One Piece é um sucesso incontestável. A obra de Eiichiro Oda é o mangá mais vendido de toda a história e, mais do que um simples divertimento, trata-se de uma verdadeira crítica social.
O mangá fala com muita irreverência sobre a política, a anarquia, as desigualdades sociais, o racismo, e há espaço até para temas como a transsexualidade (WTF?!). É um grande entretenimento, você se diverte, se emociona e o mais importante, se acaba de tanto rir. Este mangá é uma das provas de que quadrinhos não precisam ser levados tão a sério.
Outra mérito deste animê/mangá é explorar um tema pouco utilizado para o tipo de obra: os piratas.
Agora, falando um pouco de História, que será o tema central desta postagem, a pirataria é o ato de se roubar navios nos mares. Piratas eram normalmente violentos e assassinos (Diferente dos heróis da história de One Piece) e uma de suas atividades correlatas era a de saquear cidades a beira-mar.
A Pirataria sempre existiu e está presente mesmo nos dias atuais, sendo que era muito mais comum na época colonial. Existiam também os ditos corsários que eram piratas que, por missão ou carta de corso (ou “de marca”) expedida por um governo, eram autorizados a pilhar navios de outras nações (guerra de corso), ou seja, era uma “pirataria oficializada”. Piratas se transformavam em corsários e vice-versa. Os conhecidos Shichibukais presentes em One Piece são a versão de Eiichiro Oda para os corsários.
É de conhecimento histórico que a Inglaterra foi a “rainha” da pirataria e sempre se utilizou muito dos corsários. Essa atividade era para ela uma grande fonte de renda e havia uma extensiva infraestrutura para apoiar e dar aparência de “operação comercial” à pirataria. Os anglófilos deveriam ligar-se mais nestes fatos históricos que muito tem a nos revelar acerca da origem da riqueza dos países ricos de hoje. O Brasil na época colonial era muitíssimo mais rico do que os Estados Unidos!
Entre 1688 e 1815, cerca de 25.000 “cartas de marca” foram expedidas na Inglaterra. Durante certa época, o principal objetivo militar da Inglaterra era saquear os navios espanhóis. De 1585 a 1604, entre 100 e 200 embarcações foram enviadas para assediar barcos espanhóis.
Era muito utilizado um tipo de “perdão real” no qual a Inglaterra anistiava piratas para fazê-los servir à Coroa como corsários, contra os inimigos dela. A atividade imperial e colonial inglesa era indistinta da pirataria. Houve “heróis” nacionais, parlamentares, colonizadores, funcionários das companhias e governadores coloniais que foram piratas. Boa parte dos piratas na História Moderna, muitos deles famosos, eram ingleses.
Eiichiro Oda inspirou-se em muitos dos reais e mais famosos ladrões dos mares da história para a criação de personagens em One Piece. E a seguir estão listados, na forma de um Top 10, os mais infames piratas da história ao lado do respectivo personagem que eles inspiraram.
10º Lugar
Zheng Zhilong e Ame no Shiliew
Enquanto a maioria das pessoas geralmente associam os piratas apenas ao Hemisfério Ocidental, vários outros notórios ladrões dos mares vieram também do Oriente.
Zheng Zhilong foi um pirata chinês do século XVII. Trazendo vergonha para sua família, ele foi expulso da casa de seu pai aos 17 anos de idade. Não tendo outro lugar para ir, acabou em Macau com o seu tio. Naquele tempo, a cidade recentemente havia sido inundada pelos ocidentais e sua cultura, e logo Zheng Zhilong converteu-se ao cristianismo e foi batizado aos 18 anos sob o nome cristão de Nicholas Gaspard. Sua integração a cultura ocidental fez dele um recurso valioso nos portos marítimos da China. Logo assumiu um cargo em um navio para trabalhar em colaboração com os holandeses (outro povo com talento nato para a pirataria e constantemente adulado pelos "livros didáticos" de história) para garantir uma rota da China para o Japão.
Quando seu comandante morreu, Zheng Zhilong herdou o navio e iniciou a pirataria por conta própria. Em 1628, ele derrotou a frota da Dinastia Ming. Utilizando da sua posse que agora era de cerca de 800 navios, manipulou alianças de modo que atuaria como um pirata desta vez contra os navios invasores dos holandeses.
Zheng Zhilong aposentou-se extremamente rico, mas foi executado mais tarde, porque seu filho agiu como um pirata contra o governo Qing em vez de mudar de lado em momentos oportunos, como fazia o seu pai.
Ame no Shiliew ("Shiliew da Chuva") aparece no arco do mangá da batalha em Impel Down, já com a fama de ser extremamente perigoso e temido, e logo tornou-se membro da tripulação do Barba Negra. A sua personalidade é bem similar a de Zheng, faz o que quer, e sempre escolhe o lado que lhe é mais vantajoso para seguir. Por outro lado, a aparência de Shiliew foi baseada na de Yasunori Kato, um personagem de uma novela de terror japonesa, assim como M. Bison de Street Fighter e Washizaki de Riki-Oh.
9º Lugar
Thomas Cavendish e Cavendish do Cavalo Branco
Cavendish do Cavalo Branco é o líder dos Piratas Bonitos, surgiu no recente arco de Dressrosa. Ele é um dos Super Novas, e no início era apenas um "príncipe pirata" afetadinho dono de um irritante complexo de celebridade. Mas tudo mudou mais tarde quando demonstrou uma personalidade interessante e complexa, com um grande senso de honra, e ainda há o misterioso caso de "Hakuba", sua outra personalidade que é totalmente insana e dotada de força e fúria assassinas que se manifesta durante suas batalhas, provavelmente inspirado na famosa novela Dr. Jekyl and Mr. Hyde.
O pirata real Thomas Cavendish foi um explorador inglês e um corsário que é melhor lembrado como o homem que deliberadamente contornou a Terra. Filho do nobre Roger Cavendish, aos 12 anos herdou a riqueza dos pais e por volta de 1585 comprou navio Elizabeth e juntou-se a frota de expedição de Sir Richard Grenville em sua viagem para a Virgínia.
A primeira grande viagem de Cavendish começou em 27 de junho de 1586, quando ele decidiu repetir o feito de Francis Drake em 1577. Ele construiu um grandioso navio chamado Desejo, e junto com dois outros navios "Content" e "Hugh Gallant" começou sua jornada através do mundo. Durante sua jornada, seus homens estavam preparados para atacar quaisquer navios espanhóis e cidades em seu caminho e isso aconteceu quando chegaram à costa do sul da Califórnia. Eles invadiram três cidades espanholas e 13 navios, incluindo o galeão de 600 toneladas Santa Anna, onde capturaram o maior tesouro que nunca caiu em mãos inglesas.
Durante sua viagem pelo Pacífico, Thomas Cavendish aprendeu sobre a costa do Japão e veio em posse do mapa de China. Retornou a Inglaterra em 9 de setembro de 1588, completando sua jornada em tempo recorde.
Cavendish atuou inclusive na costa brasileira. Em 1591 saqueou a cidade brasileira de Santos e sofreu grandes perdas na batalha contra os portugueses em Vitória, no Espírito Santo. Logo depois em 1592, continuou a sua viagem através do Atlântico, mas de acordo com relatórios, morreu perto da costa da Ilha de Ascensão.
8º Lugar
William Kidd e Eustass Kid
Conhecido pelos fãs como "o Magneto de One Piece", Eustass Kid, o Capitão Kid, apareceu em One Piece como o Super Nova com a maior de todas as recompensas postas por sua cabeça, maior até mesmo do que a do protagonista Monkey D. Luffy na época, o que fez muitos se questionarem sobre o quão mal ele deveria ter se comportado. Afinal, Luffy do Chapéu de Palha já havia desafiado o próprio Governo Mundial.
A inspiração para Eustass Kid foi William Kidd, um dos piratas mais famosos de todos os tempos. Também conhecido simplesmente como "Capitão Kidd", o corsário escocês William Kidd é mais lembrado por seu julgamento e execução por pirataria depois de voltar de uma viagem pelo Oceano Índico. Alguns historiadores modernos consideram sua reputação de pirataria injusta, pois há evidências de que Kidd agiu apenas como um corsário. Sua fama nasce em grande parte das circunstâncias sensacionais de seu interrogatório perante o Parlamento Inglês e consequente julgamento.
Kidd começou como um corsário, mas depois de uma série de eventos infelizes, ele se tornou um pirata procurado. Foi em 30 de janeiro de 1698 que ele tomou o seu maior prêmio, um navio armênio carregado com cetins, musselina, ouro, prata, e uma incrível variedade de mercadorias do leste indiano, bem como sedas extremamente valiosas.
Bellomont, um investidor, atraiu Kidd para Boston com falsas promessas de clemência, e em seguida ordenou que o prendessem em 6 de julho de 1699. Kidd foi colocado em uma prisão de pedra, passando a maior parte do tempo em confinamento solitário. Sua esposa, Sarah, também foi presa. As condições de detenção de Kidd foram extremamente duras, e parecem tê-lo conduzido a insanidade, pelo menos temporariamente. Ele foi transferido para Londres e ficou chocado ao saber no julgamento que foi acusado de assassinato. Kidd foi considerado culpado de todas as acusações (assassinato e pirataria) e foi enforcado em 23 de maio de 1701, em Londres.
7º Lugar
Olivier Levasseur e Gol D. Roger
Olivier Levasseur ganhou o apelido de "La Buse" no início de sua carreira de pirata. "La Buse" é uma expressão em francês para um urubu ou um falcão que possui velocidade e ferocidade tremendas quando em direção a sua presa. Com este apelido em mente, é fácil de se avaliar o caráter de Levasseur. Ele na verdade começou como um corsário para os franceses durante o início dos anos de 1700, tornando-o um pirata legalmente justificado durante a Guerra da Sucessão Espanhola, em acordo com o próprio rei francês Louis XIV. No entanto, quando essa guerra acabou, foi obrigado a trazer o seu navio e tripulação de volta à França. Ele havia tomado muito gosto pela pirataria e começou a ignorar ordens, tornando-se um pirata completamente ilegal ao longo da costa ocidental da África.
Diferente de sua contra-parte, Gol D. Roger o Rei dos Piratas de One Piece, Levasseur eventualmente foi ferido em batalha em um de seus olhos e passou a usar um tradicional tapa-olho de pirata. Ele saqueou inúmeros navios de qualquer nacionalidade, até mesmo navios franceses, todos em torno da África. Mais tarde, tentaria obter o perdão oficial por seus crimes, e o governo francês exigiu uma quantidade exorbitante de despojos para o perdão, o que tornou isso inviável para o pirata.
Estabelecendo-se no arquipélago de Seychelles com sua ridícula fortuna, ele desistiu da pirataria para se aposentar. No entanto, logo depois foi capturado em Madagáscar e enforcado por pirataria em 1730 antes que pudesse desfrutar de seu acúmulo de riquezas.
No momento da sua morte, Olivier Levasseur tinha jogado um criptograma do andaime de execução no meio da multidão e disse-lhes que aquele que fosse capaz de decifrar a mensagem, poderia ficar como todo o seu tesouro, um tesouro que até hoje não foi encontrado. Esta parece ter sido parte da inspiração para o discurso da morte do lendário Gol D. Roger, em One Piece.
6º Lugar
Anne Bonny e Jewelry Bonney
Jewelry Bonney é uma das Super Novas em One Piece e muito pouco foi revelado ao seu respeito. Ela tem a habilidade de controlar a sua idade física, bem como a de outras pessoas. Aparentemente tem boas intenções, já que ajudou Zoro em uma ocasião e peitou o Barba Negra. O próprio Eiichiro Oda confessou que a sua inspiração para a criação da personagem foi obviamente a pirata real Anne Bonny.
Tendo viajado para o Novo Mundo com sua família, Anne se apaixonou e se casou com um marinheiro pobre chamado James Bonny. Mas por ficar cada vez mais decepcionada por seu marido não lhe dar valor suficiente, ela começou a procurar a companhia de muitos homens diferentes em Nassau. Entre esses homens, estava o famigerado John "Calico Jack" Rackham, o capitão de um navio pirata. Ela se juntou a sua equipe, precisando para isto agir e vestir-se como um homem (incluindo lutar e beber profusamente).
Assim, Anne lutou sob o comando daquele famosíssimo pirata e, junto com uma outra companheira pirata chamada Mary Read, ela persuadiu a tripulação para um ainda maior derramamento de sangue e violência, e assim se tornou uma pirata formidável. No entanto, ela foi capturada com a tripulação de Rackham e condenada à morte.
Tanto Anne Bonny quanto Mary Read alegaram gravidez na prisão, e suas sentenças de morte não foram realizadas (mas Mary teve a infelicidade de morrer em seu cárcere). Ninguém sabe ao certo como a mais famosa pirata feminina morreu, embora haja especulações de que ela voltou para casa com o marido ou o pai.
5º Lugar
Sir Walter Raleigh e Silver Rayleigh
O lendário Silver Rayleigh foi o imediato de Gol D. Roger e ainda tornou-se o mestre de Monkey D. Luffy, ensinando-o todos os seus conhecimentos sobre o Haki. Ele foi obviamente inspirado em Walter Raleigh, talvez um dos poucos piratas intelectuais do seu tempo, nascendo numa família da nobreza e estudando por um tempo na Universidade de Oxford. Também lutou com os huguenotes na França e mais tarde estudou Direito em Londres.
Em 1578, Raleigh partiu para a América como explorador junto de seu meio-irmão Sir Humphrey Gilbert, com um plano de lá fundar uma colônia. Em 1585, ele patrocinou a primeira colônia inglesa na América em Roanoke Island (a atual Carolina do Norte).
Raleigh logo chamou a atenção de Elizabeth I ("a Rainha Virgem" que mais deu em toda a história) em 1580, quando foi a Irlanda para ajudar a suprimir uma revolta em Munster. Ele se tornou o favorito da rainha, e foi nomeado cavaleiro e capitão da Guarda Real (1587). Chegou também a tornar-se um membro do parlamento em 1584 e recebeu extensas propriedades na Irlanda.
Em 1592, a rainha descobriu o casamento secreto de Raleigh com uma de suas damas de honra, Elizabeth Throckmorton. Esta descoberta levou Elizabeth a um ataque de ciúmes e assim Raleigh e sua esposa foram presos na Torre. Em troca da sua liberação, prestou um favor para a rainha, partindo em uma expedição mal sucedida para encontrar El Dorado, a "Terra do Ouro", cujos rumores indicavam que poderia estar situada em algum lugar além da foz do rio Orinoco, na Guiana (agora Venezuela).
O sucessor de Elizabeth, James I, não tinha nenhuma simpatia por Raleigh, e por isso em 1603 ele foi acusado de conspirar contra o rei e condenado à morte. Mas a pena foi reduzida para prisão perpétua e Raleigh passou os próximos 12 anos na Torre de Londres, onde escreveu o primeiro volume de sua "História do Mundo" (1614).
Em 1616, Raleigh foi libertado para levar uma segunda expedição de pesquisa para El Dorado. A expedição foi um fracasso, e Raleigh também desacatou as ordens do rei ao atacar os espanhóis. Em seu retorno à Inglaterra, a sentença de morte foi restabelecida e a sua execução aconteceu em 29 de outubro de 1618.
4º Lugar
Bartholomew "Black Bart" Roberts e Bartholomew Kuma
Nascido John Roberts, Bartholomew Roberts, também conhecido como Black Bart, foi um pirata galês que atuou saqueando principalmente as embarcações nos mares das Américas e África Ocidental entre 1719 e 1722. Ele foi o pirata mais bem-sucedido da época dourada da pirataria, capturando e saqueando muito mais navios do que os piratas mais conhecidos da época, como Barba Negra ou o Capitão Kidd.
Seu primeiro ato como um capitão pirata foi levar a sua tripulação a Príncipe para vingar a morte de seu velho capitão Howell Davis. Roberts e sua tripulação chegaram a ilha na escuridão da noite, matando uma grande parcela da população masculina, e roubando todos os itens de valor que podiam levar. Logo depois, ele roubou uma embarcação holandesa, e dois dias depois um navio inglês chamado Experiment.
Roberts foi o arquetípico capitão pirata no seu amor por roupas finas e joias, mas tinha alguns traços incomuns para um pirata, como uma preferência por beber chá em vez de rum, e não era tão cruel com os seus prisioneiros como eram alguns outros piratas como Edward Lowe.
O Capitão Roberts foi morto em batalha ao ser atingido por tiro na garganta, enquanto estava no convés do seu navio. Antes que seu corpo fosse capturado por Sir Chaloner Ogle, o almirante da marinha inglesa que liderou a perseguição ao capitão pirata, o desejo de Roberts de ser enterrado no oceano foi cumprido por sua tripulação, que jogou o seu corpo ao mar depois de ser amarrado na vela de seu navio. Ele nunca foi encontrado. Alguns consideram sua morte como um marco do fim da era dourada da pirataria.
O Shichibukai e ex-Revolucionário Bartholomew Kuma, também chamado "Kuma, o tirano", é um ciborque poderosíssimo. Além de ter um corpo cibernético, modificado pelo cientista-chefe da marinha, tem o poder da Nikyu Nikyu no mi (a fruta da pata) que lhe concede a habilidade de refletir qualquer tipo de força.
Kuma tem muito da personalidade de Roberts. O fato do Shichibukai carregar um Bíblia e usar roupas que emulam trajes sacerdotais são referências ao fato de que o real pirata Roberts também era um homem religioso. E o design de um outro personagem de One Piece, o também Shichibukai Dracule Mihawk foi fortemente inspirado em Roberts, com direito a crucifixos dourados e uma enorme espada em forma de cruz.
Kuma tem muito da personalidade de Roberts. O fato do Shichibukai carregar um Bíblia e usar roupas que emulam trajes sacerdotais são referências ao fato de que o real pirata Roberts também era um homem religioso. E o design de um outro personagem de One Piece, o também Shichibukai Dracule Mihawk foi fortemente inspirado em Roberts, com direito a crucifixos dourados e uma enorme espada em forma de cruz.
3º Lugar
Henry Morgan e Morgan Mão de Machado
Henry Morgan foi um pirata galês, que fez nome no Caribe como um líder de corsários. Ele estava entre os corsários mais famosos e bem-sucedidos da Inglaterra. Em 1667, Morgan foi contratado para capturar alguns prisioneiros espanhóis em Cuba, a fim de descobrir os detalhes da ameaça de ataque à Jamaica. Com seus dez navios tripulados por cerca de quinhentos homens, Morgan desembarcou na ilha e saqueou Puerto Principe, e em seguida veio a tomar a cidade de Portobelo, no Panamá, que era naquele tempo uma verdadeira fortaleza. É também do conhecimento dos historiadores que os homens de Morgan capturaram os padres e missionários jesuítas, que estavam em missões para catequizar os povos do Novo Mundo, e os usaram como escudos humanos para tomar a já dita fortaleza.
Ele tomou a ilha de Santa Catalina em 15 de Dezembro de 1670, e em 27 de dezembro do mesmo ano, ganhou a posse do castelo de Chagres, matando trezentos da guarnição. Em seguida, com mil e quatrocentos homens, subiu o rio Chagres, um dos piores pantanais na área. Quando finalmente deixou o Panamá, junto de sua tripulação, todos já estavam muito enfraquecidos e cansados.
Morgan tinha vivido em um momento oportuno para os piratas. Com sucesso foi capaz de usar os conflitos entre Inglaterra e seus inimigos, tanto para apoiar os ingleses ou para enriquecer a si mesmo e suas tripulações. Com a sua morte, os piratas que se seguiriam também usariam essa mesma tática, mas com resultados bem menos sucedidos. Ele também foi um dos poucos piratas que foi capaz de se aposentar da pirataria, tendo tido grande sucesso, e com pouca retribuição legal.
2º Lugar
Sir Francis Drake e X Drake
O corsário mais célebre de seu tempo, o capitão Drake saqueou inúmeras vezes os militares espanhóis, frequentemente por ordem da rainha Elizabeth I (Sim, ela de novo). A Espanha foi por assim dizer o seu arque-inimigo ao longo da vida, causou repetida devastação e saqueou implacavelmente as cidades espanholas ao longo da costa da Flórida. Ele também viajou para a América do Norte e reivindicou terras na costa do Pacífico para a rainha Elizabeth, tornando-se o primeiro inglês a circunavegar o globo.
Foi Francis Drake mesmo quem resgatou os colonos ingleses das mal sucedidas colônias de Roanoke Island ao longo da costa das Carolinas e lhes deu passagem para a Inglaterra a bordo do seu navio. Depois de uma carreira ilustre, Drake morreu na costa do Panamá para algo tão mundano como a disenteria.
1º Lugar
Barba Negra e Barba Negra
Marshall D. Teach, o Barba Negra, é o mais poderoso e infame pirata da história de One Piece. Dentre seus feitos estão a captura e entrega para a execução do irmão de criação de Luffy, Portgas D. Ace, ele também assassinou a sangue frio um companheiro para roubar deste o poder da mais poderosa fruta do Diabo, a Yami Yami no mi, e ainda foi capaz de matar o seu antigo capitão, o Barba Branca, considerado o homem mais poderoso do planeta, roubando deste os seus poderes para criar terremotos da Gura Gura no Mi, e por fim entrou para a elite dos Yonkou, os mais temíveis e poderosos piratas do mundo. Logicamente Marshall D. Teach foi inspirado em um pirata igualmente infame.
Edward Teach, também conhecido como Barba Negra, foi um notório pirata inglês no Mar do Caribe, durante o início do século XVIII, o período do tempo referido como a era dourada da pirataria. Seu navio mais conhecido foi Vingança da Rainha Ana, que se acredita ter encalhado perto de Beaufort Inlet, Carolina do Norte em 1718.
Edward Teach, também conhecido como Barba Negra, foi um notório pirata inglês no Mar do Caribe, durante o início do século XVIII, o período do tempo referido como a era dourada da pirataria. Seu navio mais conhecido foi Vingança da Rainha Ana, que se acredita ter encalhado perto de Beaufort Inlet, Carolina do Norte em 1718.
Barba Negra muitas vezes lutou, ou simplesmente mostrou-se, usando um grande tricórnio (um tipo de chapéu da época) de penas, e tinha várias espadas, facas e pistolas à sua disposição. Foi relatado na História Geral dos piratas que ele tinha cânhamo e fósforos acesos e tecidos em sua enorme barba durante a batalha. Relatos de pessoas que o viram lutar afirmam que ele "parecia o diabo" com um rosto temível e uma nuvem de fumaça ao redor de sua cabeça. Esta imagem que ele cultivou tornou-se sua marca registrada.
Barba Negra saqueou inúmeros navios mercantes. Os seus piratas aproveitavam todos os objetos de valor, comida, bebidas alcoólicas e armas. Ironicamente, apesar de sua reputação feroz, não há contas verificadas sobre a quantidade de pessoas que matou. Ele geralmente prevalecia pelo medo. Conta-se que um vez atirou em um dos homens da sua tripulação só para mostrar a todos que ele era capaz de qualquer coisa. Para os nossos padrões, Barba Negra seria considerado um psicopata.
Apesar de ser perdoado por seus crimes, um grupo de homens foi atrás dele, a fim de ganharem a grande recompensa oferecida por sua cabeça. Teach foi baleado cinco vezes e esfaqueado mais de vinte vezes antes de morrer, e por fim foi decapitado. Lendas sobre sua morte imediatamente surgiram, incluindo a alegação de que o seu corpo sem cabeça, depois de ter sido lançado ao mar, ainda fora capaz de nadar antes de afundar (LOL).
OS 2 MAIS CRUÉIS PIRATAS DA HISTÓRIA
Apesar de ser perdoado por seus crimes, um grupo de homens foi atrás dele, a fim de ganharem a grande recompensa oferecida por sua cabeça. Teach foi baleado cinco vezes e esfaqueado mais de vinte vezes antes de morrer, e por fim foi decapitado. Lendas sobre sua morte imediatamente surgiram, incluindo a alegação de que o seu corpo sem cabeça, depois de ter sido lançado ao mar, ainda fora capaz de nadar antes de afundar (LOL).
OS 2 MAIS CRUÉIS PIRATAS DA HISTÓRIA
Nas listas do blog sempre há uma colocação ainda mais elevada até do que o primeiro lugar. E desta vez foi necessário dividi-la entre estes dois piratas que são certamente os piores dos piores que já navegaram os sete mares...
Edward Lowe e Trafalgar D. Water Law
O mais famoso e querido personagem membro dos Super Novas, Trafalgar D. Water Law, teve sua maior inspiração em Edward Lowe, um dos mais cruéis e famigerados piratas da história.
Edward Lowe nasceu em Westminster, Londres, Inglaterra. À medida que envelhecia, Lowe cansado de furtos e roubos, trocou a Inglaterra por Boston. No começo, procurou trabalhar honestamente, mas em maio de 1722 juntou-se a um grupo de homens em um saveiro e com eles rumou para Honduras, onde planejavam roubar um carregamento de toras para revenda em Boston. Na sequência de um motim fracassado, no entanto, Lowe e seus companheiros foram forçados a deixar o barco. Um dia depois, Lowe instigou seus aliados a roubarem um pequeno saveiro, e oficialmente virou um pirata determinado "a declarar guerra contra todo o mundo".
Lowe foi muito bem sucedido como um pirata. O sucesso de Lowe aumentou quando das suas mais notáveis incursões no Caribe, foi quando também conquistou maior notoriedade. Depois de ir para os Açores, Lowe ficou particularmente conhecido por sua brutalidade e sadismo, que incluía torturar as suas vítimas com métodos incrivelmente aflitivos como cortar os seus lábios, cozinhá-los, e em seguida forçar a vítima a comê-los!
Há duas histórias conflitantes sobre sua morte: A primeira delas conta que Edward Lowe e seu navio foram avistados pela última vez em julho de 1723, perto das Ilhas Canárias e Guiné, e acredita-se que seu barco afundou em uma tempestade, com tudo o que havia dentro dele. A segunda afirma que Lowe foi levado à deriva por sua própria equipe, e foi resgatado por um navio francês para depois encontrar o seu fim enforcado em 1724.
François L’Olonnais e Roronoa Zoro
Um dos personagens mais queridos pelos fãs de One Piece, aquele que é considerado quase como o segundo protagonista da história, o não-declarado imediato de Monkey D. Luffy, Roronoa Zoro foi definitivamente inspirado em François L'Ollonais, o mais cruel dos piratas do Caribe e um dos mais terríveis que o mundo já conheceu.
Jean David Nau, mais conhecido como François L'Olonnais, foi um pirata e corsário francês. Ele era conhecido como um dos piratas mais cruéis no Mar do Caribe. Tratou os habitantes nativos da região, os colonos espanhóis e missionários jesuítas com tanta selvageria que muitos historiadores acreditam que ele era louco!
Com mais de 600 piratas e 8 navios atacou as cidades de Maracaibo e Gibraltar no Golfo da Venezuela. A cidade de Maracaibo foi conquistada facilmente o que deixou a região aberta e fácil para a sua devastação. Quando os corsários chegaram a Maracaibo, perceberam que muitos dos seus habitantes fugiram, então trataram de perseguir os fugitivos e os trouxeram de volta. L'Ollonais torturou de forma abominável quase todos os cidadãos até que um destes traiu seus companheiros e revelou a localização de seus tesouros escondidos. Alguns deles não resistiram às torturas e morreram em dor.
Depois disso, os piratas desembarcaram perto de Gibraltar. O povo daquela região conheceu o mesmo destino que os de Maracaibo. Eles foram estuprados, torturados, assassinados e ninguém foi poupado. Alguns deles foram mortos sem qualquer motivo especial, apenas para a diversão dos cruéis piratas. Quase toda a cidade foi queimada.
L'Ollonais conduziu muitas invasões contra as possessões espanholas e foi morto durante uma tentativa de invasão, capturado pelos índios que estavam do lado espanhol. Sua vida terminou como ele talvez tenha merecido. Ele foi cortado em pedaços e queimado. Alguns rumores dizem que ele foi comido por canibais.
Com este histórico do pirata real que o inspirou, fica fácil compreender porque Zoro foi comparado a um "demônio" por alguns personagens quando da sua primeira aparição. Porém, o honrado ex-caçador de piratas se distancia enormemente de François L'Olonnais por ser aquele personagem que todos sentem vontade de imitar, aquele que se sacrifica por seus companheiros e declara ser a "dor de seus amigos a sua dor".
O tratado de Paris de 1856 pôs fim aos corsários (Em One Piece temos o Almirante da Marinha Fujitora que deseja acabar com o sistema de Shichibukai). Nesta ocasião, a Inglaterra dominava os mares e era a grande potência do mundo, logo ela só teria a perder com a manutenção do corso, já que seria mais vítima dele do que patrocinadora, por isso, advogou seu fim junto com outras potências.
Será que o mangaká Eiichiro Oda pesquisou profundamente a vida destas figuras históricas ou simplesmente buscou uma inspiração de forma bem superficial?
Há quem critique o fato do protagonista do mangá ser um pirata do bem, o que de fato é uma grande contradição. Mas Luffy já deixou claro que entrou para a pirataria não por desejo de enriquecer pilhando navios e cidades a beira-mar, mas por seu gosto pela liberdade. Segundo o Chapéu de Palha, não existe ninguém no mundo mais livre do que o Rei dos Piratas.
One Piece, com toda a sua pegada sobre desigualdades sociais, acima de tudo é uma história sobre liberdade. A busca pela liberdade, tão aclamada por Luffy, é vista como o seu caminho para a felicidade, mesmo que ela seja fugaz ou temporária. Hoje a liberdade é entendida na esfera individual e não coletiva e, apesar de haver liberdade, esta continua restrita a necessidade de adequar-se à vida em sociedade. Talvez por sentir que não pode se adequar aos padrões impostos pela sociedade, Luffy anseie tanto ser como esse Rei dos Piratas.
Luffy é um espírito livre, ele pensa na liberdade em um âmbito coletivo, respeitando e importando-se com as escolhas de seus amigos, porque afinal se não fosse assim, não se sentiria mais livre do que se estivesse vivendo em uma ilha isolada.
O que importa na história de One Piece os profundos e positivos valores transmitidos por seus personagens. E a utilização de personagens baseados em figuras históricas deixa a obra de ficção ainda mais rica e interessante.
Com este histórico do pirata real que o inspirou, fica fácil compreender porque Zoro foi comparado a um "demônio" por alguns personagens quando da sua primeira aparição. Porém, o honrado ex-caçador de piratas se distancia enormemente de François L'Olonnais por ser aquele personagem que todos sentem vontade de imitar, aquele que se sacrifica por seus companheiros e declara ser a "dor de seus amigos a sua dor".
Há quem critique o fato do protagonista do mangá ser um pirata do bem, o que de fato é uma grande contradição. Mas Luffy já deixou claro que entrou para a pirataria não por desejo de enriquecer pilhando navios e cidades a beira-mar, mas por seu gosto pela liberdade. Segundo o Chapéu de Palha, não existe ninguém no mundo mais livre do que o Rei dos Piratas.
One Piece, com toda a sua pegada sobre desigualdades sociais, acima de tudo é uma história sobre liberdade. A busca pela liberdade, tão aclamada por Luffy, é vista como o seu caminho para a felicidade, mesmo que ela seja fugaz ou temporária. Hoje a liberdade é entendida na esfera individual e não coletiva e, apesar de haver liberdade, esta continua restrita a necessidade de adequar-se à vida em sociedade. Talvez por sentir que não pode se adequar aos padrões impostos pela sociedade, Luffy anseie tanto ser como esse Rei dos Piratas.
Luffy é um espírito livre, ele pensa na liberdade em um âmbito coletivo, respeitando e importando-se com as escolhas de seus amigos, porque afinal se não fosse assim, não se sentiria mais livre do que se estivesse vivendo em uma ilha isolada.
O que importa na história de One Piece os profundos e positivos valores transmitidos por seus personagens. E a utilização de personagens baseados em figuras históricas deixa a obra de ficção ainda mais rica e interessante.