetas, agora são reduzidos a um único traço de sua personalidade.
Chichi em DBZ sempre foi uma mãe severa, mas em Super ela chega ao ponto de sequestrar a sua própria neta simplesmente porque está insistente de que Pan nunca venha a se tornar uma artista marcial. Agora compare tal atitude com a Chichi que conhecemos em DBZ. Lembrem-se, foi ela quem treinou o seu segundo filho Goten.
O Goku de Dragon Ball Z Abridged (Este sim respeita DBZ, e olha que é uma paródia zoada) é um gênio perto deste Goku de Super. Em DBS ele exibe uma fixação infantil na luta, desafia qualquer um, e nunca parece considerar se é apropriado ou quais as consequências que as suas ações possam gerar. Uma boa parte do fandom já o culpa pelos acontecimentos da saga de Zamasu. E sério, eu sentia vontade de dar um tiro na cara desse Goku de DBS toda vez que ele aparecia na tela (E do jeito que ele está nerfado hoje, acho que até eu o mataria).

Odeio romance em animês de porrada, mas confesso que
adorava o relacionamento do Goku com a Chichi.
Eles viviam brigando e Chichi parecia não ligar para Goku.
(E eles eram honestamente engraçados)
Chichi só se importava com a segurança de seu filho.
Por isso Yajirobe uma vez disse: "Ei, cuida do seu marido!!"
Com o tempo Chichi fica mais compreensiva.
E Goku também parecia querer se esforçar para compreendê-la.
Na saga Cell compreendemos como os dois de fato se gostavam muito.
E isso foi mais profundo do que muito mangá shoujo por aí.
 
Outro personagem que sinto que foi arruinado depois de Battle of Gods é Bills. Sem dúvida esta afirmação vai causar algum debate, mas pense nisso: Bills foi apresentado a nós como um ser todo-poderoso. Ele foi intimidador e parecia imbatível. É uma das principais razões pelas quais os fãs gostaram tanto dele. No entanto, Super tem feito parecer como se ele fosse realmente um deus destruidor preguiçoso, que só pensa em comer, e ainda é covarde. É só aparecer alguém superior em poder (agora já há muitos), ou com uma posição mais elevada na hierarquia cósmica que Bills simplesmente se caga de medo. É patética a sua postura diante de Zeno (A entidade cósmica mais ridícula que já vi numa obra de ficção).

Não mudo minha opinião. Bills e Wiss tornaram-se os personagens mais irritantes e infantilóides que já vi em um animê. 
 
Em Battle of Gods, Goku finalmente encontrou um adversário que ele não poderia vencer. Agora antes que você corra para os comentários para dizer "MAS E O CELL?!", ouça-me.

Durante Cell Games, Goku não estava preocupado em tudo. E no dia do torneio, ele voluntariamente perdeu a partida, sabendo muito bem o que estava esperando por Cell depois daquilo.


O comportamento calmo de Goku foi revelado mais tarde em sua arma secreta: Gohan. Ele tinha visto vislumbres do potencial de seu filho e sabia que ele e somente ele poderia derrotar o terrível Cell. Goku colocou toda a sua fé em Gohan e, embora parecesse uma decisão precipitada e francamente egoísta em primeiro lugar, inevitavelmente valeu a pena, com Gohan provando a sua superioridade e força.
 

Momento exclusivo do animê na saga Cell, e um dos mais 
emocionantes por sinal. Talvez depois de Freeza, Toriyama
 só se importou em fornecer material para o animê,
o qual seria o final definitivo de sua escrita.
 
Em Battle of Gods, Goku não teve nenhuma segunda opção. Gohan e os outros tinham sido duramente derrotados (facilmente, lembre-se você) por Bills e a única esperança que restava era o Ritual do Deus. Ver Goku se transformar foi inspirador para dizer o mínimo. Nós tínhamos visto esse personagem treinar toda a sua vida para alcançar novos níveis, e ele finalmente atingiu o pináculo do poder Saiyajin.

Mas desta vez foi diferente.

Nós estávamos acostumados com o mesmo tipo de complô, na medida em que o lutador principal (geralmente Goku) ficava dominado pelo vilão e, para ganhar, precisava conseguir uma nova forma ou poder. Mas Battle of Gods nos forneceu algo novo. Desta vez, apesar de alcançar essa transformação incrível, Goku não conseguiu vencer Bills. Por mais que tentasse, o Deus da Destruição se provou demais para um Super Saiyajin - e foi por isso que Goku desistiu.
 
 
Na minha opinião, este é um de seus momentos mais humilhantes. Nunca antes, com tanta coisa em jogo e nenhuma outra opção, Goku havia desistido. Como um saiyajin, seu desejo de ser o melhor poderia possivelmente dirigir Goku a continuar lutando, mesmo se fosse inteiramente impossível alcançar a vitória. Mas Bills era algo diferente, ele era um personagem que Goku abertamente e orgulhosamente admitiu que não podia bater. Ouvir isso de um personagem que normalmente nunca admitiria a derrota se soubesse que havia tanta coisa em jogo foi tão cativante quanto chocante.

Battle of Gods terminou o desejo de Goku de se tornar o mais
poderoso, levando-o à compreensão de que há coisas mais importantes na vida do que ser o mais forte - sua família e amigos.

Honestamente, esse foi um momento de desenvolvimento do personagem aos meus olhos,
e eu acho que teria sido o final perfeito para a história de Goku.
 
 

3 comentários:

  1. Que alegria encontrar seu blog. Ótima matéria. É reconfortante descobrir que não sou o único que odeio DBS.

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  2. Se Goku fosse tão egoista quanto o Toriyama "disse" ( e se ele sempre foi assim, por que ele só confessou depois de 30 anos?), ele não teria enfrentado TODA a Força Red Ribbon (até então o exército mais poderoso do mundo) para reaver as Esferas do Dragão para ressuscitar o pai do seu amigo Upa, assassinado covardemente por Tao Pai Pai.

    E nem teria lutado contra Picollo Daimao para vingar a morte de Kuririn, Mestre Kame e Chaos.

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