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domingo, 2 de janeiro de 2022

0S MELHORES FILMES CULTS QUE EU VI EM 2021



METROPOLIS

País: Alemanha

Ano: 1927

Já havia assistido antes? Não


Surreal, expansivo e operístico, baseando-se em imagens cristãs bíblicas e medievais, bem como A Máquina do Tempo de H.G. Wells, Metropolis, do expressionismo alemão do cineasta austríaco Fritz Lang, colonizou um novo reino da imaginação que moldou a ficção científica subsequente de Flash Gordon a Star Wars, de "Os Jetsons" a Blade Runner. As paisagens futuristas da cidade que são um marco da ficção científica, com seus arranha-céus impossivelmente maciços e veículos voadores enfiando cânions de concreto, todos devem uma dívida ao filme de Lang, um dos pontos altos do expressionismo alemão.

Como alegoria social, Metropolis retrata um mundo em que os filhos privilegiados da sociedade vivem em facilidade e luxo na superfície enquanto nas entranhas da cidade trabalhadores operam as máquinas que sustentam todo aquele mundo. Com o tempo, essa situação opressiva eventualmente leva aos conflitos de classe.

Observa-se perceptivamente nesse cenário uma semelhança impressionante com a história do futuro mundo visitado pela Máquina do Tempo de Wells, onde os Morlocks trabalhavam em máquinas subterrâneas para servir aos burgueses. No entanto, em A Máquina do Tempo, esse conflito de classes eventualmente leva ao que está em vigor a revolução marxista, com os Morlocks proletários se levantando e subjugando os burgueses. Em Metropolis, há uma visão surpreendentemente contrastante que leva o seu conflito de classes a uma resolução diametralmente oposta, baseando-se em imagens religiosas e inspiração na defesa da reconciliação não violenta entre as classes.

Na verdade, Metropolis avança a tese provocativa de que a violência revolucionária realmente serve ao interesse próprio da classe dominante, uma vez que permite que eles respondam esmagando elementos dissidentes. 

O enredo onírico, que se baseia em conexões emocionais e poéticas ao invés de lógicas, envolve um jovem herói infantil chamado Freder (Gustav Fröhlich) cujo pai ditatorial (Alfred Abel) é o mestre de Metropolis, uma jovem idealista chamada Maria (Brigitte Helm) que tenta oferecer esperança aos trabalhadores oprimidos, e um cientista sinistro chamado Rotwang (Rudolf Klein-Rogge) a quem o pai de Freder se alia para subverter os esforços de Maria construindo um "clone" robótico da mesma.

Mais importantes do que a história são as imagens inesquecíveis: as intermináveis colunas de trabalhadores marchando em sincronia noturna e de seu terrível trabalho; a monstruosa Máquina "M", revelada em um momento visionário para incorporar o espírito de Moloch, a divindade sanguinária do Canaã do Antigo Testamento; Freder agonizantemente trabalhando na máquina relógio parecendo Cristo crucificado; o striptease lascivo do robô-Maria seduzindo os pais privilegiados de Metropolis para os Sete Pecados Capitais; a imensa catedral gótica em que o confronto final ocorre.

Alusões religiosas estão por toda parte. Maria e sua "clone" malvada sugerem respectivamente a Virgem Maria e a Prostituta da Babilônia. Freder, o filho, é um agente de reconciliação semelhante a Cristo, enquanto o pai Joh é um deus autointitulado tomando o lugar do próprio Deus seu próprio mundo, até desencadeando uma inundação para destruir seu povo quando eles o desagradaram. Os escritórios de Joh estão em um arranha-céus chamado Nova Torre de Babel, e o conflito climático está repleto de referências ao Apocalipse.

Osamu Tezuka, considerado "O Deus do mangá", falava abertamente que as suas maiores inspirações para a arte estavam em Walt Disney e no expressionismo alemão. Inclusive está entre as obras que Tezuka deixou a sua própria versão de Metropolis, que ganhou animê em 2001, uma obra-prima que para a sua produção contou com uma equipe de estrelas como o diretor Rintaro, Katsuhiro Otomo, como roteirista, a animação ficar a cargo do estúdio Madhouse com suporte conceitual da Tezuka Productions.





LUZES DA CIDADE

País: EUA

Ano: 1931

Já havia assistido antes? Não


Luzes da Cidade é o quintessencial filme de Charlie Chaplin, o mais perfeitamente elaborado e satisfatório de todos os seus filmes, e também o mais representativo de todas as diferentes texturas e tons pelos quais o inigualável ator é lembrado, o sentimento, a farsa e a irreverência, o melodrama e os comentários sociais. 

As observações sociais mais destacáveis no filme do personagem interpretado por Charlie Chaplin estão na forma um par de relacionamentos com dois indivíduos: uma florista cega (Virginia Cherrill) e um milionário alcoólatra e de tendências suicidas (Harry Myers), cujas respectivas incapacidades permitem que eles aceitem o inaceitável. Sempre que o milionário está sóbrio ele expulsa Chaplin da sua presença, mas quando bêbado ele o recebe como um amigo. A garota cega, também, faz amizade com Chaplin, embora, se ela pudesse vê-lo, presumivelmente não teria nada com ele.

No entanto, ironicamente, suas cegueiras permitem que eles vejam o como ele realmente é, um sujeito com um coração de ouro que salva repetidamente a vida do milionário mesmo diante de muito perigo para si mesmo, e que está disposto a arriscar tudo para dar à garota cega uma chance de vê-lo, mesmo com a possibilidade de perdê-la. 

A emoção da cena final inesquecível e delicadamente avassaladora. Os espectadores iniciantes certamente devem segurar a respiração em antecipação, imaginando se a cena terminará em realização feliz ou ironia cruel.





TEMPOS MODERNOS 

País: EUA

Ano: 1936

Já havia assistido antes? Não


Filmes mudos já estavam fora de moda em 1936, quando Charlie Chaplin completou seu último filme mudo, Tempos Modernos. Um filme mudo conscientemente feito para a era do som, uma obra-prima cômica que permanece acessível hoje até mesmo para os amantes de cinema criados em imagens de computador e som surround.

Em parte, isso se deve às concessões de Chaplin à nova era: O filme tem uma trilha sonora sincronizada, incluindo efeitos sonoros e diálogos limitados baseados em "efeitos sonoros", bem como a própria partitura de Chaplin (a música sempre foi integral para filme "silencioso") e uma canção mesmo muito única escrita e cantada por ele mesmo, que de alguma forma inventa para não conter o que normalmente seria chamado de letras. Chaplin assim escreveu, dirigiu, estrelou, produziu, cantou e dançou em Tempos Modernos, sem mencionar fazer suas próprias acrobacias, incluindo algumas patinações extremas e um mergulho de cabeça em alguns centímetros de água.

Outro fator na acessibilidade contínua de Tempos Modernos é a influência duradoura do trabalho de Chaplin. Mais de uma cena do filme parecerá estranhamente familiar para os espectadores modernos que o assistem pela primeira vez. 

Mas a razão mais importante para a relevância contínua do filme são seus temas contemporâneos e perspectiva de futuro. A famosa cena de abertura simbólica, com imagens de ovelhas se aglomerando através de uma passagem se dissolvendo em imagens de trabalhadores saindo de uma estação de metrô, não perdeu nada de seu impacto. De fato, os espectadores contemporâneos facilmente farão a conexão entre a imagem de Chaplin e o mundo dos recintos e passagens tão familiares aos moradores do cubículo da América corporativa.

Outra cena inicial mostra Chaplin tentando fazer uma pausa durante o horário de trabalho no banheiro quando na tela de um grande monitor na parede surge a imagem da cabeça do seu chefe ordenando que ele pare de enrolar e volte ao trabalho. O público moderno que assiste a esta cena pode refletir com tristeza sobre a realidade cotidiana da vigilância eletrônica no local de trabalho, talvez nem mesmo percebendo que a sequência foi filmada décadas antes da televisão viável.

Como todos esses exemplos sugerem, Tempos Modernos olha para o futuro, mas não com entusiasmo. Muitas vezes descrito como uma sátira da era das máquinas, o filme tem de fato um tema mais amplo: os efeitos desumanos de muitos aspectos da modernidade, incluindo industrialização, burocracia, urbanização e aplicação da lei.

Obviamente Chaplin não era contra o progresso ou a tecnologia, afinal, o cinema em si, mesmo o cinema silencioso, é um meio quintessencialmente moderno. E não é preciso dizer que a era moderna trouxe muitos avanços extraordinários em áreas como medicina, produção de alimentos, e assim por diante. É fácil imaginar alguém fazendo um filme chamado Tempos Antigos destacando as dificuldades da vida em condições pré-modernas. Ainda assim, mesmo que decidamos no final que, considerando tudo, preferimos a qualidade de vida de hoje à de períodos anteriores, isto não deve nos impedir de reconhecer os males sociais e falhas do nosso próprio dia-a-dia.

Um tema recorrente em Tempos Modernos é o fenômeno do desemprego. Agora, obviamente não há nada de novo sobre pobreza e fome generalizados, mas o desemprego como o conhecemos hoje é um desenvolvimento relativamente recente, um subproduto da economia moderna da força de trabalho que exige que todos "consigam um emprego". Nas sociedades pré-modernas, em geral, o desafio para pessoas capazes era muitas vezes menos "encontrar trabalho" do que ser capaz de sobreviver no trabalho que se fez.

Muitos brasileiros estão hoje em condições de ter que roubar para sobreviver como a personagem do filme vivida pela belíssima Paulette Goddard, esposa real de Chaplin na época ou como os assaltantes que ele encontra enquanto trabalha como segurança, um dos quais diz melancolicamente: "Não somos ladrões - estamos com fome". Esta afirmação tem alguma justificativa no ensino moral tradicional, que define o roubo como usurpar a propriedade de outro contra a vontade razoável do proprietário, com a condição de que aquele em perigo de morte por falta de comida, ou sofrendo qualquer forma de necessidade extrema, pode legalmente tomar de outro tanto quanto é necessário para atender sua angústia atual, mesmo que a oposição do possuidor seja inteiramente clara. A razão tem a ver com a hierarquia dentro do direito natural. O roubo é uma violação do princípio da propriedade privada, mas esse princípio é subordinado a uma lei superior: o destino universal dos bens criados.

Por uma questão de necessidade prática, o destino universal dos bens criados é servido pelo princípio da propriedade privada, que incentiva todos a trabalhar em benefício próprio, ajudando assim a garantir que os bens do mundo sejam devidamente desenvolvidos e apreciados por todos. No entanto, nos casos em que as circunstâncias impedem que determinados indivíduos adquiram o que precisam para sobreviver, o princípio da propriedade privada pode dificultar em vez de servir ao destino universal dos bens criados.

O filme de Chaplin brinca com o comunismo como uma alternativa à injustiça do desemprego em uma sociedade sem redes de segurança. Naqueles dias pré-Guerra Fria, as simpatias comunistas eram mais socialmente aceitáveis, e, afinal, a América precisava desenvolver estruturas sociais que tornariam o desemprego mais viável e menos desumano. Apesar de sua consciência social, Tempos Modernos não se transforma em um tratado ou drama político, mas permanece muito mais uma tradicional tragicomédia. Chaplin aborda o desemprego e outras questões sociais, mas o faz obliquamente, com um leve toque, no contexto das desventuras cômicas de seu personagem.

Chaplin nos dá uma cena clássica após a outra: a demonstração da máquina de alimentação, a curta carreira como funcionário de um estaleiro, a hora do almoço na fábrica com o supervisor do preso em uma máquina gigante, e, claro, o número climático de música e dança, no qual a sua voz real é finalmente ouvida, mas a regra do filme contra palavras vocalizadas permanece intacta.





ROMA, CIDADE ABERTA

País: Itália

Ano: 1945

Já havia assistido antes? Sim


Desenvolvida em Roma durante a ocupação nazista, filmada na Cidade Eterna logo após a retirada nazista, este filme de Roberto Rossellini surpreendeu o público em todo o mundo que viu nele uma autenticidade não mediada mais evocativa da qualidade documental dos noticiários em tempo de guerra do que da artificialidade de dramas anteriores e mais convencionais da Segunda Guerra Mundial.

Em retrospectiva, Roma, Cidade Aberta é uma espécie de filme de transição, combinando elementos do que seria chamado de neorrealismo italiano com elementos do melodrama tradicional do estúdio. Suas cenas foram filmadas em sets, mas Rossellini também fez uso de ruas romanas ainda devastadas pela guerra que nunca poderiam ter sido duplicadas em estúdios, com becos cheios de escombros e edifícios marcados. Alguns espaços, como a escadaria triangular em um prédio de apartamentos, tornam-se tão familiares que sentimos que sabemos exatamente onde e como a ação se desenrola.

Atores profissionais desempenharam vários dos papéis principais, incluindo Anna Magnani, como a noiva grávida Pina, e Aldo Fabrizi, como o padre heroico Don Pietro, mas muitos dos atores anônimos poderiam ser ditos estar interpretando a si mesmos, e cenas como o saque da padaria definitivamente são do tipo Hollywood. As principais figuras nazistas - o brutal Major Bergmann (Harry Feist), a predatória Ingrid (Giovanna Galletti) - são vilões estereotipados, decadentes e sutilmente sexualmente depravados (em contraste com Pina e seu noivo viril (Marcello Pagliero), o líder partidário Giorgio Manfredi. Mas não há nada de inautêntico sobre os vilões de patente na grande peça do filme.

O coração moral da história, co-escrita por Rossellini e Federico Fellini, é sua celebração humanista da solidariedade unindo todos os tipos de cidadãos italianos - civis comuns como Pina, partidários comunistas como seu noivo Giorgio Manfredi (Marcello Pagliero), monarquistas como as forças invisíveis de Badoglio, o clero com Don Pietro, e até mesmo crianças como o filho de Pina Marcello (Vito Annichiarico) - contra o reinado racista do terror representado pelos nazistas. O engajamento do comunista Manfredi e da menos devota, mas ainda católica Pina, que planeja se casar com Don Pietro em vez de um oficial fascista, é um símbolo dramático dessa solidariedade.

O filme apresenta Don Pietro como um pouco ineficaz e distraído arbitro de um jogo de futebol masculino. Mais tarde, em um momento divertido, Don Pietro para em uma loja para pegar dinheiro e contrabandeá-lo para o movimento de resistência, onde ele desconfortavelmente contempla uma pequena estátua de São Rocco um pouco perto demais de uma outra estátua feminina de um nu voluptuoso, e tem que fazer dois ajustes antes que ele esteja convencido de que a castidade do santo é adequadamente honrada.

À medida que o filme continua, no entanto, o padre se torna uma figura cada vez mais heroica, confiando em seus privilégios clericais para tratar dos negócios da resistência mesmo após o toque de recolher. Na cena da invasão no prédio de Pina, Don Pietro corajosamente passa por soldados nazistas no prédio evacuado, sob o pretexto de administrar a unção dos enfermos a um homem doente terminal, mas na verdade pretendendo impedir que o jovem que integrava a multidão da rua venha à óbito ao atacar os nazistas com armas de contrabando. Embora a cena termine em outra nota cômica, a frieza do padre sob pressão é estabelecida - e quando ele e outras figuras da resistência são presas, a frieza de Don Pietro torna-se a determinação moral de um mártir em seu último julgamento. 

Na sede nazista, enquanto Manfredi está sendo torturado na sala ao lado, o Major Bergmann tenta jogar Don Pietro contra Manfredi dizendo: "Ele é um subversivo e um ateu - seu inimigo". "Eu sou um padre católico", responde Dom Pietro calmamente, "Acredito que qualquer um que luta por justiça e liberdade caminha nos caminhos do Senhor. E os caminhos do Senhor são infinitos." Este "batismo" do líder partidário ateu é aumentado à medida que o corpo despido e espancado de Manfredi é pressionado na forma de uma cruz contra a parede, como uma figura de um Cristo secular.

No final, quando o padre prevê que Manfredi não falará - acrescentando que rezará por ele - o conflito entre as visões de mundo nazistas e católicas chega ao silêncio de um partidário marxista. "Tenho um homem que deve falar antes do amanhecer", confidencia Bergmann a um oficial mais velho, Hartmann, "e há um padre que está orando por ele." Quando Hartmann pergunta se Manfredi pode não falar, Bergmann dispara: "Isso significaria que um italiano é tão bom quanto um alemão! Significaria que não há diferença no sangue de uma raça escrava e de uma raça mestre! Qual seria o objetivo de nossa luta?" Hartmann, porém, viu demais para aceitar a linha partidária. Ele lutou na primeira Guerra Mundial; ele viu patriotas franceses morrerem sem falar. "Nós, alemães, simplesmente nos recusamos a perceber que as pessoas querem ser livres", diz ele ao escandalizado Bergmann.

A fé de Don Pietro, e a sensibilidade católica teimosa dos soldados italianos na cena climática, dão um sentido triunfante de elevação espiritual ao que de outra forma seria um final meramente desanimador e desafiador. Temas religiosos, morais e políticos se entrelaçam até o fim: os meninos que assistem do lado de fora da cerca assobiam uma melodia partidária, seja para chacoalhar os soldados ou para encorajar o padre, que usa segundos extras para sussurrar as repetidas palavras de perdão pronunciadas pela primeira vez da Cruz de Cristo, de acordo com a narrativa bíblica. O último tiro apresenta proeminentemente a Basílica de São Pedro, nomeada para o apóstolo declarado como uma rocha, no horizonte sobre os meninos, enquanto eles vão em seu caminho, a próxima geração na luta por justiça e liberdade.





O PAGADOR DE PROMESSAS

País: Brasil

Ano: 1962

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"O Pagador de Promessas" é um filme brasileiro produzido em 1962, escrito e dirigido por Anselmo Duarte, baseado na peça homônima do dramaturgo Dias Gomes. Ganhador da Palma de Ouro, o principal prêmio do Festival de Cannes, na França, um dos festivais de cinema mais prestigiados e famosos do mundo. Brasil e Estados Unidos são os únicos países do continente americano a ganhar a honraria. Também se tornou o primeiro filme da América do Sul a ser indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro na edição de 1963. Em novembro de 2015, ficou em nono lugar na lista dos 100 melhores filmes brasileiros, segundo a Abraccine.

Na década de 1960, Zé do Burro (Leonardo Villar), um homem humilde, enfrentou a intransigência da Igreja quando tentou cumprir a promessa feita em um terreiro do Candomblé, que era carregar uma cruz de madeira pesada para uma longa viagem no interior da Bahia. Seu melhor amigo é um burro chamado Nicholas. Quando o burro adoece, ele não pode fazer nada para fazer o animal melhorar, então ele faz uma promessa a uma Mãe de Santo do Candomblé: se o burro se recuperar, ele promete que dividirá sua terra igualmente entre os mais pobres e levará uma cruz de sua propriedade para a Igreja de Santa Bárbara, em Salvador, onde ele vai oferecê-la ao padre local. 

Assim que seu burro se recupera, Zé começa sua jornada. Fielmente seguido por sua esposa Rosa (Glória Menezes), Zé chega ao templo de madrugada. O padre local, que representa a autoridade da religião oficial, se recusa a receber a cruz de Zé depois de ouvir dele a razão pela qual ele a carregou e as circunstâncias "pagãs" sob as quais a promessa foi feita, tornando sua realização impossível. 

Todos em Salvador tentam tirar vantagem do inocente e ingênuo Zé. Praticantes de candomblé querem usá-lo como líder contra a discriminação que sofrem da Igreja, jornais sensacionalistas transformam sua promessa de dar terra aos pobres em um grito pela reforma agrária, assunto ainda muito controverso no Brasil. Zé insiste em entrar na Igreja e recebe apoio da população pobre, que acredita ter ele o direito de pagar sua promessa, criando assim uma situação de conflito com o padre. 

A polícia é chamada para impedir a entrada de Zé e ele acaba morto em um violento confronto entre a polícia e manifestantes que o apoiam. Na última cena do filme, os manifestantes colocam o corpo de Zé em cima da cruz e forçam seu caminho para dentro da igreja.

O elenco e a direção do filme são todos impecáveis e a interpretação de Leonardo Villar é tão emocionante que pode arrancar lágrimas do mais durão dos espectadores. É muito triste ver como hoje a cultura brasileira parece mais uma espécie de obituário. Saudades de Leonardo Villar e de tantos outros grandiosos artistas que nos deixaram.





O HOMEM QUE NÃO VENDEU SUA ALMA

País: Reino Unido

Ano:1966

Já havia assistido antes? Sim


Quem é você, afinal? O que define você? O que faz de você você? Não me fale sobre seu trabalho, sua família, seus hobbies ou interesses. Todos eles são reféns das circunstâncias, sujeitos a mudanças. Dado o preço certo, as circunstâncias certas, você pode deixar seu emprego. Sua família pode ser tirada de você, ou você deles. Por mais importantes que sejam essas coisas, elas são, em princípio, transitórias. Há algo em você que não seja transitório, não refém da circunstância, não sujeito a renegociação ou compromisso? Há alguma coisa, por exemplo, que você nunca poderia, em hipótese alguma fazer, independentemente do preço, ou qualquer pressão que possa ser feita sobre você? Se não há nada assim então você é realmente alguém? Você tem uma identidade, um eu? Ou apenas uma configuração específica nas condições atuais?

O homem que não vendeu sua alma é a história de um homem que sabe quem ele é. O filme de 1966, que ganhou seis Oscars, incluindo melhor filme e melhor ator (Paul Scofield), é brilhante e convincente, tem sabedoria genuína e sagacidade. O roteiro, bem adaptado por Robert Bolt de sua própria peça teatral, é ferozmente inteligente, profundamente impactante, ressonante com beleza verbal e graça. 

Thomas More sobe ao posto de Lorde Chanceler da Inglaterra antes de se desentender com o rei Henrique VIII sobre o seu plano de terminar seu casamento com Catarina de Aragão e se casar com Ana Bolena. Quando os bispos ingleses rompem com Roma e Henrique é declarado "Chefe Supremo da Igreja na Inglaterra", More, um católico fervoroso e piedoso, desiste de seu alto cargo e de todas as regalias que o mesmo proporciona. Para preservar sua liberdade e proteger sua família, ele também desiste de sua vida política e pública, tentando manter um perfil discreto.

Mas Sir Thomas é muito conhecido por abandonar a vida pública e seu silêncio é amplamente interpretado como desaprovação, tornando-se uma fonte de ansiedade privada e constrangimento público para o rei Henrique. O que se segue é um fascinante jogo de gato e rato, uma caça da raposa, com More como a raposa astuta e esquiva usando todos os truques para iludir os cães do rei que buscam seu sangue. 

More é um advogado brilhante, e sua defesa é legal: se ele mantiver seu silêncio, ele não pode ser acusado de se opor ao rei. Mas logo isso não é mais suficiente e ele deve desistir de sua liberdade e propriedade para salvar seu pescoço. E quando nem isso é suficiente, para preservar sua integridade, aceita entregar a sua vida porque há algo que ele nunca fará: ele não fará o juramento que aceita o título do Rei e o novo casamento.

Tudo isso é estranho à nossa era, quando a capacidade de celebridades e políticos de se reinventarem é amplamente considerada como uma habilidade básica de sobrevivência, e chegar ou manter o poder ou a fama é o bem mais alto. Quando um brilhante e carismático advogado se torna o mais alto funcionário do governo de seu país, e é então acusado e julgado por um crime, não esperamos que ele esteja tão preocupado com perjúrio ao ponto de escolher sacrificar sua carreira, renda, status social, liberdade e, eventualmente, sua vida. A menos, é claro, que você queira realmente se comprometer. Quando é dito que sua garantia mais solene está vazia, que você é incapaz de atestar o ponto em questão, é como ser dito que você não é ninguém, que não tem caráter, nenhuma identidade, nenhuma alma.

Há, de fato, um personagem a quem More diz isso: Richard Rich, um jovem superficial que no final tem uma mão na ruína de More. Rich quer um emprego no tribunal, mas More, sabendo da sua falta de caráter, não vai colocá-lo onde ele será tentado. Rich implora e implora, finalmente professando fervorosamente que "seria fiel". More olha nos olhos dele e diz deliberadamente: "Richard, você não poderia responder por si mesmo, mesmo esta noite." E naquela noite Rich prova que More estava certo. Ele é uma espécie de inverso de More: À medida que a integridade de More retira seus bens materiais, mas expõe as suas virtudes cada vez mais heroicas, a falta de substância de Rich faz com que ele aumente rapidamente em riqueza e status à medida que ele se torna cada vez mais corrupto.

Este é um grande filme. Acredito que é a representação cinematográfica mais profunda da vida de um santo. O fato de ter sido escrito por um não-cristão também serve para tornar mais evidente o poder convincente da fé e da virtude de More, um homem cuja luz interior é tão radiante que mesmo incrédulos são atraídos para homenageá-la. O mesmo pode ser dito de Joana D'Arc, que tanto deslumbrou Mark Twain que ele escreveu sua história de vida em uma de suas melhores obras.






AKIRA

País: Japão

Ano:1988

Já havia assistido antes? Sim


Akira começa em 1988 com uma imagem chocante: uma explosão maciça, aparentemente atômica, entra em erupção no centro de Tóquio e inflama a Terceira Guerra Mundial. Depois que a guerra e mais de trinta anos, Neo-Tóquio cresceu dos escombros em uma metrópole de luzes brilhantes e arranha-céus impossivelmente altos. Manifestações políticas enchem as ruas, e forças do governo militarista recorrem à violência extrema para detê-los. Gangues de jovens motoqueiros agitam as rodovias e se envolvem em batalhas de estradas. E experiências secretas do governo resultaram em crianças estranhas e distorcidas com poderes incríveis. Este é o assustador e emocionante mundo cyberpunk criado por Katsuhiro Ohtomo, o artista de mangá e diretor de animê cuja visão inspiraria inúmeros outros artistas japoneses e diretores de cinema de Hollywood nos anos seguintes. Seu filme, lançado em 1988 e ainda considerado como um dos mais importantes animês já lançados, transcende as limitações através de seu incrível valor de produção, influência substancial, designs inesquecíveis e um comentário duradouro sobre o estado da identidade cultural japonesa.

Otomo publicou pela primeira vez seu mangá Akira em 1982 nas páginas da Youth Magazine, publicada por Kodansha. Fundamentada no subgênero ciberpunk, suas raízes mais prevalentes estão no livro Neuromancer (1984), de William Gibson, a série planejada de seis volumes de Otomo não seria concluída até 1990, após mais de 2000 páginas publicadas. No entanto, como em muitas séries populares de mangá, seu autor foi eventualmente abordado para traduzir sua história em um animê antes do mangá ser concluído. Outro exemplo notável dessa tendência pode ser encontrado em Nausicaä of the Valley of the Wind de Hayao Miyazaki, o mangá publicado pela primeira vez em 1982, com filme lançado em 1984. 

Mas a visão de Otomo era muito grande para qualquer estúdio de produção, e ele, que exigia controle criativo, não aceitaria menos do que uma realização completa de sua visão. E assim, um comitê foi formado, representando um conglomerado de empresas japonesas — incluindo Toho Co., Ltd., Bandai Co., Ltd., a editora Kodansha Ltd., e várias outras — determinadas a financiar e coproduzir o mangá de Otomo em um projeto sem precedentes de US$ 11 milhões, composto por 160.000 células de animação meticulosamente detalhada, que fez oito vezes seu orçamento na bilheteria internacional.

O filme começa quando uma gangue de motoqueiros adolescentes liderados pelo amigo Kaneda, envolve outro grupo chamado Clowns. Durante a briga na estrada, o melhor amigo temperamental de Kaneda, Tetsuo Shima, se acidenta ao entrar em contato com um menino de aspecto curiosamente envelhecido e dotado de poderes telecinéticos. De repente, naves do governo chegam para levar Tetsuo e o garoto enrugado. A gangue de Kaneda passa por interrogatório, sem saber que o garoto era um cobaia movido por rebeldes de uma instalação do governo onde cientistas tentam imbuir crianças especiais, chamadas Espers, com "o poder de um deus".

Tetsuo logo passa pelos mesmos experimentos sob a supervisão do Dr. Onishi e seu comandante militar Coronel Shikishima, que tentam replicar o poder indefinível de um Esper chamado Akira, um menino cujos poderes eram tão grandes que causaram a explosão em Tóquio décadas antes. Mas as habilidades naturais de Tetsuo são desencadeadas pelo Dr. Onishi e rapidamente se tornam instáveis e incontroláveis, transformando-o em um maníaco violento, alucinante e faminto por poder determinado a colocar Akira, que sobrevive apenas como órgãos dissecados contidos em frascos, livre de sua prisão subterrânea criogênica. Enquanto isso, Kaneda se interessa por Kei, uma membro de uma facção rebelde determinada a desestabilizar o governo corrupto e irresponsável. Kei e Kaneda logo percebem que ambos estão atrás da mesma coisa, embora não ideologicamente. Quando descobre o que aconteceu com Tetsuo, Kaneda se junta aos rebeldes para recuperar seu melhor amigo e impedi-lo de destruir toda Neo-Tóquio.

No animê, o realismo e o estilo têm uma estranha interação que continua sendo seu motivo visual definidor. Com suas raízes no mangá, o artista de animê comanda ambos os elementos e assume o controle completo. No caso de Akira, o realismo de Otomo se apresenta na forma de imagens pintoras que retratam a incrível paisagem iridescente da cidade de Neo-Tóquio, as imagens apenas um pouco menos fantásticas do que a visão futurista de Ridley Scott para sua Los Angeles inspirada em Tóquio em Blade Runner (1982). Por outro lado, Otomo emprega uma estilização mais cômica em outros lugares, particularmente nas cenas menos pesadas e mais acionadas ou de alívio cômico envolvendo Kaneda. O animê muitas vezes tem essas justaposições de estilo e tom, mas poucos se misturam, bem como a abordagem de Otomo em Akira.

O resultado é inspirador e completamente imersivo. Ao mesmo tempo, o alcance de Otomo, dada a sua abordagem inquestionavelmente cinematográfica, torna-se evidente em todos os lugares, desde inúmeros outros filmes de animê, como Ghost in the Shell (1995), até obras live-action como Matrix (1999) e O Quinto Elemento (1997). Mas o filme é muito mais do que visuais atraentes, conceitos de ficção científica e ação de motocicletas.

É impossível assistir às cenas de abertura de Akira e não pensar imediatamente no bombardeio dos Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki na Segunda Guerra Mundial. Nos próximos anos, o Japão pós-guerra cresceria superpovoado e ocidentalizado. O crescimento econômico desenfreado do país levaria ao que é considerado a epítome das cidades futuristas: Tóquio moderna — uma orgia metropolitana de luzes de neon e ruas movimentadas. Desenvolvida e exagerada na ficção científica e no mangá, a Tóquio do futuro se torna um epicentro metafórico para tudo de errado com o Japão pós-guerra, como a identidade nacional é deformada e talvez perdida no desejo de reconstruir sem restrições. A humanidade e certas liberdades se perdem nesse processo, mas a tecnologia e os requisitos visionários necessários para dar forma ao futuro inegavelmente encantam. No entanto, por mais que Akira critique o Japão pós-guerra e a reformulação da cidade e da cultura da época, seus efeitos sobre os seres humanos são muito mais invasivos.

Além da tecnologia, o indivíduo passa por uma reconstrução semelhante nas mãos de Otomo, especificamente em Tetsuo. Sequestrado e sujeito a experiências desconhecidas, Tetsuo alucina em imagens de sonhos que assustariam Dali. Em uma sequência sangrenta, suas entranhas derramam no chão em uma pilha, e ele tenta desesperadamente puxá-las de volta para dentro; outra sequência mostra um sonho noturno onde projeções de animais de pelúcia se transformam em monstros imponentes. A mente de Tetsuo começa a se expandir. À medida que desenvolve poderes telecinéticos, ele age em demonstrações de violência e destruição. Ele perde todo o sentido de sua história e devoção aos seus amigos. O próprio Tetsuo pode ser uma metáfora para o Japão pós-guerra, ficando fora de controle. 

Em termos menos gráficos, Akira representa sua juventude como rebeldes contra a cultura lutando contra o sistema ou envolvidos em gangues criminosas, de qualquer forma contra a autoridade em todas as formas. Esta é a tragédia do futuro de Otomo no que se refere aos seus personagens, apresentando uma alegoria cínica de como o Japão pós-guerra tem sido irrecuperavelmente influenciado, corpo e alma.

Mais de 3 décadas depois, Akira, de Katsuhiro Otomo, ainda inspira admiração. Hollywood tenta por mais de uma década produzir uma adaptação live-action (bata na madeira!), resultando apenas em falsos começos. Mas nenhuma quantidade computação gráfica cara, poder estelar (nomes envolvidos incluíram Leonardo DiCaprio, Keanu Reeves e Garrett Hedlund), ou valor de produção blockbuster poderia coincidir com a visão singular que Otomo alcançou em 1988. 

Akira permanece tão densamente mergulhado em espetáculos, ideias de ficção científica e uma sobrecarga de informações visuais que seus comentários sociais e culturais podem se perder para os espectadores mais interessados em espetáculo e menos atentos ao conteúdo. Este animê é uma conquista tão extraordinária que exige ser vista e revistada novamente para uma reavaliação em sua mais profunda relevância. E ser apreciada como um marco não apenas de animê, mas de cinema internacional.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

GOKU VERSUS SUPERMAN: DETALHES IGNORADOS NO ETERNO DEBATE


Há anos acompanhava ao ScrewAttack. Um dos melhores canais de games e entretenimento da internet. Tornou-se uma divisão da Rooster Teeth e da Let's Play em 2015 e é mais conhecido pela série Death Battle, onde diferentes personagens da cultura pop com algumas similaridades têm suas habilidades comparadas e lutam até a morte em animações muito bem feitas (Thanos versus Darkseid foi a mais fodamente animada na minha opinião).

No geral, concordo com a maioria dos resultados dos combates. O grupo responsável pela série realiza uma pesquisa incrivelmente profunda e completa para cada episódio. São raros os casos em que as lutas têm um resultado polêmico ou que eu discorde completamente. Um dos casos mais polêmicos é a famosa Death Battle entre Goku e Superman (Inspiração para esta postagem com um tema leve, que veio até vocês do meu arquivo com anos de atraso, porém atualizada. Em tempos de quarentena lemos livros, mas também obras leves e descompromissadas como quadrinhos). 

Dentre casos os quais discordo completamente posso citar as lutas da Mulher Maravilha contra a Vampira e o Thor. Da mesma forma que não vejo a Mulher Maravilha sendo derrotada pela Vampira, porque a guerreira amazona é muito mais forte e tem uma infinidade de habilidades que a protegeriam de um contato mortal com a pele da mutante, também não vejo a maior super-heroína da DC derrotando o Thor, já que o deus do trovão tem muito mais recursos e é indiscutivelmente mais poderoso.

Goku e Superman se enfrentaram duas vezes na série Death Battle. E as lutas foram de certo modo idênticas. O resultado da revanche foi extremamente previsível. Em ambas as lutas vemos uma versão de Goku enfrentando um Superman que parece ser a fusão de todas as versões já criadas do Superman. A luta terminou antes de começar.

Para a última luta entre estes personagens, fora decidido que a versão do Superman que seria utilizada para o novo combate seria a versão dos Novos 52. Mas aquele Superman que enfrentou Goku apresentava habilidades e poderes que não correspondem a sua versão dos Novos 52.

E muitos ignoram o detalhe de que Goku, assim como a sua contraparte norte-americana, apresenta muitas versões diferentes
Vamos analisar a partir de agora as particularidades variáveis de cada personagem. 


1. Força

Está correta a afirmação presente na última Death Battle entre Goku e Superman: A diferença fundamental entre os personagens está na "ideologia" na qual foram concebidos. Enquanto o Superman é um personagem que foi idealizado como um ser perfeito, invencível, Son Goku representa alguns dos ideais mais admirados e cultuados na Terra do Sol Nascente, isto é, trabalho duro, disciplina e um treinamento contínuo buscando sempre se aperfeiçoar para vencer as adversidades. 
Superman é um personagem que, não importando a sua versão, será sempre tão forte quanto necessário e terá uma força quase infinita, enquanto a força de Goku é especificada graças aos seus treinamentos e não "porque sim".



Vejamos quais são as versões mais conhecidas de Goku e suas respectivas potencialidades destrutivas:

Goku versão mangá original DBZ: De Multi Solar System Buster a Galaxy Buster

Goku versão animê original DBZ (inclui feitos de filmes e OVA's): Multi Galaxy Buster

Goku Dragon Ball GT: Universe Buster

Goku Dragon Ball Super: Universe Buster +

Goku DB Xenoverse: Multiverse Buster

Na primeira Death Battle entre Goku e Superman, vemos que o Goku utilizado era a versão DBZ animê, porém este contava com a transformação de Super Saiyajin 4, habilidade que não corresponde ao personagem original criado pelo autor vendido Akira Toriyama.
O Goku do mangá e do animê originais, a versão Dragon Ball GT, a versão Dragon Ball Super e a versão Xenoverse são personagens completamente distintos não apenas em poderes, mas também em personalidades.

Poderia ter incluído aqui também a versão Dragon Ball Evolution, mas o próprio Toriyama considera o filme um erro e por isso pede para os fãs o verem como um "Dragon Ball de outra dimensão".
Uma ideia interessante para reparar um erro grotesco, Akira... Eu pessoalmente faço o mesmo com Dragon Ball GT e Dragon Ball Super: "Dragon Ball de outra dimensão" com personagens arruinados.

Avaliar o poder das versões do "Superman japonês" pode ser problemático. O Goku da versão mangá original (DBZ) algumas vezes aparenta ser mais poderoso do que as suas versões animadas. Este Goku, após receber um ataque de 100% de Freeza se levanta poucos segundos depois sem nenhum dano aparente.


Enquanto a sua versão em animê na mesma saga aparentemente fica inconsciente após aquele ataque e só retorna após uma rápida intromissão de Gohan, que assume o combate contra Freeza no lugar de seu pai, enquanto este se recuperava para retomar a luta.

Apesar da cena animada ser muito melhor do que a mesma em sua versão impressa, tais casos contraditórios podem causar questionamentos sobre o que é oficial quanto as reais capacidades e a resistência de Goku.

E acontecimentos similares podem ser observados em outras sagas.


Durante a saga de Majin Buu, na versão em animê, observamos que Goku é capaz de manter uma luta contra Buutenks (Majin Buu após absorver Gotenks e Piccolo), um inimigo que é ao menos umas 5 vezes mais forte do que ele.

Não vimos a sua versão mangá fazendo o mesmo, mas seguramente teria um desempenho pior do que Gohan, o saiyajin mais poderoso de todos.

Como um argumento para justificar o desempenho razoável de Goku contra Buutenks na versão animada do combate podemos considerar que enquanto Gohan é mais forte em matéria de poder, Goku possui muito mais técnicas e tem muito mais experiência. Goku ainda foi declarado o "número 1" por Vegeta no final do animê/mangá.


A versão mais poderosa de Goku até aquele momento era obviamente a do final de DBZ.

Uma vez que Cell era capaz de explodir sistemas solares, Goku certamente poderia destruir galáxias já que em seu estado base é pelo menos umas 100 vezes mais forte do que Cell.

Também não podemos nos esquecer de que, no universo Dragon Ball, o poder de destruição de um personagem é refletido em sua força física e durabilidade. Isso significa que Goku pode ter a durabilidade de galáxias, já que em Dragon Ball os poderes não são metafóricos e hiperbólicos como em Saint Seiya.



Qual outro protagonista de animê/mangá teria chances de vencer Goku?

Giorno Giovanna (de Jojo's Bizarre Adventure)?



A principal habilidade do stand Gold Experience Requiem chama-se "Retornar a Zero". Esta é uma habilidade automática, na qual qualquer ação que um inimigo tome contra seu usuário Giorno Giovanna é revertida para o estado zero, ou seja, nulificação da ação e da reação. O alcance desta habilidade é universal e provavelmente multiversal, uma vez que nulificou as ações mesmo do King Crimson, um stand com a habilidade de "saltar o tempo". Como só vimos o Gold Experience Requiem uma única vez, não temos real noção das suas totais capacidades.

Contra o Goku farsante de Dragon Ball Super, certamente Giorno Giovanna seria o vitorioso. Não importam as habilidades que o seu oponente tenha, o Gold Experience Requiem vai retornar a ação dele ao estado zero. E como este Goku fica vulnerável se abaixar a guarda, mesmo que pudesse usar o tão alardeado "Instinto Superior", seria obliterado pelo Requiem de Giorno.

Goku versão Dragon Ball Super: Esta ainda não é minha última transformação!

Giorno Giovanna: Você jamais chegará a sua última transformação!

Contra o Goku verdadeiro, de Dragon Ball e Dragon Ball Z, acredito que esta luta poderia ficar em um impasse. É certo que todas as ações de Goku seriam nulificadas, mas o que o Gold Experience Requiem poderia fazer contra a durabilidade deste Goku que pode chegar ao nível galáctico?

Não sabemos a real extensão do poder de Giorno. Podemos imaginar que talvez ele possa ignorar a durabilidade porque seus socos simplesmente rasgam o tecido da realidade! Quem é morto pelo Gold Experience Requiem nunca encontrará o seu verdadeiro fim. Ele será transportado para diferentes realidades paralelas, experimentando diferentes mortes. Ele sofrerá pela eternidade. É um fim sem um fim. Este stand teria poder para destruir universos? Precisamos de respostas.

Giorno vencerá qualquer versão de Goku acima citada caso o Gold Experience Requiem ignore a durabilidade do oponente. Coisa que ainda não sabemos.


Sobre a força física de Goku, sabemos que ela cresce indefinidamente a medida que treina durante todas as sagas. Se com um soco Goku conseguiu destruir boa parte do planeta do seu Senhor Kaioh que é 10 vezes mais denso do que a Terra, o mesmo soco de Goku poderia transformar todo o nosso planeta em poeira espacial!

A maioria dos Supermen têm uma força ilimitada. Sua única limitação é não possuir um ataque ultra-massivo de energia como um Kame Hame Ha capaz de destruir uma galáxia. Superman tem poder para destruir uma galáxia, mas não a capacidade.

Uma de suas mais novas habilidades, apresentada pela versão Novos 52, é o Super Flare que queima toda a sua energia solar interna. Muitos comparam o Super Flare do Superman ao Kaioh Ken do Goku e se perguntam se o super-herói norte-americano não seria capaz também de direcionar um ataque de energia semelhante a um Kame Hame Ha, habilidade nunca exibida até então.


O Super Flare é muito semelhante ao Kaioh Ken, mas com 
a desvantagem da queima de toda a energia solar interna
do Superman o deixa enfraquecido. É uma habilidade
que deve ser usada em situações "tudo ou nada".



Estas são as versões mais conhecidas do Superman por seu poder e suas respectivas potencialidades destrutivas:

Superman original: Multiverse buster (Superboy Prime, de poder similar, socou a realidade)

Superman Pré-crise: Multiverse buster

Superman Pós-crise: Solar System buster

Superman Pós-Flashpoint: Solar System buster/Multiverse buster

Superman All Star: Planet buster (poder máximo exibido)

Superman Kingdom Come: Solar System buster

Superman Prime (One Million): Multiverse buster+

Superman Christopher Reeves: Planet buster (poder máximo exibido)

Superman Injustice: Planet buster (poder máximo exibido)

Superman DCAU: Planet buster (poder máximo exibido)

Como podem ver, não coloquei todas as versões do Superman, apenas aquelas que ficaram mais famosas, não apenas por suas aparições nos quadrinhos, mas também em outras mídias como filmes e desenhos animados, e que tiveram um grande destaque por seu poder demonstrado.

O Superman tem uma história muitíssimo mais longa, e portanto apresenta muito mais versões do que o Goku. E, como podem perceber, a força e as habilidades do homem de aço variam de forma extrema.

Havia fases antiquíssimas em que o personagem carregava corpos celestes por todo o universo e destruía sistemas solares com espirros, quase como se fosse dotado da "toon force". 
A fase John Byrne salvou o Homem de aço, ajudando com a redução de suas habilidades, mas ainda há escritores que o consideram um personagem "chato" e difícil de se trabalhar por causa do excesso de poderes. 


Qual outro super-herói das HQs teria alguma chance de vencer o Superman?

Thor?


O que observamos no "Superman da Marvel" é que a sua força e habilidades mudam dependendo de sagas ou eventos em que ele possa receber algum incremento do poder.

O Thor base das HQs é Solar System buster, podendo chegar a Multiverse buster com a Força Odin. Sua versão mais poderosa, Rune King Thor (foto acima), é um deus em todos os sentidos com um nível Low Complex Multiverse. Esta versão do deus do trovão é certamente mais poderosa do que a maior parte das versões do Superman.

O Thor Ultimate é incrivelmente mais fraco, com um nível Mountain buster, assim como o Hulk deste universo, igualmente enfraquecido. O Thor do cinema era regularmente um City buster no máximo, como todos os outros peso-pesados do MCU. Mas seu absurdo aumento de poder durante e após Ragnarok e Guerra Infinita tornaram o atual poder desta versão difícil de determinar.

Tivemos a oportunidade de ver o Thor enfrentando o Superman na excelente HQ Liga da Justiça e Vingadores (2003), escrita por Kurt Busiek e desenhada por George Pérez. Nesta história o Superman não apenas vence o Thor como também proclama a superioridade de seu universo.

Thor: Ninguém em nove reinos seria capaz de conter o Mjolnir!

Superman: Parece que no meu universo as escalas vão até onze!

Embora eu concorde com o resultado daquela luta, o Thor é um deus portando um martelo MÁGICO (uma das maiores vulnerabilidades do Homem de aço). O Superman venceria ao final, mas ficaria muito mais quebrado do que ficou.

Falando nisso, já passou da hora de mais um crossover Marvel versus DC.


Todas as versões do Superman que são afetadas por ataques nucleares, que não são imortais, que não são capazes superar a velocidade do Flash ou que possam ficar às portas da morte com ataques produzidos por máquinas não resistiriam a uma luta contra o Goku. Mas o restante das versões (uns 70%) venceriam Goku à longo ou a curto prazo.

Em uma luta amistosa, o Superman poderia vencer com vantagem graças a sua maior resistência ao desgaste, ao menos que Goku contasse com uma boa quantidade de sementes dos deuses.

Há também que levar em consideração que em uma luta, há várias circunstâncias que poderiam levar uma versão mais poderosa do Superman a perder para Goku. Isto já aconteceu com seres muito mais fracos pelo simples fato do kriptoniano não saber contra o que lutava.

O Superman foi "enfraquecido" ao longa para eras e isto proporcionou aos escritores maior facilidade para roteirizar o personagem. Apesar disso, o personagem ainda possui um imenso número de habilidades, porém sentir a presença do perigo e calcular a sua força não estão entre elas.


Além da sua velocidade, a resistência do Superman é muito variável dependendo do seu roteirista:
1. Ele ficou às portas da morte após um ataque de uma bomba nuclear.
2. Já sobreviveu a explosão de uma supernova sem nenhum dano aparente.
3. Golpeou um planeta em alta-velocidade destruindo-o completamente, mas ficando desacordado
no processo.

Uma das grandes desvantagens do Superman em uma luta é não poder sentir a energia de seu oponente. Ele não teria ideia do que Goku é capaz e poderia não estar preparado para ataques com uma força como a de Goku.

Por saber sentir o ki, Goku poderia atacar com a força necessária para acabar com a luta o mais rápido possível, ao menos é claro que queira desfrutar do combate por mais um tempo, coisa que também poderia custar-lhe a luta.

Como podem perceber, em uma luta entre dois seres tão complexos, há muito o que se ver, não apenas quem é o mais forte.


2. Velocidade de deslocamento e reação:

A velocidade de Goku é centenas de vezes superior à velocidade da luz (É, a Física vai para o saco!) e isso fica claro desde os primórdios de Dragon Ball. Os ataques de energia já chegavam em segundos ao Sol e em menos de 4 segundos à Lua.


O Mestre Kame, cujo poder de luta máximo apresentado foi de 139 unidades, foi capaz de destruir a 
Lua no começo da saga Dragon Ball.
Piccolo, ao menos 10 vezes mais forte do que Kame no começo de DBZ, 
obviamente fez o mesmo sem o menor esforço.

Nenhum humano comum pode ver a movimentação de Goku em combate, mesmo com tecnologia, como foi apresentado durante a saga de Cell.

Apenas aqueles que receberam um treinamento super-humano ou que possuem poderes especiais podem enxergar cada passo do saiyajin. E isso se este observador estiver em um nível de poder aproximado.
Porque com o passar da história mesmo lutadores com um nível de poder muito acima da média foram deixados para trás pelas habilidades de Goku


"Se eu mal posso vê-lo, imagine as pessoas comuns..."
Tenshinhan sobre Goku

Quando da sua participação inicial nas lutas na saga de Freeza em Namek, Goku passou por um treinamento em gravidade aumentada que o permitiu superar inclusive a velocidade de Butter, um ser alienígena que era considerado o mais rápido do universo, embora este título tenha controvérsias.

Outro detalhe pouco avaliado é como no universo Dragon Ball as habilidades evoluem no decorrer das sagas. 

No início de DBZ, na saga dos Saiyajins, o poder de luta ainda não tudo para determinar a vitória de um personagem em uma luta. Por exemplo, Nappa poderia ter sido seriamente ferido (ou até mesmo poderia ter sido morto) por Kuririn, apesar deste ser muito mais fraco do que ele, caso não tivesse se esquivado no último segundo da técnica do monge careca, o Kienzan. (Lembrem-se do espanto do Vegeta naquela cena: "NAAAAPPAAAA, DESVIEEEEE!" ). 
Nesta fase de Dragon Ball, o tipo de técnica utilizada ainda poderia ser mais importante do que o poder de luta de quem a utilizava.


Burter se movia mais rápido do que a luz e já foi superado por
Goku em seu primeiro confronto.

Durante a saga de Freeza, em Namek, o alienígena Burter era implicitamente mais veloz do que o seu capitão Ginyu, apesar deste ter um poder de luta muito maior do que o dele. Na verdade, Burter possuía um tipo de técnica/habilidade especial que permitia alcançar uma velocidade de deslocamento acima mesmo de seres mais poderosos do que ele.
Ginyu ficara bem menos chocado com o fato de Goku superar a sua velocidade do que com os números do poder de luta do saiyajin que surgiram em seu scouter. Foram aqueles números que fizeram o capitão das Forças Especiais entrar em pânico (+180.000 unidades contra as suas 120.000 unidades).

A partir do momento em que Freeza entra em cena, velocidade, técnicas, habilidades perderam toda a importância para o poder de luta, uma vez que o lutador com o maior poder de luta era agora o detentor das melhores habilidades, das técnicas mais eficientes e, em adição, da maior velocidade de deslocamento e reação.


"Em apenas 5 minutos..."

A luta de Goku contra Freeza foi assistida por nós, telespectadores da versão animê, em câmera lenta.
Enquanto no mundo de Dragon Ball passaram-se apenas 5 minutos ou talvez menos do que isso, para nós estes poucos minutos foram equivalentes a impressionantes 10 episódios de animê!

Na saga de Majin Buu, Gotenks em sua forma base de Super saiyajin foi capaz de dar muitíssimas voltas ao redor da terra em menos de um segundo sem o menor esforço. Goku em seu máximo poder seria centenas de vezes mais forte do que este Gotenks.



Gotenks em sua primeira transformação foi capaz de completar 
inúmeras voltas ao redor do globo terrestre em poucos segundos.

Com sua velocidade de reação, Goku se esquiva de ataques que são iguais ou superiores a velocidade da luz. Então é razoável concluir que a sua velocidade em combate ou em deslocamento sejam quase iguais a sua velocidade de reação, sem levar em consideração a sua habilidade de teletransportação.


Superman em quase todas as suas versões supera em muito a velocidade da luz, inclusive supera Goku neste aspecto, igualando-se quase a teletransportação porque em um segundo o vemos de um lado do universo e em outro segundo o vemos chegando à Terra.


Superman: da estrela Vega
para o planeta Terra em
poucos minutos.
Nota: A estrela Vega está
separada do nosso Sistema
Solar a mais de 25 anos
luz!

Entretanto, sua velocidade de reação não é a mesma. Esta poderia ser maior do que a velocidade da luz, mas ainda assim não chegaria a uma dezena de vezes maior. Se fosse assim, Superman nunca seria golpeado por humanos super-poderosos (meta-humanos) ou máquinas.


Superman versus Slade Wilson, o Exterminador (o maior assassino
meta-humano da DC Comics).
Detalhe: O Exterminador não esperava encontrar o Superman,
ou seja, ele estava "sem preparo" (Não é só o Batman que usa).

Como Goku tem reflexos equivalentes a sua velocidade, ele pode evitar ataques de quase qualquer Superman e conta-atacar ao menos 90% das versões deste já que estes podem ser tocados. Mas exceções são feitas às versões do Superman que são intocáveis, isto é, aquelas versões que são deuses em sua máxima expressão.


3. Resistência:



Radtiz, o inimigo mais "fraco" da saga DBZ, já era
resistente o suficiente para suportar um golpe que
poderia destruir corpos celestes inteiros.

A resistência de Goku é abismal. Se Radtiz sobreviveu a um ataque que poderia destruir a Lua, isso significa que Goku teria, já naqueles momentos do início de DBZ, uma resistência lunar, e isso considerando que o Goku daqueles primórdios estava muitíssimo mais fraco do que nas sagas seguintes.


Freeza é um sobrevivente de uma explosão
planetária.

Freeza sobreviveu à explosão de Namek sem nenhum dano. O estado em que se encontrava o seu corpo após aquela explosão foi graças ao seu próprio ataque e ao ataque final de Goku.

A insegurança de Freeza e de Goku com o fato de permanecerem dentro de Namek quando este estava a ponto de explodir era pelo o fato de nunca terem experimentado sobreviver a uma explosão planetária das proporções do planeta natal de Piccolo que era de fato umas 10 vezes maior do que a Terra.
Certamente Goku sobreviveria à explosão de um planeta, seu corpo apenas não estaria adaptado ao vácuo, embora este não o mataria.


Mesmo com o corpo mutilado de forma brutal, Freeza sobreviveu à
  explosão de Namek, então é certo que Goku também sobreviveria.

Na série fora dito algumas vezes que sayajins não podem sobreviver no espaço, porém isto não faz o menor sentido. Se sayajins não podem sobreviver no vácuo espacial, como podem destruir planetas? É razoável concluir que o vácuo espacial não mataria um sayajin, a raça apenas não está adaptada a sobreviver/habitar naquele ambiente, diferente de outras raças como a raça de Freeza que pode habitar em qualquer tipo de ambiente. Já vimos cenas canônicas em que saiyajins tinham a habilidade de voar através do espaço.


Mesmo após sofrer um "derrame" causado pelos poderes
mentais do Manchester Black, o Superman sobreviveu ao
ataque do Fusão À Frio, que tinha a potência de 12 Sóis
explodindo, sem nenhum dano aparente.

A resistência de 60% das versões de Superman, entretanto, é muito maior do que aquela que Goku poderia chegar. Dependendo da versão, o Superman passa de um ser que resiste apenas a explosões de bombas atômicas a um ser que sobrevive à explosões de supernovas! Em resistência, Goku venceria ao menos 40% dos Supermen existentes.


4. Fraquezas:

Mesmo no caso de Goku, nesta categoria existem variáveis, dependendo da versão a qual nos referimos.
Como já anteriormente descrito, Dragon Ball Super introduziu uma fraqueza tosca que, se valesse para as séries Dragon Ball e Dragon Ball Z, faria as histórias destas séries serem completamente diferentes.


Em sua evolução em Dragon Ball Z, Goku, de um ser com uma durabilidade planetária, passou a um ser com durabilidade de um sistema solar e provavelmente alcançou uma durabilidade galáctica. Então toda esta evolução é desconsiderada e Goku se transforma em um humano vulnerável caso abaixe a guarda no caça-niqueis chamado Dragon Ball Super.

Recordemos um acontecimento da saga dos Saiyajins: como não podia derrotar Goku, Vegeta decidiu lançar um ataque contra a Terra para destruí-la completamente. O príncipe dos saiyajins apostou que poderia destruir Goku com os impactos do seu poder e da explosão da Terra combinados.
Mas Goku contra-atacou rebatendo o ataque de Vegeta com o Kame Hame Ha aumentado em 4 vezes. Vegeta suportou dois ataques combinados que poderiam acabar com planetas tão grandes ou até maiores do que a Terra! Ele "apenas" foi arremessado para a estratosfera.

Quem poderia argumentar que Vegeta não estava com a guarda baixa? Vegeta estava com a guarda baixa naquele momento sim! Vegeta estava apenas atacando Goku e a Terra e não estava se defendendo de nada, estava apenas atacando. Vegeta sobreviveu, sem condições de se defender, a dois ataques com poder de destruição planetária! Se as regras criadas por Dragon Ball Super valessem nesta época, Vegeta deveria ter morrido naquele momento.


Ao contrário do que muitos possam pensar, nem todas as versões do Superman podem sobreviver no espaço sideral. E Goku tem a vantagem da teletransportação, além de poder contar com os deuses Kaioh que sempre podem oferecer-lhe conselhos durante as lutas.


Assim como o Superman pode contar com o Sol para recurar suas energias em uma batalha, Goku pode contar com a Genki Dama, as sementes dos deuses e com a capacidade de sentir o ki, além de outros itens mágicos.

Superman tem várias fraquezas conhecidas, mas as mais evidentes são a kriptonita, o Sol vermelho e o... Batman.


Quase nenhuma versão do Superman apresenta habilidades de artista marcial. No geral ele não sabe lutar, sendo que, quando ele é afetado por um Sol vermelho, mesmo um humano com um bom treinamento pode deixá-lo inconsciente.

Em uma luta até a morte entre os dois personagens, quase 70% ou 80% das versões do Superman sairiam vitoriosas, isto se ele estiver preparado, caso contrário, Goku venceria mesmo estes 70% ou 80%.


5. Versões mais poderosas:



Muitos acreditam que a versão mais poderosa do homem de aço é o Superman Prime One Milliom (foto acima) e não é muito difícil entender o porquê.

Nesta versão, depois de permanecer milhões de anos no Sol, o Superman se fez um deus até certo ponto. Não é suficiente nem onipresente. É até certo ponto onipotente, já que é capaz de reviver pessoas e criar versões superpoderosas de outros seres se tiver acesso a com um pouco de DNA. Conta com os poderes de um duende da quinta dimensão (como o Mr. Mxyzptlk). Não tem fraquezas visíveis, a não ser o fato de que, se estiver fora de seu universo, seus poderes enfraquecem um pouco. E até onde se sabe é imortal.

Porém, esta não é a versão mais poderosa do Superman, na verdade ela está muito longe disso. A versão mais poderosa do Superman é...


Superman Armadura Cósmica



Também chamado Robô de Pensamento, é um sistema de defesa criado por Dax Novu para proteger todo o Multiverso DC.

Durante um dos eventos de Crise Final, a matéria do Superman e a antimatéria do Ultraman (Superman da Terra-3) se encontraram, fundindo os dois opostos em uma única consciência. A única mente despertou no corpo de uma enorme armadura construída pelos Monitores.

O Superman Armadura Cósmica vive num alto plano acima do Multiverso, do tempo e do espaço.

Ele já segurou todo o universo DC em sua mão, o que faz dele Onmiversal. Ele quebra a quarta parede, podendo ouvir a respiração do leitor e também senti-lo tocando as páginas da HQ.
Ele pode ser tão grande quanto todo o Multiverso DC que tem um tamanho infinito!

Seu corpo é feito de puro pensamento e pode se adaptar instantaneamente para conter qualquer tipo de ameça! Este Superman é literalmente tão forte quanto precisa ser!

Podemos estar certos de que ante este Superman nenhuma das versões de Goku poderiam fazer algo. Mas há uma outra versão de Goku tão poderosa quanto a mais conhecida versão ultrapoderosa do Superman (Prime One Million).


Goku Dragon Ball GT 100 Anos Depois


Ele é um deus em toda a expressão e é um Goku que quase ninguém pensou em fazer um versus contra o Superman ou contra qualquer outro personagem.

Segundo a Toei, nesta versão, Goku é muito mais poderoso do que o infame Super Saiyajin deus e está com mais de 100 anos de treinamento nas costas. Uma representação muito interessante do personagem.

A sua fusão com as Esferas do Dragão e Shenlong criaram um ser capaz de destruir universos. As Esferas do Dragão têm habilidades impressionantes que nem mesmo os mais poderosos seres dos universos DBZ e DBGT possuem, mas com a limitação de não serem capazes de conceder desejos que estejam fora do alcance do seu criador. Após a fusão com Goku, estas limitações desapareceram completamente, tudo é possível através do seu poder. Por isto, este é um Goku com habilidades únicas e até certo ponto onipotente e onisciente.

Os dragões das Esferas têm informações de todas as pessoas do universo: quem eram, quando morreram, quem as matou, em que planeta nasceram e em que planeta morreram. Além disso, têm a capacidade de fazer imortal a qualquer um, reconstruir planetas e um sem número de outras habilidades mais.


Goku conhece seu descendente.
Imagine colocar tipo o... GALACTUS para enfrentar
o Jafar (Animação Aladdin de 1992, por favor) em uma
condição de "Gênio Livre", conquistada hipoteticamente
com a realização de seu terceiro desejo. Como Jafar é
agora imortal, pode ser o que quiser e fazer o que quiser,
 Galactus seria transformado em um pato de borracha...
Só para comparação, Goku DBGT 100 Anos Depois
é tudo isto e muito mais. O saiyajin consegue ser ainda
mais poderoso
(que bichão apelão!).


Somando todas as habilidades de Shenlong a um Goku tão poderoso, as chances de vencer qualquer um Superman, tirando Prime One Milliom e Armadura Cósmica, seriam de 100%.
Tal como as duas versões mais absurdamente poderosas do Superman, este Goku é um ser com habilidades inimagináveis e indescritíveis e, portanto, qualquer argumento contra ele é inválido.

A maioria das versões do Superman tem mais força do que Goku, mas também apresentam muitos pontos vulneráveis que fazem com que essa força não seja de grande ajuda.


Comparar as habilidades de Goku com as de Superman pode parecer ilógico porque em um combate até a morte com qualquer versão de Goku, excetuando-se a DBGT 100 Anos Depois e algumas outras versões mais recentes, teríamos a vitória de Superman em ao menos 80% dos casos. Enquanto em outras ocasiões, em um combate casual, Goku venceria o Superman em 80% dos casos pelos pontos mencionados.


6. Conclusão

Concluímos então que o resultado de uma luta entre Goku e Superman dependeria das versões e das circunstâncias.
Ambos são grandes personagens, fenômenos da cultura pop que tiveram excelentes histórias e, infelizmente, também fases sofríveis e esquecíveis ("Superman Elétrico" e algumas representações em Novos 52 e Dragon Ball Super/GT), mas que não foram suficientes para apagar o legado que deixaram.

Goku se emocionaria ao encontrar um ser como o Superman e teria o objetivo de vencê-lo em um combate justo, enquanto o Superman certamente acharia Goku uma pessoa muito divertida e um cara do bem.


MANLY!!!!

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