segunda-feira, 23 de setembro de 2013

ESPECIAL X-MEN


Estamos de volta ao blog, meus caros leitores. Depois de toda aquela reclamação sobre falta de tempo, vida corrida, trabalho e tudo mais, voltamos mais cedo para mais uma postagem. E, como eu já havia dito, estamos trazendo hoje um especial para os X-men, um grupo de super heróis da Marvel Comics que está entre os meus preferidos.
Para ilustrar esta matéria, fiz questão de colocar uma imagem do grupo no traço de Jim Lee. Muitos gostam, muitos não gostam, eu pessoalmente sou muito fã do traço deste desenhista, que ilustrou muitas histórias marcantes destes heróis, que estão entre os mais populares do mundo.
Os personagens criados por Stan Lee na década de 1960 partiram de uma ideia simples, porém ao mesmo tempo genial. O seu criador não estava com vontade de ficar pensando em explicações para os poderes de seus novos heróis, então a razão para a existência de pessoas com super poderes estaria nos genes, no fator X. Todos os que tivessem o fator X ativo em sua carga genética teriam um super poder e seriam chamados de mutantes. Assim só era preciso pensar no poder diferente e legal que cada mutante teria e pronto.
Na sua primeira formação, o grupo dos X-men teve como integrantes um pequeno e ainda desconhecido grupo de heróis e seus poderes juntos pareciam ser um tipo de homenagem aos poderes do Superman (visão de calor, sopro gelado, voo, super força). A equipe formada pelo professor Charles Xavier era formada inicialmente por Ciclope, Homem de gelo, Fera, Anjo e Jean Grey. O professor Xavier não tinha apenas um grupo genérico de super heróis. Eles lutavam para defender uma humanidade que os odiavam e temiam por serem diferentes. Ao mesmo tempo, o professor pregava seus ideias de convivência pacífica entre humanos e mutantes.
O discurso de Charles Xavier não era por um acaso, quando pensamos na realidade de 1960. Os Estados Unidos possuíam muitas restrições sobretudo aos negros até os idos de 1950 e 1960 (não usavam os mesmos banheiros dos brancos, viajavam de ônibus em espaços separados dos brancos, entre outros absurdos). Esta foi uma das inspirações na criação do personagem. Até mesmo o "I have a dream" do reverendo Martin Luther King pode ser visto em suas declarações. E como figura antagônica a de Xavier temos seu antigo amigo, Erik Leshnsherr, o Magneto, que tornou-se um dos maiores inimigos dos X-men, que prega a segregação e a supremacia da raça mutante, lembrando muito um certo militante conhecido como Malcom X.
Apesar de tão badalados, os X-men não foram um sucesso estrondoso em suas primeiras histórias, na verdade esta equipe de heróis guardava muitas semelhanças com a Patrulha do Destino da DC Comics, sendo considerada até certo ponto uma cópia. O grupo começou a ganhar fama aos níveis do estrelado após a saga do resgate dos X-men originais na ilha viva de Krakoa, uma história que revolucionou a equipe e o universo das histórias em quadrinhos, além de apresentar novos personagens.
Os X-men são um grupo muito diverso, seus integrantes vem de inúmeras nacionalidades, religiões, etnias. Um dos grandes pontos positivos dos personagens é a possibilidade do leitor poder se identificar facilmente com algum deles. E o fator nacionalidade é bem interessante, já que é uma constante dos quadrinhos que o super herói seja sempre norte americano.
Como já disse sobre a situação dos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960, lembrei de um diálogo que li entre a heroína Cigana e seu pai na revista Liga da Justiça Internacional que foi publicada na década de 1980. O pai da Cigana disse que os anos 50 foram os melhores da América e então a moça respondeu: "Claro, se você for branco, anglo-saxão e protestante." E era assim mesmo. Então é gratificante ver americanos que fogem do estereótipo de opressor e mostrem interesse pelo diferente e preguem que mesmo aqueles que não compartilham da sua cultura podem ser protagonistas e até heróis. E os X-men são o grupo em que o leitor, seja ele mulher, negro, asiático, indígena, católico, judeu, muçulmano, homossexual, com certeza vai encontrar aquele personagem com quem ele certamente vai se identificar.
Infelizmente o grupo sofreu muito ao longo das décadas nas mãos de roteiristas péssimos ou mal intencionados (Eu ouvi alguém falar em Chuck Austen?), como vimos até mesmo em histórias mais recentes, quase destruindo uma revista que personificava os ideais de tolerância e convivência pacífica, mas não falaremos disso agora, problemas assim não afetaram somente os X-men, mas qualquer quadrinho entregue a certos escritores. Sobreviver durante tanto tempo e com histórias tão legais e personagens tão cativantes, só confirma a grandiosidade que os X-men representam para os comics em geral.
Aqui vai uma homenagem ao grupo na forma de um top especial bem extenso:


TOP 20 DOS MUTANTES MAIS LEGAIS DA MARVEL



20º lugar
Bishop

Começando o top com Bishop, um herói mutante vindo de um futuro alternativo. Ele estrelou duas minisséries próprias, Distrito X e Bishop: o último X-men, além de desempenhar um importante papel em A era do Apocalipse.
Gosto muito da personalidade dele (machão e do tipo "tô nem aí") além do seu poder de absorver e redirecionar energias. Havia controvérsias sobre sua ancestralidade já que sua avó era muito parecida com a Tempestade. Mas como os dois se envolveram romanticamente, essa teoria caiu por terra.



19º lugar
Protheus

O mutante Protheus, aliás, Kevin MacTargget, é o filho da pesquisadora Moira MacTargget, uma antiga namoradinha do professor Xavier. Tem um poder assustador de modificar a realidade, o que o obrigou a viver recluso a maior parte da sua vida nas instalações da ilha Muir.
Sua fuga e a tentativa de encontrar seu pai, o político Joseph MacTargget, gerou a ótima fase dos Fabulosos X-men de 1979/1980. Há um ótimo episódio da série animada clássica de 1990 dos X-men onde essa fase foi adaptada.
Protheus é um dos mutantes mais poderosos da Marvel e está entre os maiores vilões de todos os tempos. Ocupa posição 77 segundo lista da IGN.



18º lugar
Fera

O doutor Hank McCoy, um dos X-men originais. Ele prova que as aparências realmente enganam. Apesar de visualmente primitivo, lembrando um símio, é uma das mentes mais brilhantes da Terra. Eu me identificava bastante com ele com relação aos seus questionamentos e, assim como ele, também fiquei ansioso quando me aproximava dos 30, minha idade atual.
Hank é tão foda que até tornou-se membro oficial dos Vingadores. Conviver com o Thor e o Hulk e enfrentar Graviton e Kang, o conquistador, não é para qualquer um.



17º lugar
Sebastian Shaw

Sebastian Shaw é conhecido por ser líder do Clube do Inferno e é um dos maiores inimigos dos X-men (ou ao menos era). Ficou milionário ainda muito jovem vendendo tecnologia bélica das suas indústrias Shaw ao governo americano, para a construção do programa de construção de Sentinelas. Ele não parece ter muito respeito para com a sua própria raça, o que é uma crítica a práticas que realmente ainda existem. Tem o poder de absorver a energia cinética e metaboliza-la em atributos físicos. Esse cara sozinho deu uma coça nos X-men na saga da Fênix Negra. 



 16º lugar
Banshee

Sean Cassidy, o mutante Banshee, era um antigo amigo de Charles Xavier e também envolveu-se com Moira MacTargget. Gosto bastante dele por causa do seu poder louco. Ele tem um grito supersônico que, além de ser ensurdecedor e bem poderoso, permite inclusive que ele voe. Outro motivo que me faz gostar dele é o fato de ser irlandês, eu sou vidrado na cultura do seu país. Ele também era o mais velho da sua geração de X-men, outro detalha bacana. Pena que decidiram mata-lo na fase em que surge Vulcano, outro irmão perdido de Ciclope. Embora Banshe tenha ressurgido como um dos novos Cavaleiros do Apocalipse nesta nova fase do grupo Fabulosos Vingadores, vamos aguardar para ver se essa volta será definitiva. 



15º lugar
Omega Red

Arkady Rossovich, o Omega Red, era um mutante russo dotado de um "Fator de morte", que faz a todos os que entrem em contato com ele definharem aos poucos. Ele foi transformado em uma arma viva pela União Soviética, num programa semelhante ao Arma X, que transformou Wolverine.
Muito forte e cruel, ele é a imagem do "perigo vermelho" tão comum nos quadrinhos norte americanos. Pena que também morreu é não foi mais aproveitado. Omega Red esteve presente em algumas das melhores fases dos X-men.



14º lugar
Apache

James Proudstar é o irmão caçula John Proudstar, o Pássaro Trovejante. Ele tem os mesmo poderes do seu irmão mais velho (força, agilidade e demais atributos físicos ampliados), mas o Apache realmente transparece ser poderoso.
O Pássaro Trovejante para muitos é o maior fracassado da história dos X-men, pois seus poderes não tinham muita utilidade e ele veio a morrer logo em sua segunda missão. Porém, esta morte ainda serviu para popularizar mais a revista, que passou a ser vista como um lugar onde tudo pode acontecer.
Apache é o típico personagem que eu gosto, ele é revoltado sem ser chorão e sim raivoso, além de ser um lutador dos melhores. 



13º lugar
Gambit

Gambit, cujo nome verdadeiro é Remy Leebau, é um Cajun, ele veio de uma colônia francesa em Nova Orleans, nos Estados Unidos. Tem o poder de energizar objetos com um simples toque e fazê-los explodir. Uma um baralho como arma para conduzir sua energia mutante. É um ladrão dos melhores, também um lutador formidável. É um mulherengo de primeiro e um típico personagem cafajeste de quem todos nós gostamos.


                                   

                                                                          12º lugar
                                                                         Wolverine

Vamos falar agora de Logan, ou James Howlett, como nos conta a minissérie Wolverine Origens. Todos vocês já conhecem esse personagem, um mutante dotado de fator de cura e ossos e garras de adamantium, praticamente imortal. Wolverine é um grande personagem e poderia muito bem estar ocupando posição bem mais alta neste top, mas ele não pode mais, porque foi totalmente prejudicado por roteiristas péssimos e fãs putinhas e irritantes. A superexposição que o personagem sofreu ao longo dos anos o tornou muito diferente daquele que eu conheci. Alguém ainda lembra daquele Wolverine que bebia água fervendo só para melhorar o seu fator de cura? Ainda assim, ele merecia figurar neste top por tudo o que ele fez, principalmente nas mãos competentes de Chris Claremont e John Byrne.
A título de curiosidade, Wolverine foi planejado para ter 60 anos (mesmo que aparente estar beirando os 40) e serie filho do mutante Dentes de Sabre, seu arqui-inimigo, que teria 120 anos. E, pessoalmente, achei essa ideia bem interessante para ambos os personagens, a rivalidade deles ficaria até mais interessante. É uma pena que o projeto inicial fora ignorado.


                                                   

                                                                          11º lugar
                                                                           Ciclope
                                     
 Scott Summers, o Ciclope, eterno líder dos X-men, presente na maior parte das formações da equipe, inclusive sendo um dos originais. O mutante, com o poder de disparar rajadas ópticas capazes de desintegrar até montanhas, é, sinceramente, um dos mais odiados pelos leitores. Eu, particularmente, sempre o curti.
Acontece que o grande pública costuma desprezar aqueles que fazem o tipo certinho. Costumamos admirar mais aquele personagem que mata, que trai, que quebra as regras, para assim alcançar seu nobre objetivo e tomam atitudes das quais nós mesmos não teríamos coragem de tomar e a Marvel está cheia de personagens assim, já que foram criados numa época em que não havia um patrulhamento tão grande encima daquilo que era publicado nos quadrinhos, diferente do que acontecia na Dc Comics (comparem o Superman e o Justiceiro para perceberem).
Eu acho muito bom um personagem como o Ciclope, que está aí para mostrar que respeitar a lei e proteger a vida não são sinônimos de fraqueza, na maioria das vezes é bem mais difícil fazer o certo do que o errado. E,sem Scott Summers, provavelmente o sonho de Xavier teria morrido. Por outro lado, acho que os roteiristas não gostam dele, porque estão sempre fazendo ele perder a namorada e adoram diminuí-lo ante Wolverine (os filmes foram a gota d'água).
Outro problema foi seu relacionamento com Jean Grey. Ninguém suportava aquele casal perfeitinho e feliz. E, convenhamos, Jean era uma mala sem alça. Mas tudo mudou na fase da Fênix, quando Jean recebia um poder de níveis cósmicos, tornando-a bem interessante e por fim morrendo na saga da Fênix Negra. Foi a melhor fase dos personagens, pena que ressuscitaram ela depois, para depois matarem outra vez. Eu já perdi a conta de quantas vezes a Jean morreu e ressuscitou.
Não gosto muito da fase atual do personagem. Ciclope está irreconhecível, mas devo admitir que é interessante a mudança nas atitudes do personagem. Vamos esperar para ver o que o futuro reserva para ele.

                                                               

10º lugar
Psylocke

Uau. Essa daí é Elisabeth Braddock, a mutante Psylocke. Ela é irmã gêmea do herói inglês Brian Braddock, o Capitão Bretanha. Como seu codinome diz, é uma telepata. O traço de Jim Lee a deixa ainda mais tentadora, não concordam? E foi também nesta fase em que teve sua mente transferida para o corpo da ninja Kwannon, tornando-se oriental. Também nesta fase, ela ganham um novo poder, a adaga psíquica, ficando bem mais agressiva, além da icônica voadora de pernas abertas.
Eu gosta dela porque... bem, a imagem acima fala por si própria.


9º lugar

A personagem mais recente desta listagem. Soraya Qadir usa o codinome Pó e é uma mutante muçulmana. Muito interessante é o fato que ela foi criada logo após os atentados de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade Center nos Estados Unidos. A personagem assim como acontece na vida real sofre preconceito por seguir o Islã e ainda era muito criticada por não tirar o seu véu.
Uma iniciativa fantástica tomada pelos roteiristas,criar uma personagem assim. Muito bom que no mundo dos quadrinhos possam existir super heróis muçulmanos, que são sempre retratados como vilões nos filmes. Além disso, Pó é extremamente poderosa. Ela pode se transformar em areia, ficando intangível, além do controlar a areia criando verdadeiras tempestades e ainda pode desidratar qualquer tipo de organismo com um simples toque. Se eu não me engano, é uma mutante de categoria Ômega (a mais poderosa que há). Tudo isso faz dela um personagem maravilhoso.



8º lugar
Lince Negra

Kitty Pride começou sua carreira como super heroína sendo uma espécie de "sidekick" para o Wolverine, posição esta depois ocupada por Jubileu. E ela passou por um grandioso processo de amadurecimento até tornar-se a Lince Negra que hoje todos nós conhecemos. Aliás, a nova proposta para a personagem, que hoje se tornou até professora na escola do professor Xavier, foi uma das mudanças que achei mais interessantes na atual e menos encantadora fase dos mutantes da Marvel.
A Lince Negra é uma mutante com o poder da intangibilidade. Ela fica com o corpo literalmente transparente e pode passar através de qualquer tipo de superfície sólida, sendo inclusive capaz de caminhar no ar.
Envolveu-se romanticamente com Colossus, de quem já falaremos, e eles formaram um dos casais mais bacanas das histórias em quadrinhos.  Kitty Pride é judia e costuma usar um cordão com a estrela de Davi pendurado no pescoço, mais uma vez fugindo do padrão de herói americano.



7º lugar
Colossus

E por falar em super heróis que fogem do padrão do norte americano, o que dizer de Piotr Rasputin, o mutante Colossus?
Nascido na União Soviética (claro, que na época em que o personagem foi criado), Colossus, que tem o poder de transformar o seu corpo em metal orgânico, praticamente indestrutível, foi recrutado pelo professor Xavier para tornar-se um X-men e resgatar o grupo original na ilha viva de Krakoa. Em sua terra natal os mutantes também são perseguidos, porém, no clima da Guerra Fria, muitos deles são obrigados a lutarem para servir ao Governo Comunista, como verdadeiras armas vivas.
Eu me identifico muito com Colossus, principalmente por sua timidez, sensibilidade e bravura. A sua história também mostra um pouco do "perigo vermelho", tão constante nos quadrinhos da época, sobretudo da Marvel. Como exemplo podemos falar dos inimigos do Homem de Ferro, onde muitos deles são russos (Dínamo Escarlate e Homem de Titânio) ou chineses (Mandarim e Homem Radioativo), e os inimigos do Quarteto Fantástico (Fantasma Vermelho) e do incrível Hulk (Abominação).
A xenofobia era muito grande nos quadrinhos da Marvel, com o constante estereótipo do russo comunista vilão. Na Dc comics não era tão constante porque suas histórias não costumavam situar os personagens em localidades reais (Homem Aranha trabalha em Manhatan, Batman em Gothan City). E o primeiro super herói russo veio da Dc comics, o Estrela Vermelha.

Estrela Vermelha da Dc Comics
Colossus mudou definitivamente este conceito, sendo de fato um dos X-men mais populares e queridos da galera. Mais uma vez este grupo veio para mostrar que os heróis também estão em países estrangeiros, mesmo em se tratando dos maiores rivais dos Estados Unidos. Agora só falta alguns roteiristas meio fracos em geopolítica perceberem que a Guerra Fria já acabou e que a Rússia não está mais sob o domínio do partido Comunista (Qual era a daqueles Sovietes Supremos da Dc comics?).



6º lugar
Mística

A terrorista mutante Mística, tem o poder de assumir a aparência de qualquer outra pessoa e é uma excepcional lutadora, sendo uma das maiores aliadas de Magneto na Irmandade dos Mutantes. Ela é a mãe biológica do mutante Noturno e também foi a mãe adotiva de Vampira. Além disso, de seu relacionamento com o mutante Dentes de Sabre, nasceu o humano Graydon Creed, um militante antimutante.
Raven Darkholme é um personagem fascinante e que muito me atrai. Ela mesma alega não ter uma vida própria e sim a vida de muitas pessoas diferentes as quais ela personifica, sendo assim não confiável e mal vista até pelos de sua própria espécie. Fica durante muito tempo subentendido que teve também um relacionamento com a mutante Sina, uma de suas companheiras na Irmandade dos Mutantes.


5º lugar
Vampira

Vampira é a filha adotiva de Mística e atuava com a Irmandade dos mutantes antes de se tornar uma X-men. Ela tem o poder de absorver os poderes, força vital e até mesmo mente de qualquer um em quem ela tocar. Foi assim que ficou definitivamente com os poderes e fisiologia Kree da super heroína Miss Marvel (super força, voo, sentidos Kree). E uma personagem que eu realmente gosto e também poderia estar em uma posição mais alta, mas nos últimos tempos ela mudou muito.
Parece que os quadrinhos absorveram grande parte daquilo que a Vampira foi transformada nos filmes e sobretudo no desenho X-men Evolution (Eu ainda não entendo o que veem de tal incrível naquela animação?). Nestas novas representações, Vampira é retratada como solitária, fechada e muito deprimida, por não poder se aproximar das pessoas sobre o risco de tocá-las e feri-las com o seu poder. Mas, nos quadrinhos, ela sempre foi deprimida por tais motivos, acontece que ela não deixava se abalar com isso, mantendo sempre uma atitude positiva, extrovertida e sensual para não transparecer a sua depressão. E eu acho que isso era muito legal, pois essa força toda era o que a tornava uma heroína. Ela não se deixava abalar pelo seu fardo e o enfrentava de frente. Sinceramente sinto falta desta Vampira, que parece ter desaparecido até mesmo dos quadrinhos.
É muito bom rever o desenho dos anos 90 que retrata a personagem como ela sempre deveria ser.



4º lugar
Tempestade

Ororo Munroe, a Tempestade, não é só uma das melhores X-men, ela também é uma das maiores heroínas de todas os tempos. Sendo inclusive líder do grupo durante algumas fases das histórias.
Como o seu próprio nome indica, Tempestade é capaz de controlar o clima e seu poder é realmente um dos mais assustadores e devastadores dentre a equipe dos X-men, sendo ela um provável nível Ômega.
Nascera numa tribo africana do Quênia e é pertencente a uma antiga linhagem de sacerdotisas, sendo tratada por seu povo com um tipo de semideusa. Tempestade também foi recrutada por Charles Xavier para resgatar os X-men originais na ilha viva de Krakoa. Ela tornou-se um membro indispensável em todas as posteriores encarnações do grupo. É uma de minhas super heroínas preferidas, curto o seu estilo selvagem. Mesmo sua representação em X-men Evolution ficou interessante.



3º lugar
Solaris

 Mais um personagem ignorado pelo grande público e ainda assim um de meus favoritos. Shiro Yashida, o Solaris, é um mutante japonês cujo corpo é um verdadeiro gerador de calor, ele é capaz de criar fogo e suas temperaturas chegam a até 500.000º C, além de ser capaz de voar e atirar poderosas rajadas de plasma. Em suas primeiras histórias, os X-men o consideraram o vilão mais poderoso que já enfrentaram.
Shiro era extremamente nacionalista e culpava os Estados Unidos pelo que acontecera ao seu país e pela morte de sua mãe e tudo isso por influencia de seu tio antiamericano que o criara. Após sua tentativa de destruir o Capitólio nos Estados Unidos, Solaris é impedido por seu pai que estava presente e este acaba sendo morto pelo tio do Shiro, seu próprio irmão.
Depois de se vingar do tio, Solaris retorna ao Japão e sempre retorna como participante especial em diversas histórias de heróis da Marvel. Ele também foi um dos mutantes chamados por Charles Xavier para resgatar os X-men originais em Krakoa. E, caso você não saiba, ele é primo do Samurai de Prata e de Mariko Yashida, um antigo caso de Wolverine.
Eu gosto muito do Solaris porque ele representa de forma perfeita a cultura e espírito do povo japonês, que eu tanto admiro. Há um episódio legal com ele no desenho clássico "Homem Aranha e seus incríveis amigos". É bem simples para os nossos padrões atuais, mas muito divertido. Vai no YouTube e vê. Ah, recentemente ele entrou para o time dos Fabulosos Vingadores e está muito bom. Espero que evoluam o seu relacionamento com a Vampira, vai ser interessante.



2º lugar
Noturno

Já falei o bastante do quando que gosto do personagem Noturno, Kurt Wagner, filho de Mística e meio irmão de Graydon Creed. Os motivos dele estar entre as primeiras posições já estão são bem claros. E parece que os roteiristas finalmente decidiram trazer o personagem de volta, após morrer heroicamente salvando a vida de Hope Summers na luta contra o vilão Bastion. Vamos torcer para seja realmente bom. Estou ansioso para ver Noturno novamente nas histórias dos X-men, embora ainda pudesse ver a sua versão da Era do Apocalipse nas páginas da X-Force.



1º lugar
Magneto

O primeiro lugar não poderia ir para outro se não  Erik Leshnsherr, o mutante Magneto, mestre do eletromagnetismo, sem dúvidas um dos meus vilões preferidos de todas as histórias em quadrinhos. Se bem que muitos não o viam como vilão e sim como um anti herói. Ele poderia ter arrancado o adamantium dos ossos do Wolverine há muito tempo desde que se enfrentaram pela primeira vez, mas ele nunca ousou tentar. Claro que isso mudou durante a saga "Atrações fatais".
Eu costumo me gostar mais daqueles personagens com quem eu mais consigo me identificar e é assim com o Magneto e com Loki, o irmão adotivo de Thor o deus do trovão. Deu para perceber que me identifico com os personagens revoltados, mas isso não quer dizer que eu seja do tipo que se revolta ou que milita. Pessoas assim querem substituir um opressor por outro opressor que mais lhes agradem, não digam que é mentira, vejam os exemplos na vida real. Os quadrinhos realmente imitam a vida.
Magneto é a maior prova no universo dos quadrinhos do que o ódio e a perseguição podem fazer a um pessoa e ele, que sendo judeu e ter sofrido com a perseguição nazista na época da Segunda Guerra Mundial, teme um dia tornar-se aquilo que ele mais odeia.
O personagem também poderia entrar na lista dos personagens que alimentam a xenofobia (Ele é polonês, judeu e um vilão) não fosse o fato de ser uma crítica ao próprio Estado de Israel. Não gosto de citar nomes ou apontar responsáveis, mas parece que o personagem acabou sendo mesmo um tipo de crítica. Hoje Israel faz ao muçulmanos coisas não muito deferentes do que os nazistas fizeram aos judeus no passado (Claro que não podemos deixar de falar de malucos como o ex-presidente iraniano Ahmadinejad, que negava o holocausto dos judeus e declarava que varreria o Estado de Israel do mapa! E ainda lembremos das centenas de Cristãos que vem sendo massacrados diariamente por muçulmanos e o silêncio ensurdecedor da mídia!). Assim é Magneto com relação ao seu ódio contra a raça humana. Se foi intencional, só pesquisando melhor ou perguntando aos roteiristas.
Magneto parece ter se tornado um anti herói definitivamente. Vamos ver qual será a situação ou o roteirista que o trará novamente para o lado da vilania, se isso for acontecer novamente.

Então este foi o nosso top especial em homenagem aos X-men, espero que tenham gostado. E, para finalizar, uma imagem da Viúva Negra, Vampira e Feiticeira Escarlate no traço de Shunya Yamashita.


Apesar de não estar presente neste top 20, a Feiticeira Escarlate poderia bem ter aparecido como menção especial. Não sou muito fã dos seus poderes absurdos, mas ela alegra o dia de qualquer homem que se preze, não concordam?

terça-feira, 17 de setembro de 2013

MÚSICA NACIONAL, UMA ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL



Crescer é realmente uma merda. Toda a diversão que nós planejamos sempre é adiada por causa de algum compromisso deste maçante mundo dos adultos. Diversão como escrever as postagens que eu planejo para o meu humilde e desconhecido blog. 
Setembro é o mês dos X-men e eu estava planejando uma homenagem para o melhor grupo de super heróis da Marvel, mas como não tive tempo para isso (um artigo desses precisaria ser melhor planejado), que tal falar sobre um assunto mais fácil e mais comum para todos os que porventura leiam as minhas postagens.
Então falaremos hoje sobre a música brasileira. Este post vai fazer uma análise comparativa sobre a situação do repertório nacional que aliás é tanto criticado pela maioria dos ouvintes e eu sou um deles, aliás, um dos mais ferozes críticos, diga-se de passagem. Atenção, eu sou da paz, não levem a sério tudo o que eu digo.
Para esta análise vou separar os estilos musicais pelos mais conhecidos, isto é, Rock, Samba, Pagode, Axé, Funk (eca), Gospel (eca²), Sertanejo e a boa e velha MPB e eu vou falar sobre as épocas em que os apreciei, quero dizer, anos 80, 90 e 2000, até hoje. Por isso, se alguém mais velhaco sentir que faltou algo, já sabem o motivo. 
Então vamos nessa, nerds amaldiçoados (mode Melhores do Mundo on). E estejam preparados, pois este post é IMENSO...


Rock


Abrindo um parênteses para dizer que esse é o meu estilo favorito. Sempre me considerei um roqueiro, fanático por heavy metal, mas eu curto de tudo um pouco do vasto repertório de estilos musicais, sou bem eclético. Tendo eu nascido nos anos 80, devo dizer que tive uma infância e adolescência muito bem servida pelo nosso rock nacional. Era um estilo que eu realmente curtia, mesmo tão criança a ponto de não compreender as letras. Foi de fato a década perdida que favoreceu à formação das bases de uma música engajada nas causas sociais e políticas, levando em conta que o país havia acabado de sair da opressão de uma ditadura e com a euforia das "diretas já", essa influência é bem marcante nas letras que nossas queridas bandas de roqueiros doidões (no bom sentido) traziam para os jovens.
Naquela época tínhamos os por exemplo Engenheiros do Havaí, com a música "Era um garoto", com uma letra forte, marcante, aliás, como todas as letras dessa banda que foi uma das minhas preferidas. 

                           

Alguém aí consegue imaginar alguma banda atual com alguma letra e arranjos como estes?
Da mesma época foi Legião Urbana do eterno Renato Russo. Muitas pessoas que eu conheço hoje criticam um pouco das letras desta banda, mas eu acredito que é uma questão de gosto, embora para algumas pessoas simplesmente falte a sensibilidade para curtir esta banda.

                            

QUE PAÍS É ESSE?
Esse tinha que ser o nosso verdadeiro hino nacional.
Outra grande banda foi o Barão Vermelho. E quando falamos dela é impossível não lembrar do Cazuza. Ele foi uma figura polêmica e, por que não, inesquecível.

                           

E o que dizer da música "Senhores" dos Titãs? Segue.

           

Caramba! A realidade dessa música infelizmente continua bem aqui.
E para finalizar sobre as bandas de rock nacional, segue aqui "Autoridades" de Capital inicial.

                             

Foi na década de 80 que também eu conheci o verdadeiro rei do rock, Raul Seixas. Certamente chamado de agitador durante a ditadura militar, como todos os grandes poetas da época.

                              

"Ouro de tolo". Parece até que ele escreveu essa música para mim.
O que aconteceu depois disso? Bom, eu ainda era criança no começo dos anos 90 e não me incomodava a irreverência dos Mamonas Assassinas (a música Débil Metal passava uma crítica interessante), mas foi infelizmente por volta de 1995 que o rock começou a perder força. Um minuto de silêncio para o rock.
Acho que não vou me aprofundar muito nesse assunto pois ele já se desgastou. Vamos deixar que o Marcelo Adnet e companhia expliquem resumidamente.

            

Valeu por dizer a verdade, Adnet. É por isso que vocês são os meus heróis.
A cultura Emo dominou tudo, de modo a nos fazer espumar de ódio com esse "rock" mela cueca. Depois veio os Coloridos, como satirizado no vídeo acima. Nos dias de hoje, algumas pessoas até se confundem e se perguntam se os Emos são tristes ou felizes. A verdade é que os Coloridos conseguem ser ainda mais escrotos do que o movimento o qual provavelmente lhes deu origem. O que há com essa juventude? Graças a Deus não sou mais moleque. 
Em uma entrevista recente, o grande Dinho Ouro Preto, vocalista da banda Capital Inicial, fez a seguinte declaração: "O problema destas bandas coloridas são as letras". Pois é, ele tem razão, mas será que esse é o único problema? Olha só o que aconteceu com a nossa juventude. Dinho foi muito bonzinho na sua crítica.
E agora, o que ficou do movimento no Brasil? Nada. Até os Coloridos sumiram. Então, se esse era o objetivo deles desde o começo, devo dizer que conseguiram. O rock nacional morreu mesmo.
Muitos tempo antes já nos alertavam os Ramones...

                            

Muito foda. Além de roqueiros, esses caras também eram profetas ("We need change, we need it fast, before rock's just part of the past"). E a morte do rock não foi só no Brasil, mas no mundo inteiro.

Obs: Por mais que eu curta o som dos anos 80, isso não significa que eu apoie as ideias esquerdistas que dominavam o sentimento de certas bandas e cantores da época (tipo um RPM da vida), que fique bem claro! Se isso é ser reacionário, pode me chamar de "reaça". O grande mal do brasileiro de hoje é não aceitar quem tem opinião.
 
Rap


Confesso ter esquecido completamente deste estilo. Ele foi muito popular principalmente durante os anos 90. Era comum um certo preconceito com o tipo musical, principalmente pelos mais velhos, que costumavam relacionar o estilo com a delinquencia juvenil.
Nunca foi um estilo que me encantou por assim dizer, mas eu gostava muito das letras das músicas de uma banda chamada Racionais.

                             

Este era o clipe favorito de meu irmão e eu nos tempos em que víamos MTV juntos, isto é, quando ainda era uma emissora de clipes musicais de verdade.
Acho uma grande besteira esse preconceito com a música que veio da periferia. Era um estilo autêntico e esses bandas tinham muito a dizer, era algo que despertava a consciência do jovem.
E ainda tinha Gabriel, o pensador. Ele podia não cantar o meu estilo favorito de música, mas mesmo assim foi um dos cantores que eu mais curti na infância e adolescência.

                             

Esse clipe é hilário, assim como a música. Quer dizer, é assustador ver que o Brasil não mudou nada da realidade mostrada nesta música de mais de 20 anos atrás. Muito legal a irreverência que ele passava nas letras, além do alerta que ele fazia com relação as injustiças sociais. 
Agora eu me pergunto: o que aconteceu com o rap? Desapareceu? Eu na verdade ouvi algo novo recentemente e sinceramente não gostei, nada que se compare com estes grandes clássicos. Bom, é só minha opinião.

Samba/Pagode/Axé


Deixei os três juntos porque aqui começa uma polêmica pessoal. 
Apesar de ser um brasileiro apaixonado pelo meu país, estes típicos estilos nacionais nunca despertaram muito do meu interesse. Com relação ao samba não tenho o que falar, porque não entendo dele e ainda não gosto de Carnaval. O samba está aí, vivo e forte, mas não posso falar com propriedade dos músicos de hoje e os do passado.
Pagode é um outro estilo que não sei bem como falar. Hoje quando eu lembro do passado penso que era um bom estilo quando cantado por músicos tradicionais como a banda Fundo de Quintal e eu me divertia com as letras do Molejo (cara, que vergonha ter que dizer isso). O legal é que como agora moro perto da praia, sempre que dou uma caminhada pelo calçadão aos domingos, vejo os quiosques cheios de músicos tocando as antigas canções para todos ouvirem. Isso trás uma nostalgia e até me faz querer me juntar àquela bagunça (acho melhor aprender a tocar esse meu violão primeiro).
Axé por outro lado é um estilo que desapareceu quase totalmente e para mim não faz muita falta, embora eu goste de lembrar de algumas canções por simples nostalgia. Já na década de 90 o Axé começou a ficar ruim, com aqueles "mexe a bundinha", "vai descendo, vai subindo". Com todo o respeito ao Chiclete com banana, cujo vocalista decidiu deixar a banda recentemente.
Por volta de 1995, o rock nacional e a MPB estavam com os dias contados e foi aí que surgiu um tal de "pagonejo" (uma mistura de pagode com sertanejo), foi por esta época que o axé se consolidou também. Gera Samba era até bom ("Gera... ooô... Vem do amor... aaá..."), mas quando lançaram o tal "Segura o Tcham", putz, foi só caindo até que virou um lixo total. Aliás, as bandas da época tinham uma mania tosca de criaram dancinhas do momento como a dança da bunda, a do robô, a da garrafa, a do pimpolho. Cara, era ruim de mais. E o pior é que fazia sucesso e grudava feito carrapicho (opa, acho que lembrei de outra banda tosca).
Só acrescentando, os anos 90 foram muito bons para o Reagge.
Tinha o Cidade Negra...

                             

Foda. Rolou uma lágrima masculina pelo meu rosto envelhecido. Ela fala de uma realidade que eu nunca deixei de desejar para a minha vida. Essa era a minha música favorita na época em que foi lançada.
Outras banda legais que seguiam o mesmo estilo eram o Rappa e ainda o Skank...

                            

Queria ter achado o clip real da música Garota Nacional. Ele era bem mais... marcante (rá, rá).

Funk/Gospel


Nossa, como eu vou falar disso sem parecer muito ofensivo? Ah, quer saber, dane-se, este artigo tem mesmo a intenção de ser ofensivo. Para começar, um comentário: Sempre que lançam um novo celular no mercado, eu já começo a imaginá-lo tocando música alta e ruim dentro do ônibus. Pronto, falei resumidamente destes dois estilos.

O funk é um estilo que conheci desde muito cedo. E desde que o escutei pela primeira vez, já ouvi também sobre o preconceito que ele sofre. De fato, assim como o rap, o funk sempre foi associado a delinquencia juvenil, embora em um grau ainda mais extremo. Mas, no caso do funk, posso dizer que é justificável, em vista do que todos nós sabemos o que acontece dentro dos chamados bailes funk.
Bom, qualquer generalização é preconceito. E todo o preconceito não presta, mesmo eu confessando ter vários deles. Mesmo o funk tem (ou pelo menos tinha) algumas letras que marcaram uma geração. O caso é que as pessoas já tem um preconceito embutido contra o estilo simplesmente pelo fato dele ter surgido nas periferias.

                               

Funk? Com letra? Com compromisso social? Só na minha época!
Mas quando eu lembro que já no meu tempo tinha aquela "Dan-Dan-Dança, Dan-Dan-Dança do gorila... ho ho ho ho ho hô", as vezes parece que esse funk do vídeo acima foi o único bom. 
Sacanagem, eu também gostava daquela "Ele era funkeiro, mas era pai de família". Sim, meus amigos, o funk também já foi bom. Embora, já na minha época tenham surgido as primeiras aberrações de musiquinhas cheias de putarias e ruídos sem sentido e desagradáveis. Hoje tem aquela "É o Patatiiiiiii... É o Patataaaa". Socorro, alguém dê um fone de ouvido para aquele funkeiro filadaputa no banco de trás do ônibus!!!!
Agora sobre o Gospel... Caros leitores, eu deixei estes dois estilos juntos porque... bem, eu os odeio igualmente. São estilos que estão em alta atualmente, ocupam agora um espaço na mídia, na televisão, que antigamente não tinham, infelizmente, tornaram-se populares, e o pior de tudo, os apreciadores do Gospel são tão sem noção quanto os funkeiros com relação a perturbar a paz e o silêncio de seu vizinho.
Antes que alguém me chame de intolerante religioso, não sou obrigado a gostar desse som e, uma vez que ele tenha saído dos templos para ser comercializado, deixa automaticamente de ser um meio de adoração e pode ser sim criticado. Suas letras são piegas, provocativas, os cantores e cantoras parecem ter todos a mesma voz e a melodia é chata e dói os ouvidos. Pronto, falei!
O engraçado disso tudo é que conversando com um amigo de longa data dias desses sobre como eu curti a canção da JMJ, ele me abriu os olhos dizendo que aquilo era o estilo Gospel de se cantar. Então o maior problema desse Gospel que domina os celulares dos crentes sem noção ou os rádios postes de algumas cidades talvez seja mesmo as letras e as vozes insuportáveis dos seus cantores, ou simplesmente o fato do volume estar sempre alto demais, assim como o funk. Um dos maiores males do homem moderno: ele parece não tolerar o silêncio.
Será que o Gospel já foi bom no Brasil? Já! Quando era criança gostava muito do Nelson Ned e... Ah, ele era legal! O Elvis Presley também tinha umas músicas que... Caraca, mas aqui já não é mais nacional.
Enfim, não gosto destes estilos mesmo. Não tenho nada contra quem gosta, mas sabe ouvi-lo, isto é, respeitando o espaço dos outros. Então vamos entrar na campanha: 




Meu sonho é um letreiro desses nos ônibus que eu pego.


O recado está dado. Valeu, tio.

O tenso é que essas pessoas realmente não se tocam. Parece que somos mesmo obrigados a suportar esse som torturante dentro dos ônibus, ou em casa ou no trabalho, dependendo do tipo de pessoas com quem você convive. E para esses sem noção, que ignoram estes pedidos educados, só tenho uma coisa a dizer:


Assim eles aprendem. Atenção, é só uma brincadeira. Este blog não incentiva a violência contra qualquer que seja. Não custa nada sempre lembrar aos nossos leitores.

Sertanejo


Já toquei no assunto uma vez aqui neste blog. É um tanto constrangedor para muitas pessoas assumir que gostam de sertanejo. É um outro estilo musical que também sofre diversos tipos de preconceito. Alguns dizem que é música de corno, que os cantores só sabem falar sobre dor de cotovelo e ainda por cima com aquelas vozes agudas. Mais uma vez também entra aqui o preconceito das elites. O sertanejo tem origem no interior do Brasil, no campo, também é um estilo autêntico.
Uma vez vi uma entrevista com a dupla Zezé de Camargo e Luciano. E aqui Zezé contou que, quando criança, uma professora pediu para cada aluno na sala de aula falar o nome de um cantor que gostasse. O Zezé respondeu Sérgio Reis e todos os seus coleguinhas zombaram dele por confessar que gostava de música sertaneja.


                        

O Zezé de Camargo também disse que não entende por que tanto preconceito com o sertanejo que é uma canção tão pura. E eu concordo com ele. Sérgio Reis foi um dos maiores sons da minha infância. Realmente tinha uma pureza e leveza que não são mais valorizadas na nossa sociedade.
Eu também curtia outras canções do sertanejo clássico. E até brincava de imitar os cantores.


                       

Este vídeo é uma raridade e tanto. O Jair Rodrigues é muito comédia e esta música é a minha favorita de Chitãozinho e Xoxoró.


                        

É meio depressivo para alguns, mas é muito bonito. Que saudades dessa dupla.
E é claro, falando de Leandro e Leonardo, não podemos nos esquecer do melhor de todos...

                          

Carlos Moreno é tão foda que ainda vai ganhar um artigo inteiro só para ele neste blog. Ah, os tempos da inocência na televisão. Good times, good times.

Bem, mas o que aconteceu com o sertanejo nos dias de hoje. É, meus amigos, ele morreu, é trágico, muito trágico. Outro estilo que domina as paradas do mau gosto, junto do funk e do gospel, é um tal sertanejo universitário. E que merda é essa? De onde surgiu esse fenômeno? Não sei explicar. Gosto da definição que uma vez vi na desciclopédia, na qual o sertanejo universitário é descrito como uma espécie de sertanejo misturado com emo. Embora eu não veja nada de sertanejo clássico ou emo neste estilo. Bom, talvez de emo tenha as atitudes dos cantores e dos seus fãs. Mais uma vez, é só uma opinião. Ninguém deve sofrer bullying por ter um gosto musical diferente, por mais estranho que ele seja.
O sertanejo universitário é uma praga que infelizmente consolidou-se no gosto popular. Musiquinhas bestas, sem letras, cantores enjoados, fãs insuportáveis. Uma constante nas letras desse estilo são as onomatopeias. Já viram? Exemplos: "Tchu, tchá, tchu, tchá", "tchê, tchê, tchererê, tchê, tchê, tchererê". Que isso? Assim você força a amizade!
O mesmo amigo de quem falei antes tem uma opinião de que o sertanejo universitário consegue ser pior do que o funk. E isso porque pelo funk todos já tem um preconceito embutido, enquanto o sertanejo universitário que não tem letras muito diferentes não consegue chocar tanto as pessoas e é isso que o faz pior. Faz muito sentido.

            

Eu amo esse desenho. Especialmente esse episódio que é o mais show de todos. Alguém aí acha que esse desenho contou alguma mentira? É a mais pura realidade em todos os sentidos. A indústria nacional de animação está de parabéns por Gui e Estopa.

MPB


Aqui vamos apenas lembrar do que foi esse estilo do cancioneiro nacional. O que começou como uma continuação da Bossa Nova na década de 1960, seus propósitos e engajamentos acabaram misturando-se aos movimentos contra a repressão do regime militar. A MPB, como ficou conhecida, depois englobou vários outros estilos musicais. Eu sempre fui um grande fã, mas nunca conheci muitas pessoas da minha idade que gostassem disso. Sempre ouvia piadinhas cretinas sobre o estilo musical, mas eu confesso que também tem alguns músicos chatos deste movimento. Aliás, quem ainda consegue engolir o Chico Buarque? E não falo de suas canções, longe disso, mas sim por ser um militante partidário, um dos tipos de pessoas que mais me irritam (do tipo, abaixo a ditadura e viva a Fidel Castro, ditadura do meu partido pode, o resto é repressão!).
Agora aumente o som e curta aí o 14 Bis, com participação especial de Samuel Rosa.


                            

Milton Nascimento. Escutei muito de suas músicas no colégio. Esta aqui então...

                            

Que saudade. Eu falei da escola. Fico pensando como seria se não tivesse vivido aquela época. As aulas de Português eram bem mais divertidas utilizando as canções destes grandes artistas.

                           

Não posso deixar de postar um clipe com o meu cantor favorita da MPB e da música nordestina, o grande Zé Ramalho. Não palavras para este vídeo. É simplesmente lindo.

Então é isso o que eu queria passar para meus leitores. Saudades dos tempos em que os músicos eram músicos e tinham algo para dizer, para denunciar, alertar. É disso que a juventude de hoje carece.

                           

Esse vídeo é sensacional!
Acabei colocando outro vídeo do bom e velho rock clássico porque nunca é demais, verdade.


Saudades dessa turma, ainda mais num cenário hoje dominado pelos Michel Telós da vida.


Deve ser bem mais triste para quem acompanhou toda essa transição. Isso faria Charles Darwin repensar a evolução. 


Ficamos por aqui por hoje. Espero que tenham curtido o artigo e deem sua opinião ou alguma ideia para postagens futuras. E só para encerrar...    


          

É brega? Todos nós somos um pouco bregas. Mulheres, valorizem mais os homens assim, esse cara sou eu.


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